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CRIADOR E CRIATURA

por Eliezer Cunha


Quem será Juiz, Réu ou advogado. Utilizo-me desta colocação para expor minha insatisfação com a atitude de alguns jogadores durante ou depois de uma partida em nosso principal esporte chamado; o futebol. Entre várias ações que presencio, me refiro agora sobre a insatisfação de alguns atletas em serem substituídos no decorrer de um jogo. Deixam isso bem claro, pelos seus semblantes no momento da saída ou em outras evidências como: o não cumprimento dos colegas na saída do campo, não se submeter a uma entrevista ou, pela omissão de não se dirigir ao técnico para um cumprimento final e reconciliador. O técnico de uma equipe qualquer que seja ela é estaticamente o principal responsável pelo resultado final de uma partida e, isso não deve ser desconsiderado por quem também o contribui.

Todos os técnicos de equipes em qualquer esporte possuem como principais objetivos e valores: escalar e motivar a equipe, vencer a partida, resguardar os jogadores e aprender com as vitórias e as derrotas, para isso ele é contratado e cobrado pelas diretorias e torcidas, e para isso devem tomar as atitudes necessárias para a consumação de um resultado positivo. 


São os pontos principais envolvidos para a existência e sucesso de um clube, transformando e perpetuando o legado da instituição na história e contribuindo para a alegria do povo. 

Não me recordo até hoje de presenciar um atacante ser dispensado por ter perdido um gol fácil. Erros acontecem? Sim, e vão acontecer a todo tempo, como acontecem em vários segmentos da sociedade que produz algo. Decisões são necessárias e isso comprovadamente move as instituições.

A ética e o respeito devem sempre ser superiores a tudo e, devemos sim, em qualquer segmento trabalhar de forma competente e deixar que esses princípios e comportamentos direcionem e comandem nossa existência e seus resultados. 

Criadores e criaturas vão sempre existir, hierarquias devem ser respeitadas, de pai pra filho, de chefe para subordinados ou de treinadores para jogadores. Vivemos com esse sistema há séculos. Não temos como alterar. Conversas e debates sobre ações equivocadas devem sempre existir para o bem de qualquer organização, mas tais devem ser realizados de forma preservada, pois, ocorrendo em público, produz um aspecto de desmando ou revelia, o que não é saudável para a sociedade, para a instituição e nem para o país.

GRÊMIO 1977

por Marcelo Mendez


O ano de 1977 foi muito diferente de tudo que estava acostumando a metade futeboleira do sul maravilha.

Em se tratando de futebol, o Brasil, País imenso, continental, passou a olhar para lá por conta de um time que já já vai estar aqui nessa coluna. O Internacional ganhava tudo, tinha um monte de craques e estava tomando conta do Brasil.

Além dos títulos gaúchos conquistados entre 1969/1976, o Colorado também havia acabado de ser bicampeão Brasileiro em 1975 e 1976. Era muita afronta. O seu adversário precisava fazer alguma coisa e então chegou o ano de 1977 para mudar essa conversa toda:

Amigos de Museu da Pelada, a coluna ESQUADRÕES DO FUTEBOL BRASILEIRO vos apresenta o Grêmio de 1977.

A FORMAÇÃO

A história desse time passa muito pelo o maior Presidente da história do Grêmio.

Hélio Dourado foi quem mudou o jeito amador que se tinha no trabalho e na gestão de futebol do Brasil nos anos 70. Foi ele que botou as contas em ordem, que cuidou de administrar a receita do Grêmio para dar ao tricolor Gaúcho, a alcunha de bom pagador.

Dessa forma, ele montou um time forte, aproveitando de jogadores que por la já estavam, como Ancheta, Tarcisio, Iúra, juntando esses com outros nomes que foram contratados e que se tornariam lendários na história do clube, casos de Tadeu Ricci, André Catimba, Eurico ex Palmeiras, Éder e o goleiro da seleção uruguaia, o voador Corbo.

Para cuidar disso tudo, faltava um chefe, um sujeito que tivesse o perfil que aquele momento precisava. Entra em ação novamente o Presidente Dourado que contrata Nelson Omedo para cuidar desses assuntos e a dupla traz Telê Santana, após desastrosa passagem pelo São Paulo em 1975. Pronto, a base estava formada. Faltava fazer história…

NA MINHA ÁREA, NÃO!

Para falar das grandes finais contra o Internacional, temos que falar do Xerifão do Olímpico; Oberdan.

Oberdan veio do Santos, do super Santos de Caneco, Negreiros, Toninho Guerreiro, Pelé e Edu. Jogava lá com nada mais, nada menos que Ramos Delgado. Trouxe da Vila Belmiro para o Olímpico, o espírito multicampeão que o seguia e na primeira partida da final já acabou com as conversinhas que por lá haviam…

Ao longo daquela década, ficou na lembrança do povo, os Grenais em que o Grêmio, lutava, se matava, jogava como nunca e como sempre, perdia, muitas das vezes com Escurinho, entrando no segundo tempo, correndo pra área e metendo gol no Grêmio pra fazer a festa em seguida. Pois bem…

Na primeira bola que disputou com Oberdan na partida de ida no Olímpico, o zagueirão deu-lhe uma chegada que esparramou Escurinho pra tudo que foi lado:

– Vai rebolar na casa do caralho, aqui na área você não faz gol não!

E não fez.

O Grêmio, com gol de Tadeu Ricci de falta levou a vantagem para o Olímpico. Faltava pouco…

O CORAÇÃO E O PULMÃO TRICOLOR

São dois nomes que não se pode esquecer quando falar do titulo do Grêmio de 1977; Iúra e André Catimba.


Iúra é o coração tricolor. Prata da casa, jogador apaixonado pelo Grêmio, sem dúvida, era o que mais sofria com aquela situação. Não dava mais pra aguentar aquela coisa do rival toda vez campeão e no jogo da volta, tratou logo de resolver isso. Numa rasgada do meio campo, a bola sobra para Ricci, que passa a Iúra. O camisa 10 do Grêmio mete na frente e acha André Catimba que mete a pelota pro fundo da rede.

Acabou!

A Dinastia colorada dá lugar para a catarse tricolor. O Salto mortal errado, o tombo de peito de Catimba, na hora ninguém nem ligou. O Grêmio voltava ser campeão no melhor estilo.

Corbo, Eurico, Cassiá, Oberdan e Ladinho/ Vitor Hugo, Iúra e Tadeu Ricci/ Tarciso, André Catimba e Eder.

Esses 11 caras entram aqui nessa coluna por tornar uma conquista lendária, por fazer história em um clube Gigante como o tricolor dos pampas. Então hoje a homenagem vai para eles:

O Grêmio de Futebol Porto alegrense de 1977

Adhemar

O ARTILHEIRO QUE CALOU OS GRANDES

entrevista e texto: Paulo Escobar

Na cidade de Tatuí, Adhemar começou seus passos na várzea e era lá que ele corria atrás da bola, foi lá que de uma bola medicinal encontrada chutava com um amigo e foi com aquele peso que adquiriu a potência que viria a ter no seu pé direito.

Até chegar ao São Caetano foram duros os passos e a estrada longa, jogando a terceira, a segunda até serem campeões e num fato inédito levar um time de uma cidade pequena do ABC Paulista a primeira divisão do Brasileiro. Não é fácil ser time dito pequeno no Brasil, pois tudo joga contra tanto dentro como fora de campo, é desigual em todos os sentidos.

Nem todos são reconhecidos no futebol e muitas vezes a grandeza e visibilidade dependem do time onde se joga, nem todos querem jogar nos ditos pequenos e muitos somente olham pra cima. O time dito pequeno, e digo sempre dito pequeno pois pra sua torcida é grande e com razão, muitas vezes é visto somente como aquele de passagem e se a identificação já é rara nos ditos grandes imagina nos ditos pequenos.

Aquele São Caetano que empolgou pelo seu futebol bem jogado e por aqueles que até então eram desconhecidos, mas que se dispuseram a jogar de igual a igual com todos, chegou a jogar um futebol ofensivo com três atacantes. Naquele ataque em que Adhemar fez cada golaço e que fez chorar mais de algum torcedor dos times ditos grandes, era um baixinho que incomodava e que acreditava em praticamente todas as jogadas.

A tal Copa João Havelange foi o reflexo do que é um time dito pequeno lutando contra tudo e todos, se fez de tudo para evitar o título do São Caetano. E matando um leão por jogo é que o Azulão chegou a final, inclusive numa semifinal num Maracanã com 90 mil torcedores do Fluminense na qual Adhemar faz aquela pintura de falta calando a torcida e eliminando o tricolor carioca. Como o próprio Adhemar diz:

– Três pessoas calaram o Maracanã, Ghiggia, o Papa e Adhemar!

Naquela final contra o Vasco que tinha um belo time, e que também do lado de fora tinha o Eurico, que fez de tudo em São Januário, desde pintar o vestiário do visitante um dia antes, o cheiro forte de tinta, mandou trancar a porta do vestiário e colocar mais torcedor do que o estádio comportava e assim contribuiu na tragédia que feriu muitos naquele dia. O jogo que só voltaria a ser jogado em 2001 com um time modificado do São Caetano pois muitos tinham sido vendidos, com este time remendado perderam a partida, que talvez fosse diferente se jogado no dia da tragédia no Maracanã e não em São Januário.

Naquele ano Adhemar foi artilheiro com 22 gols de um Brasileiro que tinha Romário, Tulio, Washington, Magno Alves e tantos outros. Jogou com o coração e cada jogo como se fosse o último, conseguiram unir corintianos, são paulinos, palmeirenses e santistas nos mesmos estádios.

Adhemar era o artilheiro inesperado, era aquele que os prognósticos não contavam e que nos começos de campeonato não estava sendo comentado nos jornais esportivos. Poderia ter chegado na seleção, não deixou a desejar a nenhum outro, mas os bastidores do futebol talvez impediram isso, pois tinha mais gols e era mais eficiente na época que Luizão que tinha sido convocado por Felipão.

Adhemar com seus gols contra os grandes, acredito que teve que matar um leão por jogo, que com força no pé e na alma teve que balançar e calar estádios e previsões que muitas vezes os colocavam como Zebra. Invadiu a festa dos grandes artilheiros nos tempos em que os atacantes não tinham medo de gols, e foi assim que contra tudo e contra todos colocou seu nome entre os artilheiros do brasileiro.

Daqui a 50 anos ao abrir qualquer documento ou sites pra consultar os artilheiros dos campeonatos você vai ver Adhemar, que vestiu a camisa de um dito pequeno, que calou multidões e honrou a camisa do Azulão. Lembra de quantos artilheiros de campeonatos de times ditos pequenos tem na história? Então Adhemar é um deles, e lá o seu nome foi escrito e marcado.
 

 

O VENDEDOR DE LIMÕES QUE AJUDOU NA CONSTRUÇÃO DO “FENÔMENO”

por Marcos Vinicius Cabral


O pôr do sol era mágico e revitalizante para os frequentadores da Feira da Cacuia, forte comércio popular na Ilha do Governador, Zona Norte do Rio de Janeiro.

Entre milhares de barracas, a de seu João Pé (apelido de José Ferreira Nunes 1949-1994) e do ajudante Boca chamava a atenção dos frequentadores: o perspicaz Clayton Divina Nunes, aos 9 anos de idade vendia limões com grande desenvoltura.

– Eu ficava feliz aos domingos em levantar às 4h da manhã da cama para às 5h sair com meu pai de São Gonçalo, chegar às 7h na feira para vender limões e ajudar minha mãe nas despesas de casa – diz aos 42 anos o auxiliar administrativo do HEAT (Hospital Estadual Alberto Torres), no Colubandê.

E completa:

– Meu pai foi tudo na minha vida. Até hoje, eu e meus irmãos, sentimos sua falta – conta visivelmente emocionado ao Museu da Pelada.

Se em casa era responsável, na rua era um irresponsável moleque bom de bola e que encantava a todos com a habilidade, rapidez e quantidade de gols marcados nos tradicionais golzinhos de praia, disputados no chão áspero e cheios de pedras na Rua Silvio Vale no Gradim.

O sangue estancado com a dor nos dedos do pés machucados pelas topadas que dava nas peladas de rua não lhe impediria de ir em 1987 com o ponta-direita Marcelo e o ponta-esquerda Wallace Sol tentar a sorte no Batalhão da Polícia Militar em Neves, onde funcionava a escolinha do Vasco da Gama, comandada por seu Tião.


– Treinamos juntos e depois seguimos destinos diferentes. Ele se profissionalizou, atuou em grandes clubes e eu segui a carreira militar – conta Wallace Marins da Silva de 43 anos.

Dois anos depois, em 1989, levado pelo irmão mais velho Anderson, que era lateral-esquerdo juvenil do São Cristóvão de Futebol e Regatas chegaria para ser testado no mirim do clube.

Treinou bem e com a camisa 8 às costas, virou Catê (não por mera coincidência mas por ser muito parecido fisicamente e futebolisticamente com o ex- atacante são paulino falecido em 2011) e passou num teste com mais de 80 meninos jogando de meia-direita.

– Era um garoto de 12 anos que driblava as dificuldades se deslocando de São Gonçalo para São Cristóvão quase que diariamente, sendo sempre um dos primeiros a chegar ao clube e mesmo após o término das atividades, permanecia, pois “fominha”, era necessário ser retirado ou expulso – elogia Flávio Vieira Moraes de 51 anos, seu primeiro treinador.

No São Cri Cri, ficou de 89 a 93, sendo bicampeão da Copa Mané Garrincha (1991/1992), eleito o craque da competição jogando ao lado de um certo Ronaldo, artilheiro da competição, com quem formou dupla até 1993.


– O nosso time era muito bom e dei muitos passes para “Mônica” fazer gols – conta às gargalhadas ao explicar que por ser dentuço o Ronaldo era chamado pelo famoso personagem do cartunista Maurício de Souza.

E confidencia:

– Conversávamos muito sobre um dia a gente se enfrentar no Maracanã. Eu pelo Fluminense e ele pelo Flamengo – lembra.

Casados pela bola no irregular gramado de Figueira de Melo em 1989, formando assim um par perfeito até o divórcio em 1993, quando entraram em litígio com o clube.

Enquanto “Mônica” passaria a se chamar Ronaldo no Cruzeiro e viraria “Fenômeno” anos mais tarde, Catê seria Clayton “Grilo” no Grêmio até a aposentadoria em 2005, em decorrência de problemas no joelho.

– Devo muito ao Eduardo, por ter me levado para o Grêmio. Queria pode dizer um muito obrigado e que foi o maior lateral-esquerdo que vi jogar – diz do ídolo tricolor que hoje trabalha nas categorias de base do Friburguense.

Nômade no futebol profissional e amador, ganhou títulos expressivos no Avante, Ponte Preta e no Estrela Azul, sempre se destacando e sendo respeitado na cidade de 128 anos de existência.


Escreveu seu nome na história gonçalense como um dos Gigantes com G maiúsculo no futebol de várzea e carrega até hoje a alcunha de ter sido o primeiro parceiro do “Fenômeno”.

Nada mal, convenhamos, mas ser “Fenômeno” é manter o COT (Centro de Oportunidade ao Talento), projeto social fundado em 2006 e que sobrevive às custas da venda de camisas e doações.

– O intuito sempre foi tirar as crianças das ruas e mostrar o caminho a ser seguido. E o COT é esse caminho – diz esperançoso.

Atualmente, o COT conta com 150 crianças e adolescentes que saídos das ruas buscam nos treinos aos sábados das 7h às 11h no Campo do Cruzeiro, situado na Avenida Porto da Pedra s/n° – Porto Novo, São Gonçalo, uma oportunidade para mudar de vida.

Mais informações pelo Whatsapp: (021) 97034-2076 e na página no Facebook.

DESMISTIFICANDO TELÊ SANTANA

por Luis Filipe Chateaubriand


Não cabe aqui questionar a excelência do trabalho de Telê Santana como grande treinador que foi. Isso é líquido, cristalino e inquestionável. Sempre foi um técnico que buscou imprimir em seus times a marca do futebol bem jogado, técnico, artístico.

Alguns imaginam que isso começou quando assumiu o cargo de técnico da Seleção Brasileira, em 1980. Falso. Seu trabalho anterior no Palmeiras, por exemplo, mostra que armou um time que “jogava por música”, mesmo com jogadores de técnica não lá muito desenvolvida. Seu Palmeiras de 1979, especialmente no Campeonato Paulista, foi um time de futebol bastante apreciável, embora tenha sido eliminado nas semifinais pelo rival Corinthians, que seria o campeão.

Contudo, alguns resolveram alçar Telê à condição de mito. Aí, parece ser um pouco demais.

Vejamos alguns vícios do treinador Telê Santana em relação à Seleção Brasileira que disputou a Copa do Mundo de 1982, decantada em prosa e verso como a melhor do pós 1970:

  • Telê, desde que assumiu a Seleção até a Copa, nunca convocou Emerson Leão, o melhor goleiro do país. Preferia jogar, na zaga, com o técnico, porém lento, Luisinho, ao invés do dinâmico Edinho. Tendo Roberto Dinamite à disposição, preferia escalar Serginho Chulapa. Não via que Dirceu era um ponta com função tática muito mais útil que Éder. Não percebia que Batista poderia dar mais solidez ao sistema defensivo. Teimosia pura.

  • Telê se negou a enxergar que o Flamengo de 1981 era um time incrível – seja tecnicamente, seja taticamente, seja em termos de conjunto – e, assim, perdeu a oportunidade de fazer essa espetacular equipe seu time base para 1982. Não o fez porque isso seria “encher a bola” de Cláudio Coutinho, que armou aquele brilhante escrete. Vaidade pura.

  • Telê não convocou o craque, o gênio, o espetacular Reinaldo para a Copa porque este mantinha relacionamentos de amizade com homossexuais e tinha visão política distinta da dele. Preconceito puro.

  • Telê, diante da negativa de Tita em continuar na Seleção jogando de ponta direita, o excluiu definitivamente das convocações, ao invés de, através da conversa, tentar convencê-lo a atuar daquele lado do campo, brilhante que era. O lado direito do time ficou torto. Inflexibilidade pura.

  • Telê, não dispondo de Tita, treinou meses Paulo Isidoro na ponta direita… para depois praticamente não utilizá-lo em toda a Copa. Incoerência pura.


Em função destes fatos, se está dizendo que Telê era mau técnico? De forma alguma. Mas havia falhas notáveis em seu trabalho, como, por exemplo, levar pouco em consideração concepções táticas ao armar seus times. Alguns dizem que o “barato” dele era botar os melhores em campo e que eles treinassem coletivos e se entendessem. Não era bem assim, mas que a concepção tática ficava em segundo plano, parece ser real.

Transformar um profissional com méritos, mas também com deficiências, em mito, parece não ser apropriado. É hora de desmitificar.

Luis Filipe Chateaubriand acompanha o futebol há 40 anos e é autor da obra “O Calendário dos 256 Principais Clubes do Futebol Brasileiro”. Email: luisfilipechateaubriand@gmail.com.