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TORCEDORES LANÇAM LIVRO OFICIAL CONTANDO A HISTÓRIA DAS CAMISAS DO BAHIA

Publicação ricamente ilustrada traz os uniformes utilizados pelo esquadrão desde a sua fundação e será lançada dia 28, no museu do Bahia.

Você sabia que o Bahia utilizou camisas amarelas ainda nos anos 60? Que o goleiro Ronaldo Passos utilizou uniformes de marca diferente dos demais jogadores na final de 1988? Quais detalhes traziam a camisa utilizada por Raudinei em seu gol histórico? Todas essas curiosidades são elucidadas no livro AS CAMISAS DO BAHIA, que ilustra todos os uniformes utilizados pelo clube em seus 92 anos de história. Após longa e minuciosa pesquisa, através de arquivos de jornais, revistas e relatos de ex-jogadores, os autores presenteiam o torcedor tricolor com esse primoroso lançamento. O projeto possui a chancela do Bahia, sendo um produto oficial e licenciado pelo clube.

Os autores Ruy Guimarães, Eduardo Medeiros, Ronei Dias, Arilde Junior e Alexandre Teixeira são estudiosos da história do clube, além de colecionadores de camisas e itens relacionados ao tricolor de aço, colaborando com o museu do clube e como autores de obras relacionadas à trajetória triunfante do maior clube do Norte/Nordeste. O livro, que já teve a sua pré-venda finalizada, custa R$ 149,90 e estará disponível para aquisição no dia do evento e no site bit.ly/ascamisasdobahia, bastando preencher os dados solicitados.

“Sempre existiu uma lacuna enorme tanto na literatura como na mídia nacional a respeito dos times do nordeste e vimos que é preciso um clube do porte do Bahia ter sua história contada também pelo viés de suas camisas, que são uma espécie de marco temporal para o torcedor em cada fase, em cada título do clube. Nada mais justo que ele tenha uma obra como essa à mão para saber mais sobre o Bahia ou mesmo rememorar um momento especial”, defende o jornalista Ronei Dias.

Com capa desenhada pelo grande artista baiano Bel Borba, torcedor do Esquadrão, o livro é ricamente encadernado com capa dura e papel nobre, tendo ilustrações de todas as camisas utilizadas pelo esquadrão, bem como traz todos os uniformes de goleiro documentados, fato inédito em um livro dedicado a um clube nordestino, desenhadas pelo designer Jr. Rocha, sendo sem dúvidas um belíssimo presente para todos os torcedores e simpatizantes do Esporte Clube Bahia.

Evento:
No dia do lançamento os autores estarão presentes para noite de autógrafos e entrega dos livros adquiridos em pré-venda, assim como a presença de personalidades ligadas ao clube e ao esporte baiano, como ex-atletas, jornalistas e blogueiros, além de colecionadores e entusiastas em geral. A entrada será liberada para todos os torcedores.

Serviço:
Lançamento do Livro AS CAMISAS DO BAHIA
Instagram: @ascamisasdobahia
Link para adquirir o livro: bit.ly/ascamisasdobahia
Local: Museu do Bahia – Arena Fonte Nova
Data e Horário: 28 de novembro (terça-feira), das 18h30 às 22h00 Entrada gratuita
Visitação: aberto a todos
Classificação indicativa: Livre
Acesso para pessoas com deficiência
Informações: (71) 99188-5456 (Ronei); 99159-5549 (Eduardo); 98148-7183 (Ruy) 14/11/2023

O IRREQUIETO GABIGOL

por Elso Venâncio, o repórter Elso

A magia da camisa 10 surgiu após o Rei Pelé usá-la e imortalizá-la. Outro gênio da bola, Johan Cruijff atuava com a 14 às costas, mas por superstição, afinal, marcara na infância um gol valendo-se de um uniforme que tinha esse número. Contudo, reverenciava o mais famoso número da história do futebol. Um número que mais se parece nota de boletim escolar.

Certa vez, Cruijff chamou Romário para conversar antes de um treino do Barcelona:

“Você vai usar a 10.”

“Não! Eu sou 11”, retrucou o baixinho marrento.

“Romário, escute uma coisa… nos times que eu comando o melhor usa a 10” – determinou o holandês, considerado por muitos o melhor jogador europeu do Século XX.

O pedido de Gabigol para vestir a 10 de Zico não chegou a ser novidade, já que no Santos o mesmo usou, após muita insistência, a sagrada 10 de Pelé. Porém, Gabriel Barbosa não marca desde agosto, ou seja, há 12 jogos, e quando entra nem chuta a gol, o que já soma dez – esse número mesmo! – dez partidas sem sequer finalizar. Além disso, acumula expulsões. Até pênaltis, o que batia como poucos, ele vem desperdiçando.

O revolucionário locutor esportivo Waldir Amaral – ‘indivíduo competente’ – dizia, após gritar gol:

“Camisa 9, a camisa que tem cheiro de gol.”

Gabigol é o ídolo máximo da nova geração. Seu nome está gravado para o todo e sempre na história do Flamengo, graças, principalmente, aos três gols decisivos marcados em duas Copas Libertadores. No entanto, vem enfrentando um adversário perigoso – por sinal, o maior inimigo do ser humano. O Ego!

Com o ego inflado, Gabi adora se exibir, não admite erros e multiplica em sua cabeça o megassucesso alcançado. Com sua necessidade cada vez maior de ser admirado e ter que se destacar diante dos demais companheiros, abandonou a 9, dignificada por Nunes, outro ídolo eterno da Gávea.

Nunes, o ‘Artilheiro das Grandes Decisões’, conquistou três Campeonatos Brasileiros, uma Libertadores e o Mundial de Clubes. Já Gabi nega estar acima do peso e, com a camisa de Nunes, marcou os históricos gols relâmpagos diante do River Plate na decisão da Libertadores de 2019, em Lima, capital do Peru.

O europeu, sabemos, só libera um jogador após usá-lo e abusá-lo até chegar ao ‘bagaço da laranja’. Da mesma forma, o profissional só aceita voltar, ou fica, quando perde mercado lá fora. Tite resistiu até quando pôde ao ‘ano sabático’ que pretendia tirar, enquanto aguardava propostas. Gabigol fez no Flamengo muito mais do que dele se esperava. É o maior goleador brasileiro na Libertadores e o quinto que mais marcou na competição.

Com propriedade, o sérvio Dejan Petkovic diz que a 10 rubro-negra é pesada:

“Não é fácil” – completa.

A fase ruim de Gabigol vai ser superada, acreditamos, mas isso só depende dele. O jogador tem que priorizar sua vida de atleta, de profissional, para continuar como ídolo e seguir sendo decisivo em todo e qualquer jogo.

TREINADOR DE SELEÇÃO

por Zé Mário Barros

O que é ser Treinador de uma Seleção Nacional? Primeiro de tudo é uma satisfação muito grande para o profissional que foi escolhido para tal tarefa. É sinal de que o Treinador fez bom trabalho num clube e posso falar isso porque fui escolhido por duas vezes para trabalhar em Seleção.

A primeira pela Seleção Nacional da Arábia Saudita e a segunda vez fui convidado para dirigir a Seleção do Qatar.
Entretanto, é um trabalho todo diferente que o Treinador faz no clube. Quando o Treinador é contratado por um clube, normalmente, ele tem um período de, pelo menos, dois meses para trabalhar o Elenco. Ele chega, faz uma pré-temporada, faz amistosos e aí sim começa a competir.

O Treinador de uma Seleção Nacional é bem diferente. Começa com você tendo que escolher os melhores jogadores da temporada. Se não fizer assim, as críticas começam a aparecer. A Mídia e os Agentes iniciam um massacre e não tem como o Treinador escolher os jogadores que se adaptem melhor ao Esquema Tático que ele pensa em utilizar. É necessário trazer os que estão na onda da Mídia e os que têm Agentes fortes.

Dessa forma, como um Treinador pode ser responsabilizado pelos resultados? Se nos clubes já fica difícil responsabilizar só o Treinador pelos resultados negativos, como responsabilizá-los na Seleção?

É interessante lembrar que, hoje, os jogadores convocados têm um percentual de mais de 80% jogando na Europa e treinando com Técnicos Europeus e a característica do Futebol de lá é extremamente diferente do Futebol jogado no Brasil.

Somos Pentacampeões do Mundo. Alguém já pensou como as nossas seleções eram formadas?

Pegávamos uma equipe que servia de base e preenchíamos com outros bons jogadores de outros clubes. Assim, o Botafogo do Rio de Janeiro, o Santos de São Paulo, o Cruzeiro de Belo Horizonte, o Internacional de Porto Alegre, o Palmeiras, o Corinthians e o São Paulo se transformaram em base para as Vitórias da Seleção Brasileira.

Hoje em dia, como chamamos os jogadores para a nossa Seleção? Goleiros: Liverpool, Manchester City, Botafogo RJ

Laterais: Tottenham, Inter de Milão, Olympique de Marselha.

Zagueiros: Juventus, Arsenal, Fluminense RJ. Paris Saint German

Meio-Campistas: Fluminense RJ, Newcastle, Aston Villa, Newcastle, Palmeiras SP, Real Madrid.

Atacantes: Palmeiras, Arsenal, Arsenal, Brighton, Atletico MG, Porto, Barcelona, Real Madrid.

Qual é a equipe que vai servir de base para a Seleção já que o tempo de treinamento é curto?

Vejamos: Liverpool: 1 Goleiro; Newcastle: 2 Meio Campo; Manchester City: 1 Goleiro; Aston Villa: 1 Meio Campo; Real Madrid: 1 Meio Campo e 1 Atacante; Tottenham: 1 Lateral; Brighton: 1 Atacante; Inter de Milão: 1 Lateral; Porto: 1 Atacante; Olympique de Marselha: 1 Lateral; Barcelona: 1 Atacante; Juventus: 1 Zagueiro; Arsenal: 1 Zagueiro e 2 Atacantes; Paris Saint German: 1 Zagueiro.
Agora os seis brasileiros. Botafogo RJ: 1 Goleiro; Fluminense RJ: 1 Zagueiro e 1 Meio Campo; Palmeiras: 1 Meio Campo e 1 Atacante; Atletico MG: 1 Atacante.

Volto a perguntar: “QUEM SERÁ O TIME BASE?”

Se prestarmos atenção, além de não termos uma equipe para servir de base, veremos que temos jogadores de vários países diferentes com características diferentes treinados por Treinadores diferentes.

Não podemos colocar a culpa dos Resultados Negativos e nem dos positivos no Treinador de uma Seleção Nacional.
A convocação é que tem que ser bem-feita escolhendo uma equipe como base e escolher os outros para complementarem essa equipe.

AS FINAIS DO CAMPEONATO BRASILEIRO DE 1980

por Luís Filipe Chateaubriand

Eis que, em 1980, as finais do Campeonato Brasileiro foram disputadas entre Flamengo e Atlético Mineiro.

O Flamengo se classificou às finais ao superar o Coritiba, nas semifinais.

O “Galo” venceu o Internacional nas semifinais, em uma disputa épica, diga-se de passagem.

O primeiro jogo das finais foi no Mineirão, com mando de campo do Atlético Mineiro.

Júnior errou ao sair jogando, Reinaldo lhe “roubou” a bola e tocou para o gol.

Final de jogo: Atlético Mineiro 1 x 0 Flamengo.

O segundo jogo foi no Maracanã, com mando de campo para o Flamengo.

Nunes fez 1 x 0 para o “Urubu”.

Reinaldo empatou em 1 x 1.

Zico fez 2 x 1 para o Flamengo.

No segundo tempo, Reinaldo empatou novamente, em 2 x 2.

Por fim, Nunes fez um gol antológico, decretando o 3 x 2 final, que deu o título ao Mengão.

Foram dois jogaços, especialmente o segundo. E o clube da Gávea conquistou seu primeiro título de campeão nacional!

UMA COISA JOGADA COM MÚSICA – CAPÍTULO 36

por Eduardo Lamas Neiva

Todos se divertem com a música de Gilberto Gil, tocada e cantada pelos Novos Baianos.

Músico: – Embora seja o autor desta música em homenagem ao Bahia, Gilberto Gil diz que é torcedor de outro Tricolor, o do Rio de Janeiro.

Garçom: – Ah, mas ele fez uma grande homenagem ao Flamengo. “Alô torcida do Flamengo, aquele abraço…”

Músico: – Na verdade, Zé Ary, Gil alega que aquele verso é uma ironia com a torcida rubro-negra. Diz ele que era um adeus aos flamenguistas que deixavam o Maracanã após os 3 a 2 pros tricolores na final do Carioca de 69.

Garçom: – Eu não acredito nisso. Será?

Músico: – Mas foi o que o compositor falou…

Ceguinho Torcedor: – Gilberto Gil é um autêntico e ilustríssimo torcedor do Fluminense. Meus caros, o Fluminense nasceu com a vocação para a eternidade. Tudo pode passar, só o Tricolor não passará jamais. O Fluminense é o único time tricolor do mundo! O resto são só times de três cores.

No público, ouvem-se risadas, aplausos e alguns poucos protestos bem-humorados.

Sobrenatural de Almeida: – Que Fla-Flu, que sururu!

Todos agora riem.

João Sem Medo: – Esta discussão fora de campo já rendeu música.

Músico: – Verdade, seu João. O próprio Cyro Monteiro pode nos contar a história.

Cyro se levanta e é aplaudidíssimo.

Cyro Monteiro: – Muito obrigado, minha gente. Bom, a história foi a seguinte, em 1969, quando meu amigo Chico Buarque foi pai pela primeira vez, em Roma, pois estava exilado, mandei de presente pra Silvia, filha recém-nascida dele e da Marieta Severo, uma camisa do meu Flamengo. Eu fazia isso com todos os meus amigos, fossem ou não torcedores rubro-negros. Chico agradeceu, mas respondeu com a letra de um samba que me devia: “Ilustríssimo Senhor Cyro Monteiro ou Receita para virar casaca de neném”.

Garçom: – Vamos ouvir, então? Depois o senhor prossegue contando esta história que é muito boa. Pode ser?

Cyro Monteiro: – Claro.

O povo no bar se diverte com o samba e a letra. Os tricolores aproveitam, então, para tirar um sarro com os flamenguistas. Mas Cyro retoma a pelota.

Cyro Monteiro: – Bom, ele gravou esta música que vocês acabaram de ouvir, em 1970. Mas não me fiz de rogado e a gravei dois anos depois. Querem ouvir?

Todos respondem em uníssono “sim”.

Cyro Monteiro: – Então, vamos lá.

E lá foi Cyro ao palco, com uma caixinha de fósforo na mão e uma bandeira do Flamengo enrolada no corpo, sendo muito aplaudido e apupado mais na troça do que qualquer outra coisa, pelos torcedores rivais, claro.

Quando ao final Cyro diz: “Ô Chico, a  Silvinha vai crescer e entender, tá?” e dá sua risada, todo povo entra em alvoroço, num verdadeiro Fla-Flu.

Cyro Monteiro (ainda rindo muito): – Eu avisei. Qual é o time da Silvia? Flamengo, claro.

E veio mais um sururu no bar, com muita alegria e respeito.

Ceguinho Torcedor: – O Fla-Flu começou 40 minutos antes do nada!

Sobrenatural de Almeida: – E continua sendo disputado no Além da Imaginação! Assombroso! hahaha

Gargalhada geral, muita falação e barulheira, com gritos de “Mengo” e “Nense” e resposta dos torcedores dos outros clubes. Quando o povo se acalma um pouco, após pedidos insistentes de Zé Ary, João Sem Medo bota a bola no chão.  

João Sem Medo: – Vejam só, meus amigos, a conversa era sobre o Bahia e foi parar num Fla-Flu.

Garçom: – Sim, falávamos sobre o Tricolor baiano, campeão brasileiro em 1959 e 1988.

Sobrenatural de Almeida: – Ué, mas os campeonatos só terminaram em 1960 e 89. Coincidência? Isso é assombroso!

João Sem Medo: – Na verdade, é a eterna desorganização dos nossos dirigentes. O Campeonato Brasileiro já começou num ano e terminou no seguinte algumas vezes, sem ser por causa de pandemia, como ocorreu em 2020, ou qualquer problema sério acima do futebol. Fora as muitas confusões, mudanças de regulamento no meio da competição…

Idiota da Objetividade: – O campeonato de 1977, por exemplo, só terminou em 78. O São Paulo foi o campeão, vencendo nos pênaltis o Atlético Mineiro, no Mineirão.

João Sem Medo: – Reinaldo e Serginho, que eram os artilheiros do Atlético e do São Paulo não jogaram. Lembro do Neca dando uma entrada criminosa no Ângelo, do Atlético, e o Chicão pisando no meia atleticano depois. Pior, ninguém foi expulso!

Idiota da Objetividade: – O árbitro era Arnaldo Cezar Coelho.

Todos em uníssono: – Pode isso, Arnaldo?

Idiota da Objetividade: – Pra defender o Arnaldo, na hora que Chicão pisou o calcanhar do Ângelo, ele estava de costas dando cartão amarelo pro Neca.

João Sem Medo: – Tinha de expulsar os dois!

Todos em uníssono: – Pode isso, Arnaldo?

Fim do capítulo 36

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Um gol desse não se perde!