por Marcos Vinicius Cabral
Ser titular ou reserva em um clube de futebol não é apenas consequência do momento em que o atleta vive na carreira. Além da bola que joga, tem a questão física, a escolha do treinador, fato este que conta muito para escalar os 11 titulares.
Pedro sabe que dificilmente voltará a ser titular. Titular é Bruno Henrique que, afastado há dez meses, volta à titularidade. O camisa 27 é o parceiro ideal de Gabigol, titular inquestionável mais pela representatividade e recordes no Flamengo na condição de ídolo do que pela bola que joga.
No episódio da agressão do preparador físico Pablo Fernández a Pedro, ocorrida neste sábado (29), no vestiário do Estádio Independência, em Belo Horizonte, na vitória do Flamengo por 2 a 1 contra o Atlético-MG, todos erraram.
Nada justifica a covarde agressão que Pedro foi vítima. Nada justifica Pedro não aquecer quando foi ordenado. Faltou profissionalismo de Pedro. Faltou habilidade de Pablo Fernández para lidar com a cara emburrada de Pedro em não querer aquecer. Faltou comando. Faltou ação da diretoria. Faltou na coletiva pós jogo, Sampaoli descer do muro e condenar a agressão de Pablo e demiti-lo ali mesmo. Faltou puxar a orelha de Pedro e exigir profissionalismo.
Pedro alega que vem enfrentando pressão psicológica no clube. Ora, Pedro, em um mundo tão competitivo, qual profissão não passa por cobrança em pleno século XXI?
Definitivamente espero que Jorge Sampaoli demita o preparador físico e amigo Pablo Fernández. Espero também que Sampaoli continue no comando do Flamengo. Já Pedro, que tente reconquistar a vaga de titular com profissionalismo e sem fazer pirraça. E o Flamengo, minha maior preocupação, que não seja afetado nas competições que disputa por causa de briguinhas internas.
Danem-se todos.