por Luis Filipe Chateaubriand
O ano era o de 1983.
Aquele Fla x Flu era o segundo jogo do triangular final do Campeonato Carioca – o primeiro jogo apontava Bangu 1 x 1 Fluminense.
Jogo truncado, aguerrido, sem muita técnica – o gramado encharcado do Maracanã não o permitia, pois chovia bastante.
Tudo levava a crer que teríamos um 0 x 0, que eliminaria o Fluminense e encaminharia o título para o jogo entre Flamengo x Bangu.
Mas eis que de repente, não mais que de repente, um impedimento de Adílio, inexistente, é marcado, aos 45 minutos do segundo tempo.
O Neguinho ia parar com a bola no fundo do gol, mas “tiraram o doce da boca da criança”.
Na reposição de bola, Deley, no meio de campo, vê Assis correndo pela direita, e pensa rápido: “tenho que meter essa bola para o Assis, ali entre o Júnior e o Mozer”.
Deley lança, preciosamente… entre o Júnior e o Mozer!
Assis sai com a bola dominada na cara do gol, frente a frente com Raul, toca por baixo do goleiro, e faz o gol redentor.
Era o gol do jogo, que acabou logo depois com a vitória do Fluminense por 1 x 0, e o gol do título, de Campeão Carioca de 1983!
A partir dali, Assis ficou conhecido como o carrasco do rubro negro.
Luis Filipe Chateaubriand é Museu da Pelada!
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