SANTO ANDRÉ 2004
por Marcelo Mendez
“Porque vocês não sabem
Do lixo ocidental?
Não precisam mais temer
Não precisam da solidão
Todo dia é dia de viver…”
Na música em questão, Milton Nascimento mandou um recado para Lennon e McCartney, a dupla dos Beatles que era tão presente no mundo, mas tão distante das Minas Gerais dele ali em 1969. Os Moços de Liverpool não sabiam nada do lado de cá do mundo, do nosso Lixo ocidental.
Guardemos as tais das devidas proporções mas transpondo isso para as questões ludopédicas, pra falar da bola que se joga, eu afirmo aqui que vocês, meus amigos do Museu da Pelada e do Brasil todo, não faziam a menor ideia de nós aqui, os barnabés de Santo André. Nós, que fomos forjados nas chaminés das indústrias que forravam o centro da Cidade, que crescemos na beira do Rio Tamanduateí. E nem saberiam, se não fosse 2004.
Hoje, ceis vão me dar licença aí, rapaziada; A coluna ESQUADRÕES DO FUTEBOL BRASILEIRO vai falar de um timaço que fez vocês todos saberem aqui do nosso lixo ocidental.
Com vocês, o Santo André 2004.
A TRAJETÓRIA
Não foi fácil o pique da remada nossa.
Primeiro porque tínhamos um time e esse foi desfeito no meio da Copa do Brasil. O Ramalhão havia começado bem a competição, passou bem pelo time do Novo Horizonte de Goiás e quando começamos a querer nos animar por aqui, um convite do Sport fez sair o técnico Luiz Carlos Ferreira e com ele uma porrada de jogadores.
O Santo André teve que se reformular, precisou contar com nomes de trabalhadores, operários da bola como Elvis, Romerito, Sandro Gaúcho, jovens peitudos como o zagueiro Alex, o meia Tassio, oriundos da base campeã da Taça São Paulo em 2003, para assim, fechar com o técnico Péricles Chamusca e recomeçar uma campanha que foi nada menos do que épica.
No caminho do Santo André, foram ficando times como Guarani, Atlético Mineiro, que tomou um passeio no Bruno Daniel, um 3×0 mais um baile de bola, uma batalha Homérica com o Palmeiras, com um empate de 3×3 no Brunão e no Palestra Itália 4×4 após estar perdendo por 4×2. O time criou uma casca necessária para ir para uma semifinal insólita, daquela que vocês decerto jamais imaginariam para uma competição nacional.
O Santo André enfrentaria o XV De Campo Bom.
A PRIMEIRA ILÍADA
Assim como o Bruno Daniel foi vetado para a semifinal, o estádio de Campo Bom também não poderia ser usado. Na semi, o primeiro jogo foi no Pacaembu, o segundo seria no Olímpico. Aqui cabe uma observação; Na história do Esporte Clube Santo André, num tem essa conversa ae “Jogar Fora é complicado”. O Santo André conseguiu todos os seus feitos, os mais marcantes de sua história, longe do Estádio Bruno Daniel. O Acesso em 1981 no Palestra Itália, a arrancada de 1975 em Limeira, as batalhas contra o São José em 1978…
A História seguia seu curso na Copa do Brasil.
O Ramalhão perdia a semifinal por 4×1 para o bom time treinado por Mano Menezes. Na raça, foi buscar o empate de 4×4 e foi novamente para o segundo jogo tendo que vencer fora de casa. O jogo da volta ficou para o Estádio Olímpico, frio, gélido, vazio. O ambiente para a partida era tranquilo e dessa forma, o Santo André foi para campo e conseguiu mais uma virada histórica; 4×3 no placar e a vaga para a final.
Vaga para entrar para a história e o Ramalhão não perdeu a chance…
A SEGUNDA ILÍADA
Em instante algum o Santo André esqueceu a grandeza do Flamengo, adversário da grande final. Mas não precisa nem dizer o que as Gentes de lá tavam pouco se lixando para nosso time daqui do Abc.
A imprensa futeboleira tratava a coisa como algo protocolar; O Flamengo viria aqui em São Paulo, conseguiria uma boa vantagem para a segunda partida no Rio de Janeiro, jogaria por lá à vontade e em seguida, faria a festa, aliás, festa essa que já estava contratada. Ivete Sangalo estava no Copacabana Palace, só nos aguardo para que após a segunda partida, fosse lá fazer a festa rubro-negra. Mas esqueceram de combinar tudo isso com o Santo André…
No primeiro jogo no Parque Antártica, até o Galvão Bueno já dava como certo o festerê no Maracanã. Ninguém imaginava que algo poderia dar errado e quando Ibson abriu o placar no primeiro tempo, o amigo da Rede Globo só faltou ir lá se rebolar ao som de “Poeira”, hit de Ivete na época. Mas esqueceram de um detalhe fundamental:
O Santo André não tem medo de jogar em lugar nenhum.
Virou aquele jogo com gols de Osmar e Romerito e o Flamengo achou um gol de empate no final do segundo tempo. O Rubro Negro tinha tudo para entender o recado dado e saber que não ia jogar contra um coadjuvante de festa. Mas dae…
A HORA DA GLÓRIA
Uma bola sobrevoou a área em uma noite no Maracanã lotado.
Poderia encontrar qualquer lugar, mas resolveu ir atrás da cabeça de Sandro Gaucho. Era o 1×0 que causaria o primeiro grande silêncio do Maracanã. Pouco depois, foi vez de Elvis meter o segundo prego no caixão Rubro-Negro e dae já era 2×0, o Ramalhão campeão, festa aqui no Abc e no Maracanã.
A torcida do Santo André, acostumada com os festejos na casa alheia, num se fez de rogada em comemorar o título mais importante de sua história no Maracanã e ainda por cima, entoar o canto de “Poeira”, o hit da moça, que tava contratada lá pra fazer a festa, lembram?
Teve não.
Naquela noite, o Maraca foi azul e branco, na história, o campeão da Copa do Brasil de 2004 foi o Santo André.
Júlio Cesar, Dedimar, Alex, Gabriel, Nelsinho, Dirceu, Ramalho, Elvis, Romerito, Osmar, Sandro Gaucho, treinados por Péricles Chamusca, são os responsáveis por tudo isso.
Santo André 2004, o Esquadrão de Hoje, aqui no Museu da Pelada
CASCA-GROSSA DA COPA DE 78, RODRIGUES NETO NOS DEIXOU
por André Felipe de Lima
Ele curtia os atores Gary Cooper, John Wayne (e porque ninguém é de ferro) a estonteante Sônia Braga. Diziam que gostava de churrasco com farofa e de um carteado com amigos, mas apenas para passar o tempo, sem grana na jogada. Esse perfil está na antiga coleção Futebol Cards, com a qual a garotada, hoje na casa dos cinquentinha, se divertia entre 1979 e 1980. Réu confesso, fui um daqueles “fominhas” pelos disputadíssimos cartões com chiclete. Mas o camarada do cartão a que me refiro chama-se José Rodrigues Neto, um mineiro que nos deixou neste dia 29 um pouco órfãos.
Foi um lateral-esquerdo valente, excelente marcador. O estilo seduziu Claudio Coutinho, que, além de técnico da seleção brasileira, também treinava o Flamengo, onde o titular da posição era o incomparável Junior. Coutinho ignorou Junior e levou Rodrigues Neto para a Copa do Mundo de 1978, na Argentina.
Começou na reserva, mas com o ímpeto nos treinos convenceu Coutinho de que seria importante para a defesa, onde também se destacava Amaral. Aliás, como esquecer aquela rebatida na bola, em cima da linha do gol, no jogo contra os espanhóis? Amaral era sensacional. Mas o papo (e prossigamos) é com o Rodrigues Neto, que também foi um leão na grande campanha do Brasil naquela Copa do Mundo fajuta, arranjadinha pela ditadura argentina para que eles, os hermanos, fossem os campeões.
Ficamos com um honroso terceiro lugar, e Rodrigues Neto lavou a alma com os apupos que justamente recebera. Afinal, ele teria ido para a Copa do Mundo de 1974, na Alemanha, não fosse uma até hoje mal explicada história em que o jogador abandonou o escrete durante uma excursão à Europa, no ano anterior. Ao dar de ombros para a delegação, que se encontrava em Berlim, o lateral selara seu destino longe da seleção brasileira. Pelo menos enquanto Zagallo fosse o técnico. Pelo menos até o fiasco do Brasil na Copa de 74.
Inventaram de tudo como motivo para Rodrigues Neto ter abandonado a seleção em 73. Citaram, inclusive, a trágica morte da primeira esposa dele, ocorrida em 1970, durante um parto prematuro. Rodrigues não estaria bem psicologicamente e por isso andava fazendo bobagens; também maldosamente comentaram que estaria enrabichado com amantes e que até teria se recusado a fazer um tratamento psiquiátrico sob recomendação do Flamengo após a morte da esposa. Porém o próprio jogador desfez o emaranhado de especulações e disse que decidiu deixar a seleção porque estava machucado e de nada adiantaria brigar pela posição com Marinho “Bruxa” Chagas e Marco Antônio, o reserva do Everaldo na Copa de 70.
A vida seguiu. O lateral impressionou os argentinos na Copa seguinte e ficou por lá mesmo, em Buenos Aires. Poucos meses após a vexatória competição organizada pela Fifa, o Ferro Carril Oeste, que na época peitava os grandões Boca Juniors, River Plate, Independiente, San Lorenzo e Racing, contratou o brasileiro. Rodrigues Neto estava com 29 anos: “Aqui, na Argentina, o jogador é mais respeitado como ser humano. No Brasil, você é considerado acabado quando passa dos 27 anos. Mesmo assim, não entendo como lá, no Brasil, possam se surpreender com meu sucesso no Ferro Carril Oeste. Ora, em julho de 1978 eu era titular da seleção brasileira!”
Veja só o que César Luiz Menotti, técnico da seleção da Argentina campeã da Copa de 78, dizia do Rodrigues Neto: “Lástima que El Negro Neto no sea argentino”. Pois bem, ele era respeitadíssimo e sempre garantiu jamais ter sofrido alguma cena de racismo na temporada que passou em Buenos Aires. Já “coroa”, com 35 anos, defendeu o Boca Juniors, mas a passagem pela Bombonera durou muito pouco. Nem um ano inteiro.
Rodrigues Neto jogou pelo Flamengo. Chegou à Gávea após ser “descoberto” pelo olheiro e massagista Mineiro, em 1965. Com o Rubro-negro, foi campeão carioca de 72 e 74. No troca-troca da dupla Fla-Flu, ele acabou indo para as Laranjeiras no ano seguinte. No Fluminense, foi o lateral canhoto titular da Máquina montada por Francisco Horta, e foi campeão carioca de 1976. Do Tricolor foi para o Botafogo, em fevereiro de 1977, ocupar a lacuna deixada pelo Marinho Chagas. Não ganhou nada lá. Era um tempo difícil demais para o Alvinegro, que mesmo assim montou um timaço, que incluía Paulo Cezar Lima e outros cobras sensacionais. Mas Rodrigues Neto queria ser novamente campeão, e foi com Inter, em Porto Alegre, ser feliz novamente, erguendo taças.
O futebol é generoso para quem o leva a sério e é, sobretudo, competente com a bola nos pés. Rodrigues Neto foi tudo isso e um pouco mais.
Do sucesso nos gramados a um susto tremendo muitos anos depois. Em 2015, Rodrigues Neto descobrira, pela imprensa, que havia… morrido. Vários jornais, sobretudo da Bahia, e sites esportivos conceituados publicaram a notícia, com obituário, lástimas e tudo o mais. Mas o Rodrigues que verdadeiramente morrera foi um ex-ponta-esquerda que defendeu o Flamengo, a Portuguesa de Desportos e o Cruzeiro.
O Rodrigues Neto mais famoso, que sofria de diabetes, acabou nos deixando nesta segunda-feira. Resta-nos agradecer pela página que escreveu no livro de amor que todos nutrimos pelo futebol.
SONHO DELE, PESADELO NOSSO
por Marcos Vinicius Cabral
Certa vez, quando dirigia o Atlético-GO, René Simões se envolveu no episódio que resultou na conturbada demissão de Dorival Jr. do comando santista, após se desentender com o jogador.
Naquela ocasião, Neymar acabou preterido para a cobrança de um pênalti, já que vinha perdendo alguns em jogos anteriores, e em virtude disso brigou ainda em campo com seu conandante Dorival e o capitão do time, Edu Dracena.
– Trabalho há décadas no futebol e nunca tinha visto algo parecido. Está na hora de alguém educar esse rapaz, senão vamos criar um monstro em nome dessa arte de jogar. Estamos criando um monstro – desabafou René.
E completou:
– Ele se acha o senhor todo-poderoso dentro de campo e ninguém está fazendo nada, absolutamente nada. O que esse rapaz falou para o capitão deles e para o banco de reservas foi de uma falta de educação que poucas vezes eu vi.
O ano era 2010.
A imprensa esportiva (entenda-se bajuladores), enaltecia os gols, as jogadas e os dribles do jovem talento do Santos que vestia a camisa 11 que um dia foi do não menos habilidoso Edu, companheiro do Rei e poria panos quentes nas travessuras do moleque.
O jogador criticado por René Simões naquela ocasião há dez anos, agora na derrota para o Rennes nos pênaltis criticou os companheiros mais jovens do PSG e agrediu de forma covarde um torcedor que, no calor da emoção (torcedores, não é isso que somos?), pediu ao intocável camisa 10 da equipe francesa para aprender a jogar bola.
Agressão gratuita.
E o nosso melhor jogador depois de Pelé – como disse Sérgio Xavier Filho no Seleção SporTV – disse que quer um dia jogar no Flamengo.
Flamengo este que tem um ídolo chamado Zico, que me recebeu pessoalmente há três anos em seu Centro de Treinamento no Rio de Janeiro sem nenhum assessor para intermediar e receber o quadro que pintei dele e ano passado quando cedeu um depoimento para abrir meu TCC da faculdade.
Flamengo este que tem um certo Leovegildo, que sempre me recebeu bem nas vezes em que juntos estivemos e que no ano passado – um pouco antes da realização da Copa do Mundo da Rússia – me atendeu prontamente em sua casa com mais onze pessoas para realização de uma entrevista para fechar o meu TCC.
Flamengo este que tem um tal Leandro, que deita na rede em sua pousada com minha filha Gabrielle e almoça comigo e minha mulher em sua casa com seus familiares.
Estes são os ídolos que a torcida exigente do Flamengo aprendeu a valorizar, amar e respeitar.
Neymar da Silva Santos Júnior, um conselho: melhor sonhar em jogar em outro clube pois aqui a nação não está acostumada com ídolos pés de barro.
O seu sonho de vestir o Manto Sagrado – que é o desejo de todo jogador de futebol – vai ser para nós torcedores, um pesadelo.
Alex
O CRAQUE RENASCENTISTA
entrevista: Marcelo Mendez e Paulo Escobar | texto: Marcelo Mendez
Há uma fenda no tempo:
O verso se faz em um hiato em mim, no exato minuto em que a bola corre pela grama rumo ao pé de Alex.
O tempo e as respirações param em um intervalo dionisíaco onde a única premissa possível é a contemplação.
Esse é o tempo de Alex.
Um tempo de sonho, de onde vem o verso, é o que precede o poema, a blue note do improviso jazzístico e a parábola mágica desenhada por uma anca santa que remexe ao som de uma gafieira imortal.
É Alex com a bola grudada no pé esquerdo, com as costas ornamentadas por um número 10.
Eu e Paulo Escobar, tivemos a oportunidade de bater um papo com ele e a unica coisa que posso dizer a vocês é…
Assistam.
UM PAULO “RUBI” ETERNIZADO PELO BRILHO QUE O TEMPO NÃO VAI APAGAR
por Marcos Vinicius Cabral
Os olhos de Marcos Vinicius exaltavam cada gesto de Flávio, camisa 10 e craque do Pouca Rola Futebol Clube.
Desde a colocação das ataduras até o aquecimento, o garoto não parava um minuto sequer de admirar o Apolo – que por ter os atributos da jovialidade, rosto liso e corpo atlético, é considerado o “Deus da Beleza” na mitologia grega – enquanto atuava.
O garoto, então com 17 anos naquele 1990, tinha como hobby assistir os triunfos de Ayrton Senna na Fórmula 1, aos filmes de Arnold “O Exterminador do Futuro” Schwarzenegger e Sylvester “Rambo” Stallone, além é claro, jogar bola.
Demonstrando aptidão pelo esporte que, segundo historiadores, foi criado no século 3 a.C na China e aperfeiçoado por ingleses séculos mais tarde, o jovem sagraria-se Campeão do 1° Campeonato de Novos, defendendo as cores do Viradouro naquele ano.
Ninguém o chamava de Marcos Vinicius, era Marquinhos para os mais íntimos e Lito para os que jogavam com ele.
Um ano depois, exatamente no dia 14 de setembro de 1991, foi morar no Boa Vista em São Gonçalo, município considerado celeiro de artistas da bola.
Na rua onde fixou residência, se entrosou muito rápido com os boleiros, foi conhecendo aos poucos um a um através de suas histórias e sepultou de vez Lito, renascendo de vez para o futebol simplesmente como Marcos.
Ouviu sobre Renivaldo e seus milagres através da plasticidade de seu corpo franzino, porém, que se agigantava quando vestia as luvas.
Escutou também sobre a versatilidade de Naldo na lateral-direita; da colocação apurada de Jorge Mingau e Birinha à frente da grande área; da raça incontida de Cemir, Adilson e Concreto; dos habilidosos Marco Pesão, Tiano, Zezé, Polaco e Gato; e do goleador Antônio Carlos.
Mas nenhum deles chegou perto de Paulo Rubens de Almeida (1958-1995), o maior nome dos campos goncalenses.
Conhecido por “Paulo Rubi” (por ser uma pedra preciosa raríssima difícil de ser encontrada), esse homem poderia ser chamado também de “Diamante Negro” como o inventor da bicicleta Leônidas da Silva (1913-2004), tamanha categoria demonstrada nos campos.
Mas se escutar é diferente de ver, Marcos sentiu na pele a primeira vez que viu “Paulo Rubi” em ação no extinto Campo do Aterro, no Boa Vista.
– Era meu primeiro jogo com eles. Osiel me alertou durante a semana inteira para não ir de primeira nele! – diz Marcos Vinicius de 45 anos, sobre a lambretinha que tomou de Paulo Rubens na primeira bola que foi em cima do craque.
Se a “lambreta” ou “carretilha” tem como inventor o ex-jogador Kaneco (1947-2017) do Santos que aplicou o drible pela primeira vez na Vila Belmiro no Campeonato Paulista, em 09 de março de 1968, ocasião em que o Santos goleou o Botafogo de Ribeirão Preto por 5 a 1, Paulo “Rubi”, certamente foi o patenteador dessa magistral jogada.
Belas manhãs e tardes, em que o jogador era ovacionado quando aplicava a “lambreta” em algum adversário.
Muitos iam para o campo apenas para vê-lo jogar.
– Paulo Rubem foi um dos maiores jogadores de várzeas que vi jogar. Me ensinou muita coisa, além é claro, de ter sido um dos maiores seres humanos com claro, de ter sido um dos maiores seres humanos com o qual tive a felicidade de conviver! – elogia o amigo Marcos Aurélio Martinelli de 58 anos.
Lamentavelmente, essa magia dentro de campo e essa grandeza fora dele, foram interrompidas em novembro de 1995 na rodovia Niterói-Manilha (BR-101) na altura do bairro Boa Vista (Km 314).
Partiu muito cedo, aos 37 anos de idade, mas mesmo assim permanece nos corações dos apreciadores do futebol arte onde artistas como ele são cada vez mais raro de se encontrar.