Por André Felipe de Lima
Todo mar tem o azul, mas o meu mar, em especial, tem o negro e o branco. Um mar de todos, sem distinção
Assim se fez o meu Vasco, assim se faz o meu mar, assim se faz a minha memória ainda tenra e feliz
Por desde criança ostentar na alma uma cruz
Nunca a da sofreguidão ou mesmo a da dor. Mas a da fé, a da paciência e confiança no mar, o de águas brancas e negras, que na poesia apaixonada cabe, livre e desimpedido das amarras da lógica e das gramáticas. Livre dos chatos de plantão
A pressa única é ver o Vasco no dia seguinte a estampar em cores nos jornais a retumbante vitória.
A malta. A cruz de malta vermelha como o fogo
A nos aquecer de amor
Nem mesmo a fugaz e passageira derrota atormenta o meu mar
Aqui, nas águas jamais turvas, o brilho é eterno
Pois vamos a cantar todos de coração, que o pendão tremula e o navio segue, pois navegar é preciso
E o Vasco nunca omisso ou alheio ao meu amor, corresponde a cada grito, a cada canção
O Vasco é o meu primeiro amigo.
O Vasco é o meu irmão querido.
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