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VASCO x CAXIAS

::: GALERA DO FUTEBOL 7 ::::
por Marcio Carrete


Mais uma temporada no fim e mais um ano de trabalho realizado com sucesso. Hoje à noite, acontece na Arena Akxe, na Barra da Tijuca, a final da Taça Rio de Futebol 7, entre Vasco da Gama e Duque de Caxias. O vencedor do confronto enfrentará a Cabofriense, em duas partidas, uma no sábado e outra no domingo, valendo o título estadual de 2015. Única camisa dos quatro grandes do futebol de campo, o Vasco segue favorito, mas não será nenhuma zebra caso passe o Duque.

A equipe de Caxias, inclusive, é uma das mais estruturadas da competição, contando com transporte próprio, centro de treinamento e casa. O Duque de Caxias mandou seus jogos em casa durante a temporada. Outro pioneirismo da equipe da Baixada Fluminense foi a comercialização de produtos licenciados, que geram renda e ajudam a pagar os salários.

Mas o Vasco é o Vasco, mesmo vindo de trocas consecutivas de treinador, faz uma campanha consistente, comandado dentro de campo por Vander Carioca, que ficou conhecido no salão e hoje se dedica ao Fut7.

A partida de hoje promete um confronto limpo e leal, porém intenso. Duas equipes que lutaram para chegar, o Duque de Caxias que havia subido para a primeira divisão na temporada passada; e o Vasco, dono de uma camisa de glórias, e que vê o seu time de futebol de campo amargar 34 rodadas na zona de rebaixamento, e depender de resultados para escapar na última rodada, porém vitorioso no futebol 7.

Como é bacana ver a arrancada da modalidade, que briga para ter o seu lugar ao sol, rumo a profissionalização, chegar ao final da temporada com boas histórias. Aos amantes da bola, lembramos que as finais do Campeonato Carioca serão transmitidas pelo Globoesporte.com. Sábado e domingo, às 11h, direto da arena montada no Colégio Salesiano, em Niterói. A Cabofriense já garantiu o lugar dela, saberemos hoje quem será seu adversário.

O campeão voltou!!!!!!

por Marcelo Rodrigues


A festa pelo título do Carlos Barbosa durou toda a madrugada e coloriu a cidade de laranja. | Foto: Marcelo Rodrigues

A festa pelo título do Carlos Barbosa durou toda a madrugada e coloriu a cidade de laranja. | Foto: Marcelo Rodrigues

Todos os recordes batidos, a cidade parada e o laranja tomando conta da Serra Gaúcha, que respira Futsal: Carlos Barbosa é pentacampeão da Liga!!!

A ACBF de Carlos Barbosa sagrou-se campeã, pela quinta vez da Liga Nacional de Futsal, ao vencer a equipe de Orlândia nos dois confrontos. No primeiro por 5×3 e, ontem, por 5×1.

Muito mais do que a vitória, essa conquista nos faz refletir sobre vários aspectos do jogo.

Vale a pena apostar mais na defesa passiva?

Por que não apostar no ataque?

Por que não somar marcação alta, pressionada, total com jogo de 1×1, movimentações, escapes pelas alas, passe de fundo, chute de média, entre outras coisas?


Pito comemora com a torcida | Foto: Marcelo Rodrigues

Pito comemora com a torcida | Foto: Marcelo Rodrigues

A final nos mostrou duas equipes que procuram o gol, que buscam o passe para a frente, que tentam evoluir, que não “enfeiam” o jogo, que não se baseiam em regulamento e vão em frente!

Venceu quem soube aproveitar o bom momento que aconteceu num determinado período do jogo. E a partir disso manteve a concentração e desestabilizou emocionalmente o adversário.

Carlos Barbosa iniciou pressionando. Orlândia respondia com bola para o pivô, teve oportunidades, mas não chegou.

Aí um equívoco do Deivid, um lampejo do Pito na roubada de bola, um pênalti para o Carlos Barbosa e 2×0 no placar para o time da Serra Gaúcha.

Na volta para o segundo tempo, pressão de Orlândia. Duas chances e um golpe mortal: uma reposição rápida do Wolverine no peito do Pito e gol espetacular de bicicleta do jogador que aposto ser, num futuro próximo, um dos maiores do mundo. A partir daí houve uma queda emocional de Orlândia.

Jogadores cabisbaixos contra um caldeirão laranja empurrando seus jogadores para uma concentração impressionante, uma entrega fundamental, uma união, profissionalismo, conduta e concentração.

Gostei da entrevista do Marquinhos Xavier ao final do jogo. 

E não é pela generosidade dele ao agradecer a mim, ao Daniel e ao Sportv pelo que fazemos. Ter esse reconhecimento nos deixa também agradecidos por sempre fazermos o máximo para levar o trabalho de todos ao mundo. Sempre com respeito, honestidade, parceria, e nunca denegrindo. 

Mas eu gostei ainda mais por ter a certeza de que o “jogo de ataque”, o jogo de defesa alta com pressão, ou o “jogo total” (jogar e não deixar jogar incomodando sempre, sem ser violento) é a filosofia que mais me agrada num time.

Gosto de técnica – Pito!

Gosto de treinador valente, que ataca, que treina retorno, que leva gol e ataca novamente – hoje é e sempre foi Marquinhos Xavier. Há outros fantásticos. 

Parabenizo o Cidão e todo o grupo da Intelli/Orlândia pela excelente temporada. Infelizmente não jogou nessas partidas o que é capaz de jogar. Méritos do time da Serra Gaúcha.

Gosto de jogador que se entrega, que dá o sangue até a última gota.

O Marquinhos reuniu um grupo, que não só tem esse perfil, como valoriza a ideia de atacar com qualidade e objetividade.

Gosto de jogo bom para quem assiste – Carlos Barbosa! 

E gosto de férias após um ano marcado pela melhor Liga de todas, com mais de 120 transmissões, com estilos distintos, com Guarapuava, Jaraguá, Assoeva, Corinthians, Sorocaba, Orlândia, Joinville e Carlos Barbosa tendo apresentado duelos sensacionais, estilos e estratégias diferentes e até de ataques pessoais ridículos e amadores feitos por profissionais que sempre respeitei. 

Mas foi premiada a equipe que fez a melhor campanha de todas nos últimos anos.

Título muito merecido.

Parabéns de verdade porque a Serra Gaúcha está em festa!

OBS 1 – Parabéns ao Palhinha pela Gestão da Liga

OBS 2 – Parabéns à Liga por buscar o diálogo

OBS 3 – Sábado tem o último jogo do ano, às 12h, no Sportv. Sorocaba x Real Bucaramanga (Colômbia) pela Taça Libertadores da América. Final.

OBS 4 – Todos aqueles que quiserem saber o porque de determinadas ações, falas e comentários, lembro que o canal de conversa comigo é aberto.
Entrem em contato, ensinem e aprendam. Essa troca nos fará melhores.

OBS 5 – Volto semana que vem falando do jogo da Libertadores e falando sobre o evento Futsal Solidário no Tijuca Tênis Clube, dia 12/12/15 para ajudar a Casa Ronald (que cuida de crianças e adolescentes diagnosticados com câncer).

Só feras em quadra e no apoio.

OBS 6 – Merecidamente O CAMPEÃO VOLTOU.

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PELAS LENTES DO AMOR ALVINEGRO

texto: Sergio Pugliese e Flavia Ribeiro | fotos: Família Moraes

Quando a produtora Sílvia Magalhães e a designer Izabel Barreto entraram no estúdio da fotógrafa Nana Moraes, na Glória, acompanhadas de Paulo Cezar Caju iniciou-se o alvoroço. Ele, ídolo, ela, fã, o resultado não podia ser outro: abraços emocionados de “amigos” que não viam-se há tempos. Barba branca, o estilão continuava o mesmo. Ela estava acostumada a vê-lo correndo com a camisa do Fogão e da seleção brasileira. Os cabelos de Nana também embranqueceram, mas o olhar continuava afiado. Na conversa, observava os traços do craque e imaginava o enquadramento, a luz, as poses. Pena a foto não conseguir registrar a deliciosa gargalhada de PC, imaginava, sempre observada pela vascaína Sílvia e a rubro-negra Izabel. “Onde troco de roupa? Vai ter maquiagem?”, brincou PC. Mas antes da sessão, Nana tinha uma missão especialíssima a cumprir. Ligar para a mãe, Luzia, de 79 anos, alvinegra roxa, apelidada de “Vó dos Loucos”, em referência à torcida organizada Loucos pelo Botafogo.   

Ligou. Suspense!!!  Do celular da filha veio a voz grossa, marcante, inconfundível, perguntando como ela estava. Um curto silêncio e a surpresa. PC fora surpreendido pela ex-bailarina e ex-produtora de moda, com quem nunca falara antes: “É Paulo Cezar Caju? Que fez três gols contra o América quando tinha 17 anos e quase me matou do coração?”, perguntou. “Aquele dia, minha estreia no Maracanã, foi lindo!”, vibrou, ao recordar um dos momentos mais marcantes de sua carreira. Os dois tagarelaram até PC desligar com os olhos transbordando de emoção. “Esses momentos sacodem a nossa alma”, suspirou enquanto vestia o blazer preto.

Luzia contou para PC que o marido, Zé Antônio, fotógrafo consagrado do JB e da Abril, o clicou muitas vezes e adorava a dupla que fazia com Jairzinho, no Botafogo, seleção brasileira e no francês Olympique de Marseille. O curioso era que Luzia usava cabelo Black Power igual ao de PC e, certa vez, no aeroporto em Paris, foi abordada por um oficial da alfândega querendo saber se ela era irmã do craque. Na época, PC arrastava multidões aos estádios franceses e era idolatrado por políticos, estilistas e atores, como Jean Paul Belmondo.

O estilo Black Power, por sinal, foi estudado por Nana, uma das profissionais mais requisitadas do país. Dias antes de fotografá-lo também reviu imagens de alguns ídolos do craque contestador, como Martin Luther King, Malcom X e os Panteras Negras, homens que lutaram pela causa negra. Nana não queria errar, afinal decepcionaria toda uma família de botafoguenses. Nana, além de ser filha de Luzia, é irmã do também fotógrafo, Sérgio Moraes, da agência de notícias Reuters, e da produtora de moda top de linha Bebel Moraes. Entre os netos, os dois filhos de Nana – a empresária Lígia e o fotógrafo Ricardo, também da Reuters – e o mais velho de Sérgio – o estudante Pedro – também carregam uma estrela solitária no peito. E uma quarta geração alvinegra já dá seus primeiros passos na família: Rosa, de 6 anos, filha de Lígia, e o pequeno José Antônio, de 1 ano e 7 meses, filho de Ricardo, continuam a tradição iniciada por um outro Zé Antônio lá pelos idos anos 40.

Diante dos flashes, PC parecia um profissional. Suas expressões variavam como assistisse uma partida de futebol. Ele mesclou sorrisos exuberantes com olhares distantes, tensos e tristes. Nana viajava e resolveu arriscar. Pediu para que ele ficasse sem camisa e usasse a amarelinha da seleção brasileira como um cachecol, imagem que representaria seu estilo festeiro, ousado, rebelde e ao mesmo tempo elegante, de lançador de tendências, com o amor incondicional pelo futebol. Quem conhece PC sabe que ele poderia devolver s sugestão com uma resposta ríspida. Mas nesse caso, não. Ele nunca negaria algo que fosse uma bicuda nas regras e nas caretices do mundo atual. “Adorei, vamos nessa!”.

Mas, peralá, a rebeldia do craque não rima com inadimplência. De repente, ele pirou, disse que precisava ir embora, precisava achar uma casa lotérica, pois esquecera de pagar duas contas. “Que horas são?”, perguntou, inquieto, enquanto conferia o dinheiro, contava moedas. Mas Sílvia e Izabel sabem a hora de colocar a bola no chão e pedir calma ao time. “Bebe uma água e acalma, PC”, sugeriu Sílvia. Em cinco minutos pagaram as contas pelo celular. O indomável PC, avesso às tecnologias, acalmou-se e voltou ao campo de jogo.       

Jogo a favor do meio ambiente

por Pedro Trengrouse


Todo o arranjo produtivo do esporte nacional precisa assumir a responsabilidade de fazer tudo o que estiver ao seu alcance para melhorar concretamente a vida dos brasileiros.

Enquanto o Brasil se recupera da última Copa do Mundo, preparando-se para receber os próximos Jogos Olímpicos, a bacia hidrográfica mais importante da Região Sudeste é vítima da maior tragédia ambiental da história do país. Milhões de pessoas que vivem às margens do Rio Doce sofrem a falta d’água e sua contaminação por metais pesados pode gerar efeitos nocivos imprevisíveis. A queda da atividade econômica em mais de 230 municípios, muitos deles iminentemente agrícolas, tende a acentuar bastante a atual tendência de desemprego no país.

Competições esportivas transformaram-se em eventos de entretenimento, com cada vez mais recursos e enorme capacidade de comunicação. Todo arranjo produtivo do esporte nacional precisa assumir a responsabilidade de fazer tudo o que estiver ao seu alcance para melhorar concretamente a vida dos brasileiros.

A Organização das Nações Unidas (ONU) há algum tempo preconiza que o esporte é um poderoso instrumento para o desenvolvimento humano, econômico e social. Desde 1994, o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) reconhece o potencial de atletas como embaixadores de causas ambientais e defende que o esporte tem o poder de mobilizar pessoas em torno de objetivos comuns em prol do meio ambiente. O Brasil tem a responsabilidade de cuidar de 12% da água doce e da maior biodiversidade do planeta, com 20% de todas as espécies da Terra espalhadas por biomas como, por exemplo, a Mata Atlântica, o Cerrado, a Floresta Amazônica (a maior floresta tropical do mundo) e o Pantanal, a maior planície inundável. Deveria ser impossível imaginar eventos esportivos no país dissociados de questões ambientais.

Em 2006, na Alemanha, houve um programa na Copa chamado Gol Verde, para compensar seu impacto ambiental, promovendo o uso responsável de recursos hídricos, o reaproveitamento e a reciclagem de materiais, o transporte favorável ao meio ambiente e o uso eficiente de energia. Em 2014, no Brasil, como pensar no meio ambiente se nem as obras prometidas ficaram prontas? Em 2000, um ícone dos Jogos Olímpicos de Sydney foi a recuperação de Homebush Bay, uma área de depósito de lixo tóxico que foi restaurada para ser o Parque Olímpico. Por aqui, os Jogos Olímpicos de 2016 sequer cumpriram a promessa de despoluição da Baía de Guanabara.

O meio ambiente não pode mais ficar em segundo plano. O esporte tem tudo para ser decisivo na consciência ambiental e na promoção de ações comunitárias. Por que não começar por ações em favor de vítimas desta tragédia e estímulo constante a iniciativas de recuperação das bacias hidrográficas, como a que vem sendo implementada pelo Instituto Terra há tempo no próprio Rio Doce?

Enquanto nada for feito, esportistas podem ser comparados a Maria Antonieta, achando que a fome do povo se resolve com brioches, e os Jogos Olímpicos de 2016, ao Baile da Ilha Fiscal, financiado com dinheiro que deveria socorrer flagelados da seca.

Sobre

 


 

SOBRE O museu

 

É como essa pedra retirada dos escombros da Geral do Maracanã.

O Museu da Pelada resgata momentos de glória de boleiros anônimos e famosos do fundo de memórias, gavetas, caixas de sapato, recortes de jornais, camisas, faixas e troféus.

Esse Museu é da Pelada porque eterniza o mito original do futebol: a poesia, o encontro, a irreverência e a paixão. Ele é nobre e simples.

É como essa história retirada dos escombros da Geral do Maracanã.