por Zé Roberto Padilha
Jô Soares já pedia há alguns anos: “Bota ponta, Telê”. Infelizmente, nossos hábeis pontinhas, como Sávio, foram substituídos pelos meias, que fechavam o meio, porque os laterais se lançaram ao ataque.
Viiraram alas. Aqueles que fingem que alcançam a linha de fundo, enquanto os meias fingem que cobrem suas subidas. Sávio, Júlio César, Lula e Joãozinho, eméritos dribladores, nunca mais.
Assistindo, como vocês, essa irritante troca de passes inúteis do Flamengo frente ao Goiás, que lhe dá uma maior posse de bola sem oferecer qualquer perigo, voltamos no tempo em busca de quem sabia driblar.
Quando Sávio driblava um adversário, abria-se um espaço que lhe permitia evoluir. E quando um outro marcador saía na cobertura, ele deixava um Romário livre. O meia se apresenta para a tabela. E o gol não se afastava. Se aproximava.
Nada no futebol brasileiro foi pior que o primeiro tempo de Goiás x Flamengo. Sai a arte, entra a retranca em busca de uma pobre bola. Quem te viu também, hein Goiás!
Tomara que eles não voltem para o segundo tempo. A não ser que o Sávio, o Araújo, hábil pontinha do Goiás, saiam do Baú do Esporte, vistam a onze e se apresentem no Canal Premiere.
Deus nos livre de partidas de futebol ruins assim.
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