por Zé Roberto Padilha
Respeitado no Basquete, importante no Handebol, decisivo no Futsal, faltava ao futebol um pivô. Um jogador que ocupasse a posição mais avançada do ataque e, com suas habilidades desenvolvidas nas quadras, fosse a referência de todos os ataques.
Depois de Pedro, não falta mais.
Arrascaeta só encontra espaços vazios para realizar assistências porque Pedro se posiciona, e se impõe, e se antecipa aos dois zagueiros, possibilitando ao Gabigol, Everton Ribeiro, Marinho e cia. entrarem às suas costas.
Para que o futebol, finalmente, substituísse o cone pelo pivô, era necessário surgir um atleta que além de alto, habilidoso, bom cabeceador e chutador, fosse inteligente. Como um computador central que recebe todas as informações da empresa e precisa emitir o relatório final.
Perceber o Rodinei indo à linha de fundo e que o Gabigol entrou pelo primeiro pau. Aí ele, do alto da torre dos seus 1,85, já de posse dos dados do seu satélite, ocupa o segundo. Vai ter sobra. E o Pedro vai estar lá.
Tite não tem um similar na sua seleção. Aliás, nenhum treinador, além do Dorival Júnior, tem. Entre tantos bons atacantes, é preciso que um deles se posicione próximo ao objeto de desejo, o gol, e raciocine coletivamente.
Esse raro jogador, que leva aos gramados as artimanhas e as soluções dos esportes de quadra, onde tudo é mais rápido, construído em segundos, chama-se Pedro.
Em breve o futebol brasileiro é que lhe retribuirá suas reverências.
Obs. Comentários sobre o texto de quem o lançou:
“Concordo e também acho, por tê-lo lançado, que quando sai da área tem uma leitura incrível do último passe. Quando tiver uma sequência de uns dez jogos, vai perceber (pela confiança) as finalizações melhorarem ainda mais”.
Abel Braga
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