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CHORO DO REI EMOCIONA O PAÍS

30 / novembro / 2021

Globo sofre a maior derrota da história

por Elso Venâncio


A torcida do Galo já grita “É campeão! É campeão!”. Título justo; tem que continuar comemorando, sim.

A imagem do ídolo Reinaldo chorando entrou para a História e contagiou todo o Brasil. O “Rei” demonstrava não acreditar no que via. Maior ídolo da história do clube, com 475 jogos e 255 gols marcados, parecia ter pensamentos confusos. Um filme o levava do passado ao presente, após a virada contra o Fluminense, no Mineirão.

A Globo deixou rolar o pós-jogo, passando recibo, já que na véspera, na decisão da Libertadores, sofreu a maior derrota de sua história. O SBT teve três vezes mais audiência do que a antes imbatível líder em todos os segmentos. Derrota já esperada, mas muito mais doída, já que foram duas horas e meia de um sufoco massacrante. Fato inédito nas últimas décadas, a Globo atingiu menos de 10 pontos no Ibope.

Nada é por acaso na vida. O sucesso do virtual campeão brasileiro chega em cima de um trabalho duro e corajoso. Foram investidos quase R$ 300 milhões em jogadores de qualidade, como Hulk, Diego Costa, Eduardo Vargas, Nacho Fernandes, Keno e Guilherme Arana, só para citar alguns nomes.

As contratações fizeram a dívida aumentar, mas tudo está sendo planejado. Salários altos e elenco valioso representam dinheiro em caixa. O clube deve cerca de um bilhão, mas tem patrimônio. A Arena MRV, que fica pronta no ano que vem, tem valor equivalente à dívida.

Três empresários – Rubens Menin, Renato Salvador e Ricardo Guimarães – injetaram R$ 400 milhões no time. Com direito a uma decisão rara: não há cobrança de juros, o que lhes renderia R$ 50 milhões/ano. Quarenta por cento da dívida não tem juros. Os investidores terão o dinheiro de volta com a venda dos jogadores que compraram e estão supervalorizados no mercado.

Ao clube ficam as rendas e outras receitas. Além disso, 30% está sendo pago com o Profut, o Programa de Modernização da Gestão e de Responsabilidade Fiscal do Futebol Brasileiro.

O Atlético ganhou o Campeonato Mineiro, chegou à semifinal da Libertadores, pôs a mão na taça do Brasileirão e ainda vai disputar com o rival homônimo do Paraná a Copa do Brasil. Um ano espetacular, provando que, com planejamento, organização e sem rixas internas ou vaidade, as coisas caminham.

Foram 50 anos de espera. Em dezembro de 1971, no primeiro Campeonato Brasileiro propriamente dito, Dadá Maravilha marcou de cabeça o gol do título, na vitória por 1 a 0 sobre o Botafogo, fora de casa. O time campeão posou no Maracanã com Renato, Humberto Monteiro, Grapete, Vantuil e Odair; Vanderlei e Humberto Ramos; Ronaldo, Lola, Dario e Tião. O técnico era Telê Santana, na época aos 40 anos de idade.


Cuca recebeu o ok de Renê Santana para cumprir a promessado seu pai, o “Mestre” Telê, na época impagável. Caminhar 67 quilômetros, de Belo Horizonte até Congonhas, e agradecer de joelhos, rezando na Capela de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. Telê chegou a caminhar 25 quilômetros, mas o sol forte, as constantes subidas e a falta de uma preparação adequada fizeram com que o treinador, que era muito religioso, terminasse o percurso em um carro da Polícia Rodoviária Federal.

Os mais otimistas, gente próxima aos investidores e diretoria, acreditam que a dívida do clube será paga nos próximos anos e que a fase de conquistas chegou para ficar.

E você?

Acha mesmo que o Atlético Mineiro, com a atual estrutura, continuará sendo potencial candidato aos principais títulos nas próximas temporadas?

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