por Zé Roberto Padilha
Não dá para explicar à luz da razão.
Aconteceu comigo e com meus companheiros, aconteceu sábado no Maracanã sob o comando de Mano Menezes.
Embora nossa profissão seja encarada com seriedade, e o esforço e a dedicação sejam iguais, em todas as partidas, quando um novo treinador assume vamos buscar na estreia algo a mais para mostrar ao novo comandante “quem somos!”.
Não há psicólogos que expliquem esse fenômeno. Psiquiatras, talvez.
Ontem, no Maracanã, não foi um time “sem vergonha”, o Fluminense, que perdeu. Foi o outro “sem vergonha” diante do que vinham apresentando, o Internacional, que foi buscar o melhor de todo o seu arsenal físico e técnico. E fizeram uma partida impecável.
Perguntem ao treinador que saiu se eles estavam jogando desse jeito.
Poderia dizer que seria como um casal jogando em sua lua de mel. Do outro lado, o mesmo casal voltando para suas bodas de prata no Maracanã.
Embora no primeiro tenha acontecido até gol de bicicleta, neste último “confronto” jogariam como o Abel aprecia, sem firulas no gramado e fechadinho nas intermediárias. Jogando simples, papai toca, mamãe devolve de primeira. E com muita luta e sorte, conseguiriam colocar uma bola no fundo das redes ao apagar do abajur.
1×0 já seria uma goleada. Com direito a uma Moet Chandon e um bombom de cereja da Kopenhagen.
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