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PELADA, RESENHA E CERVEJA

por Elso Venâncio

Um dos mais antigos grupos de pelada do Rio é o GPSO (Grupo de Pelada Seis de Outubro). Esse time tem como lema três tópicos: esporte, lazer e amizade. Seu nome remete ao dia da fundação. Já são 50 anos, meio século de história.

A bola rola todo sábado à tarde, no Club ASBAC, na Cidade Nova. Como em todas as peladas, após o término das partidas vem a resenha, regada a churrasco e cerveja gelada.

Alguém fala sobre os amistosos da seleção na Europa, contra Inglaterra e Espanha. Alguns preferem não comentar. Outros perderam o interesse por acompanhar os jogos do Brasil. De repente, surge o nome Neymar. Claudinho, um peladeiro careca e barrigudo, opina:

“Melhoramos sem ele!”

Bigode, um exímio contador de histórias, rebate:

“Não fala mal do nosso único fora de série!”

A maioria dos peladeiros tem apelido. Paulino Rodrigues, o ‘Borboleta’, acabou de apitar e, mal-humorado, não só reclama como recusa o cachê:

“Eu não preciso dessa merreca.”

Paulino Rodrigues, Jorge Emiliano ‘Margarida’ e Walter Senra ‘Bianca’, foram os primeiros árbitros que se assumiram como homossexuais no futebol brasileiro. Com profissionalismo, o trio superou preconceitos e ganhou respeito, passando a ser atração nos jogos. Desmunhecavam, rebolavam e corriam feito gazelas em campo. Vale dizer que nas peladas é normal o juíz, quase sempre veterano e ex-FFerj (Federação de futebol do Estado do RJ), receber cachê, assim como os goleiros.

Surge o papo sobre os batedores de falta: Zico, Marcelinho Carioca, Nelinho, Pelé, Rivellino…

Marcelinho ainda estava no juvenil e ficava observando Zico treinar. Ainda apanhava as bolas atrás do gol. Zico era preciso nas faltas próximas à área. Marcelinho batia de várias formas e de qualquer distância. De peito de pé, três dedos, forte ou colocado. Zico ou Marcelinho? O rubro-negro Juninho, um dos líderes do grupo, reage:

“Tira o Zico da discussão.”

“Saudades do Marinho Bruxa…” – pensa alto o advogado botafoguense Gentil Aires. Marinho participava das peladas, mas como o joelho incomodava passou a apitar. De vez em quando, aparecem outros ídolos, como Jairzinho, Paulo Cézar Caju, Carlos Roberto, Afonsinho e Carlos Alberto Pintinho.

Norberto, o ‘Seu Nonô’, de 81 anos, com a bandeira do time

Impressionante ver o canhoto Norberto, 81 anos comemorados no último domingo, ex-craque do futsal do Fluminense, jogando com tamanha desenvoltura. Beto Gamarra, que formou zaga com o saudoso Figueiredo na base do Flamengo, defende a renovação do grupo. O Estatuto permite a aprovação de peladeiros a partir dos 37 anos de idade. O Presidente e tesoureiro Sinomar Muniz, o ‘Jacaré’, revela, orgulhoso:

“Nunca, em 50 anos, essa pelada deixou de ter quórum.”

AS FINAIS DO CAMPEONATO BRASILEIRO DE 1998

por Luis Filipe Chateaubriand

Em 1998, coube a Corinthians e Cruzeiro disputarem as finais do Campeonato Brasileiro.

O Corinthians eliminou o Santos o Santos em uma das semifinais.

Na outra das semifinais, o Cruzeiro eliminou a Portuguesa de Desportos.

O primeiro jogo das finais foi disputado no Mineirão, em Belo Horizonte, com mando de campo do Cruzeiro.

Müller e Valdo marcaram para o Cruzeiro no primeiro tempo, mas Dinei e Marcelinho Carioca marcaram para o Corinthians no segundo tempo – um empate em 2 x 2.

O segundo jogo das finais foi disputado no Morumbi, em São Paulo, com mando de campo para o Corinthians.

Marcelinho Carioca marcou para o Corinthians primeiro, mas Marcelo Ramos marcou para o Cruzeiro logo depois, ambos os gols no segundo tempo – um empate de 1 x 1.

O terceiro jogo das finais foi disputado no Morumbi, em São Paulo, com mando de campo para o Corinthians.

Edílson e Marcelinho Carioca marcaram para o Corínthians no segundo tempo – vitória do Alvinegro por 2 x 0.

Pela segunda vez, o “Timão” era campeão do Brasil!

“UMA COISA JOGADA COM MÚSICA” – CAPÍTULO 55

por Eduardo Lamas Neiva

Após a apresentação de Teixeirinha e Mary Terezinha, a semifinal da Copa de 62, entre Brasil e Chile, voltou à mesa de debates.

Ceguinho Torcedor: – Garrincha foi mais uma vez a figura do jogo, a maior figura da Copa do Mundo, e naquele momento a maior figura do futebol brasileiro desde Pedro Álvares Cabral. Quando eu dizia que Garrincha era varado de luz como um santo de vitral, os idiotas da objetividade torciam o nariz.

Idiota da Objetividade: – Eu não, eu não. Só me atenho aos fatos.

Ceguinho Torcedor: – Se desminto os fatos, pior pros fatos. Mas faltava a Garrincha um toque de martírio. O lívido, o gelado árbitro o expulsou com a hedionda conivência do bandeirinha uruguaio Esteban Marino. Amigos, como é linda a vitória roubada.

Garçom: – Há quem ache que é melhor ganhar roubado.

O povo do bar iniciou um burburinho, por causa da afirmação de Zé Ary, logo cortado pelo Ceguinho Torcedor, que não deixou a bola sair de seu domínio.

Ceguinho Torcedor: – O juiz gatuno deu ao nosso feito uma dimensão mais comovida e mais deslumbrante. Com essa vitória do homem genial do Brasil fomos à final. E com Garrincha.

Garçom: – Seu Ceguinho e amigos, nosso grande Mané Garrincha, que ali se encontra pra nossa honra, foi homenageado musicalmente das mais diversas formas, como já demonstramos aqui neste palco.

João Sem Medo: – Merecidamente!

Garçom: – Sem dúvida alguma, seu João. Mas, além da música, também no cinema. Teve o documentário “Garrincha, alegria do povo”, do diretor Joaquim Pedro de Andrade, nos anos 60, e “Garrincha, Estrela Solitária”, de 2005, dirigido por Milton Alencar e baseado no livro “Estrela Solitária – um brasileiro chamado Garrincha”, de Ruy Castro. A trilha sonora deste filme foi composta e executada pelo saxofonista Leo Gandelman.

Ceguinho Torcedor: – Zé Ary, você incorporou o Idiota da Objetividade?

Todos riem.

Garçom: – É, seu Ceguinho, acho que sim, com todo respeito ao seu Idiota. Mas as informações são importantes.

Ceguinho ri, mas concorda com o garçom.

Idiota da Objetividade: – Você foi muito bem, Zé Ary. A informação é fundamental!

Garçom: – Sem dúvida! Mas vamos ouvir aqui no nosso som a música de abertura do filme “Garrincha, Estrela Solitária”, de e com Leo Gandelman.

Todos curtem muito a música, com alguns se lembrando do filme estrelado pelo ator André Gonçalves, que fez o papel de Garrincha, e comentando cenas que se lembravam. Quando houve uma breve pausa nas conversas paralelas, Idiota foi objetivo e recomeçou o papo da mesa.

Idiota da Objetividade: – Na final, disputada no dia 17 de junho de 1962, no Estádio Nacional de Santiago, o Brasil derrotou por 3 a 1 a Tchecoslováquia, a quem já havia enfrentado na primeira fase e empatado sem gols. Masopust abriu o marcador para os tchecos, aos 14 minutos de partida, mas Amarildo empatou dois minutos depois. No segundo tempo, Zito marcou de cabeça, aos 23, e Vavá fechou o placar, após falha do goleiro Schrojf, aos 32. O Brasil jogou a final com Gilmar, Djalma Santos, Mauro Ramos (o capitão), Zózimo e Nilton Santos; Zito e Didi; Garrincha, Amarildo, Vavá e Zagallo.

João Sem Medo: – E como não poderia deixar de ser, Garrincha foi eleito o melhor jogador daquela Copa.

Garçom: – Garrincha merecia ainda mais homenagens!

Garrincha (de sua mesa): – Muito obrigado, meu amigo Zé Ary.

Zé Ary acena sorridente pro Mané, que retribui o carinho.

João Sem Medo: – Você tem razão, Zé Ary. O que fizeram com o Garrincha foi o mesmo crime que cometeram contra Pelé. Mané chegou a levar seis infiltrações no joelho pra fazer seis jogos pelo Botafogo na Itália, em 65.

Garrincha olha pra Pelé, que só faz um gesto de concordância com a cabeça.

Idiota da Objetividade: – Depois do Botafogo, Garrincha jogou no Corinthians; na Portuguesa Santista; no Junior de Barranquilla, da Colômbia; no Flamengo; no Red Star 93, da França, e no Olaria, onde encerrou a carreira em 1972. Depois ele ainda fez jogos de exibição ao lado de outros ex-jogadores no time do Milionários até 1982.

Garçom: – A grande fase do Mané foi mesmo no Botafogo, né?

João Sem Medo: – Sem dúvida alguma. Mas como falei, arrebentaram com ele.

Idiota da Objetividade: – O último jogo do Garrincha pelo Botafogo foi contra a Portuguesa da Ilha do Governador, em 15 de setembro de 1965, pela primeira rodada do Campeonato Carioca. A partida foi realizada no antigo estádio de General Severiano e o Alvinegro venceu por 2 a 1.

Garçom: – Na despedida dele eu fui ao Maracanã e fiquei com os olhos cheios de lágrimas quando ele deu a volta olímpica. Vou aproveitar a presença dele aqui pra fazer uma declaração: Garrincha você foi, ou melhor, você é um grande ídolo meu, mesmo eu não sendo botafoguense.

Mané Garrincha se levanta novamente e agradece e ambos são aplaudidos.

Idiota da Objetividade: – Em 19 de dezembro de 1973, no Maracanã, Garrincha se despediu do futebol num amistoso que ficou conhecido como o Jogo da Gratidão. A renda foi toda para ajudar Garrincha, que passava por sérias dificuldades financeiras. A seleção brasileira formada em sua maioria por jogadores da Copa de 70 derrotou um combinado de estrangeiros, quase todos em atividade no Brasil, por 2 a 1. Mais de 130 mil torcedores compareceram para dar adeus ao Anjo das Pernas Tortas, que saiu de campo aos 30 minutos de jogo para a sua última volta olímpica no gramado do Maracanã.

Ceguinho Torcedor: – Foi uma festa maravilhosa. Uma festa que nenhum outro jogador havia recebido em qualquer tempo, em qualquer país. E houve duas festas: primeiro, a de Mané; segundo, a nossa. A nossa porque estávamos felizes com a nossa própria felicidade. Devíamos muito a Garrincha.  A alegria que ele nos deu, durante anos, não tem preço. Mas, fosse como fosse, juntamo-nos para dizer obrigado. Simplesmente, obrigado.

Mané Garrincha chora de emoção e recebe muitos aplausos e abraços.

Garçom (também muito emocionado): – Como a emoção já toma conta de todos aqui, vamos chamar ao palco Noite Ilustrada pra mais uma homenagem ao grande Mané Garrincha.

Muito aplaudido, Noite Ilustrada vai ao palco.

Noite Ilustrada: – Muito obrigado. Todo o meu respeito a você, Mané Garrincha. Todo o meu respeito e toda a minha admiração. Vamos de Balada nº 7 (Mané Garrincha), esta belíssima música de Alberto Luiz que também fez muito sucesso na gravação de Moacyr Franco.

Músico: – São duas versões bem diferentes, mas igualmente lindas.

Garçom: – É verdade!

Noite Ilustrada: – Muito obrigado. Vamos lá!

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Um gol desse não se perde!

O TRICAMPEONATO MUNDIAL

por Elso Venâncio

Zagallo tinha 38 anos quando substituiu João Saldanha no comando da seleção brasileira, a dois meses da Copa do Mundo de 1970, no México. Ele trocou o esquema de jogo e ainda mexeu no time. Saiu o 4-2-4 e entrou o 4-3-3. Rivellino, que disputava posição com Gerson, passou a jogar mais recuado, pela esquerda. Clodoaldo tornou-se titular. Piazza deixou o meio de campo para formar a zaga com Brito. Everaldo ganhou a posição de Marco Antônio.

Pelé e Zagallo estavam frente a frente, no gramado do Maracanã:

“Eu só não admito sacanagem” – disse Pelé.

“Você é o único titular absoluto” – retrucou o Velho Lobo.

Emílio Garrastazu Médici, o general-tirano, indicou o baixinho e linha-dura brigadeiro Gerônimo Bastos como chefe de delegação. Vários jogadores eram fumantes: Gerson, Félix, Carlos Alberto Torres, Brito, Jairzinho…

O Brigadeiro determinou:

“Só três cigarros por dia, para cada um”.

Na comissão técnica estavam os capitães Cláudio Coutinho, Kleber Camerino e José Bonetti. O subtenente Raul Carlesso treinava os goleiros.

Pelé, tetracampeão do mundo, duas vezes com o Santos e outras duas com a seleção, já era chamado de Rei, inclusive pelo Presidente da CBD, a antiga CBF, João Havelange. Por Zagallo, seu ex-companheiro nas conquistas de 1958 e 1962, também.

Pelé, Gerson e Tostão, cada um dava um único toque na bola. Fontana teve imensa dificuldade de sair da roda de bobo, o que provocou uma enxurrada de risos… O zagueiro acusou Pelé:

“Você coloca os paulistas no time.”

O Rei convocou uma reunião no hotel, com as presenças de Gerônimo Bastos, João Havelange e Zagallo.

“Esse moleque”, apontou para Fontana, “disse que eu escalo a seleção. Se eu tivesse mesmo influência, ele nem estaria aqui, porque não joga nada. Quero ser tricampeão, e se alguém achar que estou errado, vou embora agora mesmo.”

O Brasil venceu os seis jogos que disputou. Jairzinho marcou gol em todas as partidas. Na estreia, 4 a 1 na Tchecoslováquia. Para enfrentar os ingleses, Gerson, sentindo a coxa, foi substituído por Paulo Cézar Caju, que entrou na ponta esquerda, passando Rivellino para o meio. Na entrada em campo, alguns jogadores brasileiros olhavam com admiração para os adversários, atuais campeões do mundo.

“Parem de olhar esses branquelos de merda”, reagiu Pelé. “Vamos ganhar!”

Foi o jogo mais difícil e equilibrado da Copa, com Gordon Banks fazendo uma defesa que parecia impossível, numa cabeçada de Pelé. Paulo Cézar Caju tornou a brilhar na vitória de 3 a 2 sobre a Romênia. Zagalo reuniu Carlos Alberto Torres, Piazza, Gerson e Pelé:

“Caju deve ser mantido? O voto é secreto…”

Deu empate.

Zagallo teve que decidir. Para isso, chamou Caju:

“Você é garoto ainda, pode esperar. Mas não se considere reserva.”

A seleção, unida, embalou. Venceu o Peru, dirigido pelo brasileiro Didi, ‘O Mestre da Folha Seca’, e espantou os fantasmas uruguaios ao virar para 3 a 1, com direito ao histórico drible de corpo de Pelé no goleiro Ladislao Mazurkiewicz. Na conclusão desse lance icônico, a bola caprichosamente passou rente à trave.

No Estádio Azteca, palco da grande final, Rivellino apresentou ao mundo seu elástico, um drible desmoralizante, nos indefectíveis 4 a 1 sobre a Itália. No gol que deu números finais ao placar, participação coletiva de quase meio time. Presenciamos, ao vivo ou pela tevê a cores, um dos últimos momentos do futebol-arte. Piazza para Clodoaldo, que rolou para Gerson e recebeu de volta. Clodoaldo driblou um, dois, três, quatro italianos, depois tocou para Rivellino, que descobriu Jairzinho fugindo de Fachetti, quem lhe marcava homem a homem. O ‘Furacão da Copa’ passou para Pelé, que, sem olhar para o lado, tocou para a direita, onde entrava Carlos Alberto Torres. A bola rolada rente à grama ainda deu um leve quique no gramado antes de encontrar o pé do ‘Capita’, que bateu forte, cruzado, estufando as redes do goleiro Albertosi. O golaço fechou com chave de ouro uma das maiores, senão a maior, conquista do futebol brasileiro.

ILUSTRES FUTEBOLISTAS SANTACRUZENSES NATOS – 2

por Ivaneguinho

ACILINO DE OLIVEIRA, O “ACILINO CANHÃO”.

Acilino de Oliveira, o Acilino Canhão, é mais um Santacruzense da gema! Líder em sua essência, foi escolhido por unanimidade para ser o capitão do Vasco da Gama na lendária partida contra o Santos de Pelé, no Maracanã!

Nessa “batalha”, nosso Rei do Futebol assinalou o seu tento número mil e um pequeno detalhe precisa ser exposto. Minutos antes do Rei marcar o milésimo, o nosso hábil capitão Acilino, numa arrancada que só os prodígios conseguem, foi derrubado dentro da área do Santos pelo saudoso craque, Djalma Dias. Apesar do lance ter sido nítido, o juíz nada marcou, fazendo sinal com as mãos pra seguir o lance. Fez vista grossa dizendo: “Foi nada! Jogou-se”! Mais claro do que aquele lance, impossível!

ACILINO… Jogador multicampeão! Levantou vários troféus! Eleito diversas vezes como o atleta que havia feito o gol mais bonito da rodada. Foi tantas vezes homenageado no Programa do Chacrinha, o Velho Guerreiro!

ACILINO… Forte, talentoso e habilidoso! Possuía um chute tão potente, que passou a ser chamado, carinhosamente, de: o CANHÃO DA COLINA! Nos apaixonantes Campeonatos Cariocas, entre os anos 60 e 70, foi citado pelos desportistas das rádios do Rio de Janeiro, como um dos melhores pontas esquerdas do nosso Certame.

O seu início e sua passagem pelo Campo Grande foi como um meteoro. Logo despertou interesse por clubes de maior porte, sendo adquirido o seu passe pelo Cruzmaltino. Ali, se destacou por longos 10 anos e, mais tarde, após receber várias propostas financeiras “tentadoras” e compensadoras, saiu desbravando o mundo, exibindo o seu talentoso e nato futebol.

UM VENCEDOR!

IVANEGUINHO, O AMIGO DOS CRAQUES!