por Reinaldo Sá
Antes de tudo um marcador implacável, raiz, viril, mas com uma saída de bola do campo de defesa para o ataque digna de um jogador de seleção brasileira. Sempre foi um elemento surpresa e suas ultrapassagens e velocidade tornaram-se sua marca registrada! Fez duplas inesquecíveis pela direita, com Tarciso e Renato Portaluppi, o maior ídolo da história do Grêmio. O treinador Valdir Espinosa sabia que aquele lado do campo era mortífero, o caminho das vitórias E o curioso é que Renato Gaúcho quando técnico do Vasco da Gama levou Valdir Espinosa como seu auxiliar. Lembro muito bem que um dos maiores admiradores do futebol de Paulo Roberto era o jornalista esportivo Deni Menezes, que na época trabalhava na Rádio Nacional integrando a equipe de José Carlos Araújo. Sempre que se referia a ele o tratava como “o lateral do cruzamento certo”. E pegou! Mas a precisão de Paulo Roberto era realmente impressionante! Quando chegava ao bico da pequena área a chance de gol era gigante. Mas essa qualidade não era por acaso. Valdir Espinosa contava que ele treinava essa jogada com exaustão e também estava sempre aprimorando o seu condicionamento físico. Hoje os laterais quase não chegam à linha de fundo, mas até o final da década de 90 isso era muito comum. Difícil saber se Paulo Roberto era lateral ou ponta-direita. Basta assistirem os jogos que levaram o Grêmio ao título mundial. Diante do Peñarol, na Libertadores, e do alemão Hamburgo, Paulo Roberto foi um dos mosqueteiros mais importantes da conquista gremista. Lá se vão 40 anos e não esquecemos do futebol de Paulo Roberto, o lateral que sempre fez a alegria dos centroavantes. Deni Menezes tinha razão por chamá-lo de “cruzamento certo”, um lateral sob medida para Valdir Espinosa, um lateral que faz parte para sempre dessa constelação tricolor!
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