por Reinaldo Sá
Impossível não compará-lo ao saudoso Everaldo, tricampeão mundial pela seleção brasileira e fonte inspiradora das novas gerações que viriam a envergar, com maestria, a camisa tricolor dos pampas.
Vindo das categorias de base do Grêmio, encantou o lendário Carlos Froner, que fez questão de indicá-lo ao então treinador Valdir Espinosa. E uma sugestão de Froner ninguém desprezava.
Paulo César Magalhaes foi profissionalizado durante a disputa do Gauchão, de 1983, que serviu de preparativo para o Mundial Interclubes, disputado em Tóquio. E o lateral nunca se intimidou com as comparações com o ídolo Everaldo.
Não dava espaço aos pontas, marcava duro e ainda era um elemento surpresa no ataque. Tinha fôlego e voltava rápido para ajudar o meio-campo. Por questões técnicas e táticas ganhou a titularidade de Casemiro.
Na verdade, era preciso correr muito para cobrir os espaços deixados pelos talentosos Mario Sérgio e seu xará Paulo César Caju. Tudo bem que contava com a preciosa ajuda do volante China. E PC Magalhães passou com louvor no teste contra os alemães.
Lembrou-se de seus tempos de várzea, do campeão mundial Everaldo e, acima de tudo, da indicação de Froner, que apostou em seu talento.
No fim do Jogo, braços erguidos ao céu, emocionou-se ao constatar que a partir daquele momento passaria a integrar a galeria dos imortais do tricolor.
Acredite, Paulo César jogou no XV de Jaú.
Muito bom lateral.
Se encaixou como uma luva na LE no esquema tático de Zagalo, ele desarmava e se entregava e passava pra quem sabia.