por Zé Roberto Padilha
O azar dos nossos gênios da bola, entre eles essa dupla aí, é que tinha na ponta esquerda um não tão gênio assim, mas que prestava atenção em tudo. Talvez pensasse que poderia virar um escritor. E contar toda a magia que viu de perto. Na ponta da sua chuteira.
Estava aí ao lado nesse dia. Paulo Cézar Caju embarcava com a Máquina Tricolor. E chegou trajando esse terno. Toninho Baiano, que foi recebê-lo comigo, não perdeu a oportunidade. “Nossa, Paulo, que terno feio!”.
PC nem deixou quicar:
– É baratinho. Cara é a passagem. Veio dali…
Ai Toninho justificou minha vigília por ali. E pegou de voleio:
– Ainda bem. Isto prova que o mau gosto é internacional!
O certo é que o terno nunca mais apareceu.
Quanto ao futebol era até covardia.
Felizmente, os foras de série, ao contrário do terno, um Cristian Dior, eram nacionais.
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