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PEGA PARA CAPAR

4 / fevereiro / 2024

por Fabio Lacerda

As Olimpíadas de Paris acontecerão pela terceira vez desde as competições de 1900 também realizada na Cidade Luz. A edição deste ano coloca a cidade mais visitada do mundo como a maior anfitriã das Olimpíadas ao lado de Londres a partir do recorte para o início do século XX. Apesar de o futebol ter iniciado como exibição no último ano do século XVIII, hoje em dia, todos os jogadores são profissionais. Profissionalismo este que deixaria o Barão de Coubertin desapontado em virtude da sua paixão pelos desportistas amadores.

Pentacampeão mundial em 2002, o futebol brasileiro passou mais 14 anos de frustrações em Olimpíadas após o título conquistado na Coréia do Sul e Japão. A medalha de ouro, que ficou tão próxima em Seul (1988), abateu uma geração, e todo um novo ciclo visando Barcelona, em 1992, quando o Brasil foi eliminado no Pré-Olímpico, colocou nosso futebol em xeque-mate quando limitava-se a falar de favoritismo em Olimpíadas. À época, o técnico era Ernesto Paulo.

O futebol brasileiro passou a valer ouro somente nas Olimpíadas do Rio de Janeiro diante de tanto dinheiro jogado fora para trazer o maior evento mundial esportivo para a “cidade nada maravilhosa cheia de desencantos mil”. A conquista suada e repleta de tensões foi nos pênaltis. O Maracanã foi o palco desse fim de jejum que deixou o Brasil com o grito de campeão entalado desde sempre. Na edição seguinte dos Jogos, em Tóquio, o Brasil conquistou o bicampeonato sobre a Espanha, a seleção que venceu a modalidade lá em 1992, em Barcelona, no time comandado dentro de campo pelo jovem Pep Guardiola, considerado há tempo o melhor técnico do mundo.

Aos nossos colaboradores, leitores e entendedores do esporte bretão, não surpreendam-se caso a seleção brasileira, dirigida à beira do campo por Ramon Menezes, fique eliminada. Tudo pode pesar contra, inclusive, a crise institucional que a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) passou a conviver com naturalidade e sobriedade há muito tempo desde os escândalos envolvendo Ricardo Teixeira, passando por Marco Polo Del Nero, Rogério Caboclo e mais recentemente com Ednaldo Rodrigues que foi restituído à presidência graças à uma decisão do Supremo Tribunal Federal.

Primeiro colocado no grupo A, o Brasil fechou a fase classificatória sendo dominado e quase goleado pela Venezuela que venceu por 3 a 1 depois de fazer 3 a 0 e classificou-se para o quadrangular deixando o Equador a ver navios. Já no grupo B, Argentina e Paraguai seguiram adiante deixando o Uruguai, atual campeão do mundo sub-20 pelo caminho.

A tabela favorece o Brasil, pois o confronto com a Argentina acontecerá somente na última rodada. Na segunda-feira, o Brasil enfrenta os “hermanos” paraguaios numa partida que será carne de pescoço e pode ditar a sorte ou azar de um caminho espinhoso para quem perder.

O comportamento emocional vai prevalecer neste confronto contra os guaranis. E que a última rodada possa ser um jogo disputado sem vislumbrar aquele “jogo de compadre” no qual um empate “malicioso” e arquitetado possa “sacanear” o fair play e causar prejuízos morais e desportivos para os azarões do quadrangular.

Uma possível eliminação do Brasil sendo o atual bicampeão olímpico vai unir Ramon Menezes ao Ernesto Paulo como técnicos que possuíam recursos humanos de qualidade no plantel mas que não conseguiram uma vaga nas Olimpíadas.

Bem diferente da Copa do Mundo, que aumentou desproporcionalmente o número de participantes, e consequentemente, de classificados na América do Sul e demais continentes, as Olimpíadas oferecem somente duas vagas por aqui, no continente Anti-Exemplo. Chegou a hora de a onça beber água. E o Brasil não pretende morrer com um abraço de urso.

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1 Comentário

  1. Netto

    Seleção de Empresários! Esse CBF é uma vergonha…

    Responder

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