:::::::: por Paulo Cézar Caju :::::::
Seja no sofá ou nos estádios, está cada vez mais difícil assistir um jogo de futebol do início ao fim! Além de não ser mais aquele espetáculo que estávamos acostumados, uma série de fatores contribuem para que os 90 minutos pareçam mais de mil! Com raríssimas exceções, os jogos são muito desinteressantes. Ontem estive no Engenhão para ver Botafogo x Juventude e saí mais aborrecido com o comportamento dos jogadores do que com o desempenho em si. Perdi as contas de quantas vezes o goleiro caiu no chão e pediu atendimento.
Na minha opinião, o buraco é mais embaixo e a punicão tem que ser severa e aos dirigentes dos clubes. Não adianta punir sós os jogadores. Além disso, os árbitros, perdidos em campo, pedem o auxílio do VAR em qualquer lance e a análise demora longos minutos. Os analistas de computadores inventam um novo termo a cada rodada, tentando complicar aquilo que sempre foi muito fácil pra gente, as propagandas são infinitas e interrompem os lances a todo momento.
Se já não fosse o bastante, ninguém sabe mais em qual canal ou aplicativo serão transmitido os jogos. Ontem, por exemplo, não consegui assistir Altos-PI x Flamengo porque a transmissão era exclusiva de um serviço de streaming. Pelo que me falaram, o modesto time deu um calor no rubro-negro, com direito a gol de bicicleta e tudo, mas não perdi nada além disso. A realidade é que assistir um jogo até o fim virou um exercício de paciência e eu não tenho mais idade para isso!
A dança das cadeiras segue firme e forte no futebol brasileiro e o personagem da vez é Fernando Diniz. Para quem não se lembra, o treinador saiu humilhado do Fluminense há pouco tempo e agora retorna como salvador da pátria! Como explicar um negócio desse? Por falar no tricolor, abriu 2 a 0 contra o Coritiba, mas conseguiu levar a virada e saiu derrotado do Couto Pereira. Não será fácil a vida do Diniz por lá. Sigo dando tempo ao tempo, mas o Botafogo está demorando a engrenar com esse novo time e, dessa vez, empatou com o Juventude em casa. Por fim, Tombense x Vasco foi um grande exemplo do que falei no início da coluna sobre a dificuldade que é assistir os 90 minutos.
Pérolas da semana:
“Com uma filosofia de jogo moderna, o treinador implementa uma marcação de bloco alta, baixa e média, para surpreender o adversário nos variados terços do campo, aproveitando a superioridade numérica quantitativa e qualitativa”.
“Após fechar os lados dos campos, o volante deu uma chamada na bola para o atacante agudo agasalhar no peito, deixar o adversário desconfortável e dar uma chapada na costura de rede”.
PC, só você consegue fazer com que eu leia/assista comentário de futebol. Tô de acordo com 99,9% do que escreve e honestamente não consigo lembrar do 0,01% de discordãncia. Grato pelos teus textos.
Minha seleção brasileira de favoritos de todos os tempos (que significa de 1978 em diante) tem você como técnico, embora nunca o tenha sido, mas é porque tem muita gente boa pra escalar… São aqueles que me faziam parar pra ver jogo só por causa deles: Marcos (Palmeiras), Nelinho, Júlio César (Guarani anos 80), Mauro Galvão e Júnior Capacete; Falcão, Djalminha e Zico; Ronaldinho Gaúcho, Romário e Mário Sérgio.
Abraço!