por Luis Filipe Chateaubriand
Leovegildo Lins Gama Junior, o Júnior, começou a jogar bola na praia e, com isso, desenvolveu soberbamente o preparo físico – jogar na areia fofa é algo que acrescenta condicionamento ao atleta.
Não foi novidade, portanto, que, no futebol de campo, fosse atuar nas laterais, no Flamengo – primeiro, na lateral direita, depois, na lateral esquerda.
O vai e vem típico do jogo de um lateral exige condicionamento pleno.
Nessa época, usava um cabelo extenso, tipo black power, por isso, ganhou o apelido de Capacete – o cabelo parecia um capacete.
Junior Capacete, o lateral, chegaria à Seleção Brasileira no final dos anos 1970, com técnica mas, sobretudo, força.
Os anos se passaram e, em meados dos anos 1980, Junior foi negociado com o futebol italiano – jogou no Torino e no Pescara.
Ali, encontrou uma nova posição de jogo, o meio de campo.
Virou o condutor do time.
O maestro.
Junior Maestro, o meia cerebral, permaneceria na Seleção Brasileira, com força, mas, sobretudo, técnica.
Quando voltou ao Flamengo, no final dos anos 1980, veio ser, sobretudo com a aposentadoria de Zico, o Maestro da Gávea.
E eis que Júnior, seja como lateral (capacete), seja como meia (maestro) jogou muita bola, e isso é unanimidade!
Luis Filipe Chateaubriand é Museu da Pelada!
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