por Zé Roberto Padilha
Se você, Cazares, soubesse quantos jogadores de futebol gostariam de ter a oportunidade que você está jogando pela janela.
Se você, Cazares, assistisse seus minutos jogados contra o Cuiabá, na Arena Pantanal, e constatasse a extensão alcançada pela sua barriga, ficaria envergonhado.
Talvez na década em que cheguei ao Fluminense, anos 60, ainda fosse possível um jogador extremamente técnico, como você, e inacreditavelmente lento, atuar ao lado do Denilson, Didi e Lulinha…
Mas hoje?!
O Marcão acreditou, nos minutos finais, em quem não tinha fôlego sequer para puxar um contra-ataque.
Como um veterano de apenas 31 anos, limitou-se a tocar a bola pros lados. E pensar que deixamos o Nenê, tão profissional, fininho e focado, nos escapar entre os dedos.
Segue um conselho de quem vestiu esse manto imaculado e suou muito nos treinos para merecer ser escalado em jogos oficiais: esquece a noite, as bebidas, as baladas nas quais tem sido flagrado.
Dos 72 anos, que estão na sua cota segundo a atual expectativa de vida, apenas 15 anos, ou seja, nem 1/3 dela, você irá abrir mão para exercer com dignidade o dom que Deus lhe concedeu.
Se cuida. Treine mais. Faça por merecer usar uma camisa tão gloriosa que seus quilos a mais não estão alcançando o seu real valor de usar.
Nem defender. Mal atacar. Muito menos, a dignificar.
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