por Zé Roberto Padilha
Por centímetros, Jardel (foto) não teve sua carreira abreviada. O carrinho é a mais perigosas das jogadas ainda permitida no futebol.
Quando o zagueiro sabe que não vai alcançar a bola, se atira com os dois pés em sua direção.
Mesmo que vise a bola, basta o atacante tocar levemente que fica a tíbia, o perônio, os tornozelos, não necessariamente nessa ordem, expostos à violência do choque.
Depois de acionado, não há como puxar o freio de mão e evitar a pancada.
O cartão vermelho ainda é uma punição leve diante do estrago que provoca na vida daqueles que jogam futebol.
Mesmo porque futebol se joga em pé. Não há uma só obra de arte, em sua história, escrita através da sua prática.
Os quadros que pintou, foram expostos em Raio-x em vários hospitais e casas de saúde pelo mundo. E abreviaram a carreira de muitos dos nossos artistas.
A FIFA precisa, urgente, proibir a prática do carrinho. Ele, há muito, deixou de ser um recurso para se tornar um execrável ato de violência.
A Mesopotâmia não está nas Olimpíadas, mas podería ser copiado seu Código de Hamurabi. Aquele que se baseou na Lei de Talião, que punia o criminoso de forma semelhante ao crime cometido.
Isto é, o autor do carrinho na foto, Célio Silva, ficaria suspenso até que sua vítima retornasse aos gramados.
E se o Jardel não voltasse, para a tristeza daqueles que admiram um especialista nas jogadas aéreas, quem sentiria a falta do marcador?
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