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NENHUM MAR DE HISTÓRIAS E GLÓRIAS FOI NAVEGADO SEM QUE NELE HOUVESSE O VASCO

21 / agosto / 2021

Por André Felipe de Lima


Todo mar tem o azul, mas o meu mar, em especial, tem o negro e o branco. Um mar de todos, sem distinção

Assim se fez o meu Vasco, assim se faz o meu mar, assim se faz a minha memória ainda tenra e feliz

Por desde criança ostentar na alma uma cruz

Nunca a da sofreguidão ou mesmo a da dor. Mas a da fé, a da paciência e confiança no mar, o de águas brancas e negras, que na poesia apaixonada cabe, livre e desimpedido das amarras da lógica e das gramáticas. Livre dos chatos de plantão

A pressa única é ver o Vasco no dia seguinte a estampar em cores nos jornais a retumbante vitória.

A malta. A cruz de malta vermelha como o fogo

A nos aquecer de amor

Nem mesmo a fugaz e passageira derrota atormenta o meu mar

Aqui, nas águas jamais turvas, o brilho é eterno

Pois vamos a cantar todos de coração, que o pendão tremula e o navio segue, pois navegar é preciso

E o Vasco nunca omisso ou alheio ao meu amor, corresponde a cada grito, a cada canção

O Vasco é o meu primeiro amigo.

O Vasco é o meu irmão querido.

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