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O MERCADO ESTÁ MUDANDO?

por Idel Halfen


O mercado de material esportivo, principalmente o relacionado ao fornecimento aos clubes de futebol, parece estar passando por um processo de transformação no que tange às estratégias das marcas. Serve como base para um melhor entendimento dessa suposição o estudo realizado pela Jambo Sport Business – https://pt.slideshare.net/jambosb/ranking-das-marcas-esportivas-no-futebol-20172018-81209008 –  acerca das marcas que vestem os times das principais ligas do mundo.

Nessa análise foi possível perceber uma maior participação das marcas consideradas regionais, aquelas que atuam basicamente no país onde se situa sua sede. Enquanto na temporada passada apenas dois desses fornecedores eram os que mais vestiam equipes nos respectivos campeonatos nacionais (Lacatoni em Portugal e Robey em Holanda), no período atual são seis, os dois citados mais Masita que divide com a própria Robey e a Adidas essa liderança na Holanda, Jartazi na Bélgica, Sheffy na Colômbia e Sport Lyon na Argentina, lembrando que a amostra do estudo citado contempla 20 países.


Cumpre relatar que, apesar dessa “supremacia” em número de clubes locais, nenhuma dessas marcas veste times de muita expressão, o que nos permite inferir que as “gigantes globais” estão priorizando seus investimentos em equipes maiores.

Pegando o caso da Holanda como exemplo, poderemos ver que a Nike – marca mais presente entre os 368 clubes que compõem a amostra – não veste nenhum time deste campeonato, mas é a fornecedora da seleção do país.

Ainda é cedo para afirmar se o crescimento das marcas regionais é uma tendência nesse mercado, mas tudo leva a crer que as marcas globais estão sendo cada vez mais criteriosas em seus investimentos e que têm traçado mais cirurgicamente seus movimentos, fato que leva à abertura de lacunas que hoje estão sendo preenchidas pelas regionais.

Outro fato que pode ser um indício dessa postura mais “calculada” das marcas globais é visto na Inglaterra. Em 2013-14, a Nike vestia quatro equipes, número que foi minguando até chegar a um na temporada passada. Ciente da importância de estar bem representada na liga mais rica do mundo, a marca norte-americana reagiu e voltou a estar presente em quatro times na temporada atual: um que ascendeu à primeira divisão, outro de quem já era fornecedora, além do Chelsea e do Tottenham que na temporada 2016-17 vestiam Adidas e Under Armour respectivamente.


Pode até ser que a Adidas, 2ª marca mais presente no estudo, tenha algum tipo de reação, ainda que esteja muito tem representada no país, pois fornece para o Manchester United. Ou não, visto o cenário parecer indicar que as principais marcas ficarão cada vez mais seletivas, satisfazendo-se mercadologicamente ao estarem presentes na seleção e/ou em algumas das equipes mais tradicionais/populares do país.

Quando voltamos nossa análise para as marcas brasileiras, vemos que o número se manteve em três – Penalty, Numer e Topper –, ao passo que a quantidade de clubes por elas supridos decresceu de nove para seis, valendo salientar que a Penalty tem em seu portfólio apenas clubes do campeonato argentino.

Aguardemos os próximos movimentos, os quais parecem confirmar a mudança ventilada nesse artigo, vide a provável rescisão da Adidas com o Milan que deverá usar Puma em 2018-19.

PALPITES DO MATEUS

por Mateus Ribeiro


2018 é ano de Copa do Mundo e, inevitavelmente, os apaixonados por futebol não conseguem pensar em outra coisa. Por isso, a partir de hoje, começamos a analisar os grupos do torneio mais importante do planeta.

O Grupo A da Copa do Mundo 2018 é um dos mais equilibrados da competição. O problema reside no fato de que o equilíbrio existe porque o grupo não possui nenhuma seleção capaz de causar muito medo em algum adversário.


A Rúsisa, dona da casa, luta para não conseguir a proeza de ser eliminada na primeira fase dentro dos seus domínios, “feito” que apenas a África do Sul conseguiu realizar, em 2010. Pelo que vimos na Copa das Confederações e na Eurocopa 2016, é bem difícil que isso aconteça.

Talvez o fator casa ajude, e o fato do grupo não ser nenhuma pedreira também. Mas fato é que não existe nenhum talento individual, tampouco força coletiva, capaz de fazer com que os russos sonhem com algo além da primeira fase. Briga pelo segundo lugar do grupo.


Já o Egito volta a disputar um mundial após 28 anos. Talvez seja a melhor seleção africana dos últimos tempos, o que também não ajuda muito, já que a Costa do Marfim tinha esse título nas últimas três Copas, e não conseguiu nada grandioso.

Mesmo assim, parece ser a segunda força do grupo, muito por conta do talento individual de Salah, que evoluiu muito, e hoje é um dos principais nomes da Premier League. Briga por uma vaga nas oitavas de final. Dificilmente passará disso, mas passar pela fase de grupos já seria uma grande conquista para os faraós.


O Uruguai, além da força de sua camisa, conta com dois dos melhores atacantes do planeta, Suárez e Cavani. Apesar de uma geração envelhecida, é a principal força do grupo, seja pela sua camisa, seja pelos jogadores que a vestem.

Apesar de já não ter o mesmo poderio de 2010 e de 2014, é a principal seleção do grupo, e uma das principais forças da América do Sul. Só não passa para as oitavas em caso de uma tragédia gigantesca.

Por fim, a seleção da Arábia Saudita volta a participar de um mundial, depois da ausência nas duas últimas edições. Dificilmente podemos esperar alguma coisa dos sauditas, que participarão da Copa pela quinta vez.


A classificação não foi das mais fáceis, e além de não possuir muita tradição em mundiais, não possui um talento capaz de decidir uma partida, ou uma classificação para a segunda fase. Provavelmente fica no meio do caminho, junto da seleção anfitriã.

Uma vez que dei os pitacos, volto a falar do grupo. Talvez, ao lado do grupo H, seja o mais enigmático da Copa. Podemos esperar qualquer coisa, inclusive partidas horrorosas, como Rússia x Arábia Saudita,  ou um jogo interessante como Uruguai x Egito. Mas, como tudo na vida, o ideal a fazer é esperar para ver, e se divertir com as partidas do grupo.

É bem provável que eu queime minha língua. E espero que vocês voltem aqui pra me cobrar se isso acontecer!

E você, qual seu palpite?

Um abraço, e até a próxima.

alunos-do-neca

ALUNOS DO NECA

texto: André Mendonça | vídeo e edição: Daniel Planel

Para fechar 2017 com chave de ouro e coroar esse ano que foi repleto de boas resenhas, nada mais justo do que um encontro com grandes craques. Carlos Roberto, Moreira, PC Caju e Betinho Cantor marcaram presença no Zeca Bar F.C., em Ipanema, e comandaram o papo ao lado de Carlos Alberto Victorino, filho do grande Neca, ex-jogador do Botafogo e, posteriormente, um dos maiores reveladores de craques do futebol brasileiro.

Não precisamos nem falar que o “garimpeiro” logo se tornou a pauta da resenha e foi lembrado com muito carinho por seus alunos. Foi ele o responsável por lapidar grandes joias que fizeram parte da Selefogo.


Carlos Roberto, PC Caju e Zeca, o dono do bar

– A gente era garoto e aprendia muitos macetes com ele. Era proteção de bola, como bater na bola… Ele ensinava os fundamentos com muita qualidade e dedição – lembrou Carlos Roberto.

Quem também não mediu as palavras para elogiar o “seu” Neca foi PC Caju:

– Olha a safra de craques que ele revelou para o Botafogo. Isso não tem preço! Se você pegar os jogadores que passaram pelas mãos do seu Neca você vai ver que eles têm um comportamento exemplar até hoje.

Muito mais do que um grande professor de futebol, Neca era uma espécie de “paizão” da garotada e também contribuía demais com a formação pessoal dos jovens, cobrando respeito e disciplina.

– Eu não conheci meu pai, mas eu via nele uma linha a seguir. E sei que muitos jogadores estiveram na mesma posição que eu – ressaltou Moreira.

PC Caju destacou ainda a falta que Neca faz no futebol atual.

– Além do futebol estar muito ruim hoje em dia, acho que falta educação para os jogadores. Esse jogo pegado, cartões amarelos, expulsões… Falta disciplina. Dos jogadores daquela geração do Botafogo dos anos 60, quase todos vingaram.


Vale destacar que Neca foi um grande jogador e, de acordo com PC, esse é um pré-requisito fundamental para se tornar um bom técnico. Por isso, o craque não deixou de mostrar sua indignação com uma lista de treinadores brasileiros que nunca fizeram sucesso dentro das quatro linhas e hoje dominam o mercado.

– Eles são formados em Educação Física. Como vão conseguir corrigir um passe, um domínio se não têm fundamento? Parreira ganhou a Copa e fortaleceu essa classe. Futebol defensivo, jogam para não perder… Eles tomaram conta do mercado e nunca chutaram uma bola.

Orgulhoso, o filho de Neca não tirava o sorriso do rosto, mesmo tendo sido preterido pelo pai, que o orientou a seguir os estudos. No fim da resenha, ainda fomos brindados com a famosa canção “Você Tem Tempo”, de Betinho Cantor, dos bons tempos do Rio de Janeiro.

Que venha 2018!

Alunos do Neca

ALUNOS DO NECA

texto: André Mendonça | vídeo e edição: Daniel Planel

Para fechar 2017 com chave de ouro e coroar esse ano que foi repleto de boas resenhas, nada mais justo do que um encontro com grandes craques. Carlos Roberto, Moreira, PC Caju e Betinho Cantor marcaram presença no Zeca Bar F.C., em Ipanema, e comandaram o papo ao lado de Carlos Alberto Victorino, filho do grande Neca, ex-jogador do Botafogo e, posteriormente, um dos maiores reveladores de craques do futebol brasileiro.

Não precisamos nem falar que o “garimpeiro” logo se tornou a pauta da resenha e foi lembrado com muito carinho por seus alunos. Foi ele o responsável por lapidar grandes joias que fizeram parte da Selefogo.


Carlos Roberto, PC Caju e Zeca, o dono do bar

– A gente era garoto e aprendia muitos macetes com ele. Era proteção de bola, como bater na bola… Ele ensinava os fundamentos com muita qualidade e dedição – lembrou Carlos Roberto.

Quem também não mediu as palavras para elogiar o “seu” Neca foi PC Caju:

– Olha a safra de craques que ele revelou para o Botafogo. Isso não tem preço! Se você pegar os jogadores que passaram pelas mãos do seu Neca você vai ver que eles têm um comportamento exemplar até hoje.

Muito mais do que um grande professor de futebol, Neca era uma espécie de “paizão” da garotada e também contribuía demais com a formação pessoal dos jovens, cobrando respeito e disciplina.

– Eu não conheci meu pai, mas eu via nele uma linha a seguir. E sei que muitos jogadores estiveram na mesma posição que eu – ressaltou Moreira.

PC Caju destacou ainda a falta que Neca faz no futebol atual.

– Além do futebol estar muito ruim hoje em dia, acho que falta educação para os jogadores. Esse jogo pegado, cartões amarelos, expulsões… Falta disciplina. Dos jogadores daquela geração do Botafogo dos anos 60, quase todos vingaram.


Vale destacar que Neca foi um grande jogador e, de acordo com PC, esse é um pré-requisito fundamental para se tornar um bom técnico. Por isso, o craque não deixou de mostrar sua indignação com uma lista de treinadores brasileiros que nunca fizeram sucesso dentro das quatro linhas e hoje dominam o mercado.

– Eles são formados em Educação Física. Como vão conseguir corrigir um passe, um domínio se não têm fundamento? Parreira ganhou a Copa e fortaleceu essa classe. Futebol defensivo, jogam para não perder… Eles tomaram conta do mercado e nunca chutaram uma bola.

Orgulhoso, o filho de Neca não tirava o sorriso do rosto, mesmo tendo sido preterido pelo pai, que o orientou a seguir os estudos. No fim da resenha, ainda fomos brindados com a famosa canção “Você Tem Tempo”, de Betinho Cantor, dos bons tempos do Rio de Janeiro.

Que venha 2018!

Chamada quem foi melhor

 

craque da semana


 

Essa semana a disputa é entre Aldair e Ricardo Gomes

Quem você escolhe