por Sergio Pugliese
Não tem jeito, a relação de PC Caju com a torcida é de amor e ódio. Amor porque semeou sua arte por onde passou e ódio porque brigou por seus direitos, chutou o balde na mesma proporção do que a bola, viu o fundo do poço mas não gostou, reergueu-se e fez careta para quem duvidava disso. Pintou o cabelo antes de qualquer um, vestia-se com roupas extravagantes e também gostava de carrões. Mas amava o futebol acima de tudo e dedicava-se como poucos aos treinamentos.
Foi astro da Selefogo e da Máquina Tricolor, também levantou alguns canecos pelo Mengão e foi campeão do mundo pelo Grêmio. No Vasco foi vice, mas orgulhou-se de vestir o manto cruzmaltino principalmente por sua bela história contra o racismo. E tinha Pintinho, no meio-campo com ele. É idolatrado na França e uma vez por ano é convidado, por amigos, para passar umas semaninhas lá, gastando o seu francês!
“Chupou laranja com quem?”, costuma perguntar. “Cantou o hino nacional quantas vezes?”, provoca. E essa provocação é perturbadora para alguns, mas encantadora para quem o conhece de perto, como nós do Museu da Pelada! Atualmente, temos a honra de receber regularmente crônicas divertidíssimas desse cracaço para a seção Resenha! Caju é puro, chora fácil e não tolera injustiças. Caju é o cara! Ah, esquecemos de dizer que ele foi campeão do mundo na Copa de 70, na melhor seleção da história do futebol.
Negão, pode tirar sua onda porque você merece!!!!!!!
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