por Claudio Lovato
Entre os muitos motivos de orgulho que todo gremista tem, um dos mais cultuados se refere à linhagem de grandes duplas de zaga que defenderam o clube ao longo de sua história.
Airton “Pavilhão” Ferreira da Silva e Ênio Rodrigues formaram, nos anos 50 e 60, uma “linha maginot” que transformava o objetivo de fazer gols no Grêmio em uma missão das mais árduas. Airton foi o marcador mais difícil que Pelé teve na carreira – segundo o próprio Rei do Futebol.
Na década de 70, Ancheta e Oberdan foram responsáveis por, entre outros feitos, liderar o Grêmio na conquista de um título de fundamental importância para o futuro do clube: o Campeonato Gaúcho de 77, que abriu caminho para tudo o que viria depois. Quando parou de jogar, em 1978, Oberdan foi sucedido por Vicente, outro beque de excelente cepa.
Em 1981, conquistamos nosso primeiro Brasileiro, em cima do São Paulo. E lá estavam Newmar, jovem zagueiro que ganhara a posição do veterano e vitorioso Vantuir, e De León, “El Capitán”.
Luis Eduardo e Edinho, capitão do time, craque de três Copas do Mundo, foram o central e o quarto-zagueiro do Grêmio na conquista da primeira edição da Copa do Brasil, em 1989.
Em 1995, Adilson Batista e Rivarola deram sequência à lendária trajetória das duplas de defensores gremistas, conquistando a nossa segunda Libertadores. No fim daquele ano, ao enfrentar o Ajax (que era, acreditem, a Seleção da Holanda acrescida do genial finlandês Litmanen), o Tricolor de Porto Alegre e do Mundo perdeu nos pênaltis a final do Interclubes, no Japão. Em 1996, ano do nosso bi-Brasileiro, chegou Mauro Galvão, que ora fazia parceria com Adilsom, ora com Rivarola.
Hoje, Pedro Geromel e Walter Kannemann se encarregam de deixar claro que a saga das grandes duplas gremistas continua a todo vapor, firme e forte. Geromito e o Viking. Falando em motivo de orgulho…
Todos eles heróis tricolores.
Então alguém pode se perguntar: mas esse cara não vai falar da primeira Libertadores e, principalmente, do Mundial, em 83?
Ficou para o fim, porque é nessa hora que entra em cena, nesta bela onda de recordações e homenagens, o nome de Jorge Baidek, aniversariante deste 16 de abril.
Nas batalhas de La Plata, Montevidéu, Porto Alegre e Tóquio, e nas outras antes destas, naquele épico e transcendental ano de 1983, era ele quem estava lá, ao lado de Hugo de León, defendendo o Grêmio com uma devoção e uma coragem que só os grandes guerreiros têm.
Prata da casa gremista, ele jogou na base entre 1977 e 80, subiu para os profissionais em 81 e ficou no clube até 90, quando foi para Portugal, onde teve passagem pelo Belenenses. Encerrou a carreira em 95, ano em que jogou no Madureira e, por fim, no CSA.
Jorge Baidek, nascido em 16 de abril de 1960 na cidade de Barão do Cotegipe, no norte do Rio Grande Sul, está de aniversário. São seis décadas de vida completadas hoje. Parabéns, zagueiro! Tudo de bom. Muita saúde e muitas alegrias ao lado dos teus! A nação gremista te agradece por tudo o que deixaste em campo por nós, e por tudo o que dele trouxeste para nós.
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