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FINAL DA COPA RS

27 / dezembro / 2021

por Wendell Pivetta


Tupanciretã é um dos tantos municípios pequenos do coração do Rio Grande do Sul, porém se tornou gigante com a camisa de um time. Em sua história recente, o Figueira conseguiu o feito inédito de alcançar duas finais, a da Copa da Federação Gaúcha de Futsal e a Copa celebrativa da federação em seus 65 anos de existência.

Hoje vou escrever sobre Figueira 5×4 BGF. A primeira partida da final da Copa RS, um campeonato importante, pois ao campeão, é permitido o acesso a Copa do Brasil de Futsal. Como jornalista, e atuando como fotógrafo na beira da quadra, definitivamente fazia alguns anos que tamanha emoção esportiva tomava conta, perdendo em alguns momentos, até mesmo o controle da lente perante façanha.

Com os olhos e a lente emaranhados, em uma final inédita para a cidade, os atletas entraram em quadra para o delírio de um ginásio lotado, empurrando o time para o seu maior embate. Alguns jogadores passaram a engolir a saliva em seco, devido ao nervosismo da decisão, outros olhavam compenetrados para o público cantando intensamente. Uma energia única, que na primeira etapa viu seu time sair derrotado pelo placar de 4×1. Mesmo com o saldo alto para o adversário, os atletas saíram se cobrando, e conversando para corrigirem os erros. No futebol de salão, 1 minuto pode se tornar 10 minutos, e em um curto espaço, um chute certeiro é razão para surpreender o adversário.

Nesta máxima do esporte, o 5×4 para os donos da casa aconteceu com os pés de Alan Negão e Jean Ramos (ambos na foto). A atual campeã da Série Ouro não conseguiu segurar um time empurrado pela torcida em busca do feito histórico. Jean a cada gol não conseguia segurar a emoção, que em um misto de riso e choro, pulava, socava o ar, não conseguia gesticular tamanha alegria.

O camisa 10 guardou belíssimos gols e seu feito seria recompensado mais tarde sendo selecionado o craque do campeonato e artilheiro. Filho de Jalma Ramos, a jogadora mais velha do Gauchão Feminino 2021, constrói seu auge no Figueira, na terra da Mãe de Deus, berço de seu aprendizado futebolístico.

Enquanto o atleta não se continha em proporção nas comemorações, Alan driblava e envolvia os adversários marcando belos gols e cruzando os braços, olhava seriamente a torcida, com marra de um verdadeiro 9 decisivo.


O time de Tupanciretã acabou não conquistando o título. O triunfo dos adversários aconteceu no jogo da volta, em Bento Gonçalves. Mas o fervor dentro da cidade do Figueira, alimentando o sonho de inúmeros tupanciretanenses que jamais viram um feito como este no Futebol de Salão, enaltece a necessidade de um título para 2022, pois provaram serem capazes.

Tanto diretoria, como comissão técnica e atletas reergueram um sonho esquecido pelo torcedor, e que deve ser recapitulado no novo ano, com uma pré-temporada ainda mais intensa, atletas focando em seus treinos pessoais em academia e corrida de rua ainda mais cedo, direção reunindo o plantel, e com os erros do passado, reerguer o futuro campeão.

A frase “deixamos a família para nos dedicar aos treinos, e chegar até aqui, já é um feito grandioso” definitivamente só deve ser repetida com o caneco na mão. A cobrança do torcedor, que é uma família, é do título conquistado por aqueles que provaram serem capazes de superarem seus próprios limites.

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