por Luis Filipe Chateaubriand
Mílton Queiroz da Paixão, o Tita, despontou para o Futebol no Flamengo.
Formado na Gávea, chegou ao time principal e, ali, cumpriu jornadas espetaculares e, em alguns momentos, jogou futebol digno de Zico – em, por exemplo, 1979, quando Zico se machucou e Tita assumiu sua posição e a camisa 10, Tita jogou por ele e por Zico, um espetáculo.
O sucesso mexeu com a cabeça do garoto, que exigia ou que o Flamengo vendesse Zico para ele ocupar a camisa 10, ou que o vendesse para que ele fosse o camisa 10 em outro clube.
Certa vez, indagado sobre qual seria um bom clube para jogar com a camisa 10, não hesitou: respondeu Vasco da Gama.
Ganhou, ali, a antipatia dos rubro negros.
Anos depois, mais precisamente em 1987, lá estava Tita, jogando no… Vasco da Gama.
Era decisão do título estadual, Flamengo x Vasco da Gama.
Romário intercepta uma bola passada por Leandro no lado esquerdo do meio de campo, passa a Luiz Carlos Martins à esquerda da grande área.
Luis Carlos Martins, de pé trocado, o direito, cruza a bola para a área, mais precisamente para a pequena área, na direção de Roberto Dinamite.
Dinamite, como um bom pivô e de forma genial, vira o corpo da frente para o gol para de costas para o gol, ajeita a pelota no peito, deixa a dita cuja descer e, quando esta chega ao chão, rola para trás, onde Tita vem na corrida.
Tita fuzila a esfera e esta bate na rede no alto, forte, indefensável para o goleiro rubro negro Zé Carlos.
Enlouquecido, Tita corre em direção ao banco vascaíno, na comemoração.
O jogo terminou, mesmo, 1 x 0 para o Vasco da Gama, e o título foi parar em São Januário.
Tita, criado no Flamengo, teve uma das maiores glórias de sua carreira no Vasco da Gama!
Luis Filipe Chateaubriand é Museu da Pelada!
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