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AMERICA, UM SONHO, UM DRAMA

por Paulo-Roberto Andel


Pesquisando alfarrábios e me deparando com uma partida de setembro de 1977. Lá se vão quase 44 anos. É tempo demais.

País, Jorge Valença, Alex, Russo e Álvaro; Renato, Bráulio (Jarbas) e Reinaldo; Mário, Leo Oliveira e César (Aílton). Renato jogava demais, hoje Renato Trindade. Bráulio era um monstro. Reinaldo foi para o Flamengo, Mário foi para o Inter, César para o Grêmio.

Um pouco diferente do primeiro que vi: País, Uchôa, Alex, Geraldo e Álvaro. Tinha Nedo, Nelson Borges, Luisinho de volta. Silvinho. Depois teve Duílio, Heraldo, o falecido Aírton, Gilberto, o espetacular Moreno, até Valdir Peres. Gilson Gênio, Gilcimar, os irmãos Zó e Kel. Renato Carioca, Polaco, Régis. Donato. Jorginho.

Cresci ouvindo as histórias do America. Tricolor, eu ficava fascinado com o adversário do outro lado da arquibancada, todo de vermelho. Já contei por aqui do meu amigo americano de Santo Cristo. Até o começo de 1987, o America era uma promessa. O Rio foi para o Maracanã apoiá-lo contra o São Paulo, não deu certo mas deu orgulho. E aí…

Veio a pernada da Copa União. O querido Estádio Volnei Braune foi soterrado. De uma hora para outra, foi como se o America tivesse se mudado de cidade ou até de país. Aparecia no Campeonato Carioca e só, até que um dia também caiu por lá. Voltou, caiu, voltou, caiu.

Nunca mais foi o mesmo, e isso é mau para a cidade do futebol.

Eu procuro pelo America nas lembranças, nos hiatos. Nos saborosos vídeos do YouTube. Eu procuro pelo America na saudade que tenho de meu pai, num sábado à tarde nublado no Maracanã, espiando o misterioso adversário vermelho, todo vermelho.

Li o desabafo do Trajano no Facebook e me emocionei. O tempo está passando, as pessoas, o amor segue sua luta e o America parece Ivan Lessa, meu ídolo que foi embora para nunca mais voltar. Bom, até o Ivan voltou um dia por duas semanas.


Talvez eu entenda a dor do America. Lembro de um causo anos atrás: louco com a oportunidade de fazer alguma coisa trabalhando com futebol, fui com meu amigo Catalano a uma reunião com o presidente americano Leo Almada. Nosso objetivo era fortalecer as redes sociais do clube, criar um movimento, chamar o Rio para perto de seu segundo time de coração. Ressalte-se que Leo Almada foi um gentleman, diferente de seu principal assessor na reunião, que além de debochar o tempo inteiro de nossas propostas, só perguntava que dinheiro nossas ideias trariam para o clube. Partindo desse testemunho, não é difícil para mim entender o que aconteceu ao Mecão nos últimos anos, a começar por sucessivas quedas no Campeonato Carioca.

É difícil pensar numa saída ou solução. Só sei que não consigo parar de pensar nas palavras do Trajano, nem naquele bandeirão rubro de mais de quarenta anos atrás. Em País voando para celebrar Pompéia, em Renato fazendo as vezes de Alarcón, de Alex na zaga como o zagueiro mais sério do mundo. O que sei é que o America é um pedaço importante do Rio de Janeiro, que não pode morrer à míngua ou desprezado. É preciso fazer alguma coisa, ou várias, mas antes que seja tarde demais e o futuro só carregue um lindo passado desperdiçado.

@pauloandel

O ROUBO DA TAÇA: HISTÓRIA QUE DIZ MUITO DE NÓS, BRASILEIROS

por Luciano Teles


Todos sabemos o que aconteceu: a Taça Jules Rimet foi roubada e derretida. Ponto. Porém, dois fatores sempre entram em campo, quando se toca no assunto: o primeiro é que não conhecemos todos os detalhes, com várias perguntas assaltando a memória até de quem acompanhou as notícias, na época. O outro, uma pergunta: será que valeria a pena escrever um livro robusto, daqueles de dez centímetros de largura, que se destacam na estante da sala? 

Para efeito de comparação: você quer saber, detalhadamente, tudo o que aconteceu em 1950, antes e depois do Maracanazo? Não. Você não quer. Nem eu. O Brasil fez boa campanha, ganhou de véspera, perdeu no tempo regulamentar e chorou depois. Garanto que 99% não vão querer um “tijolo” literário sobre o assunto. Mas faltam algumas respostas. O mesmo pode ser dito sobre as derrotas na França, em 1998, e contra a Alemanha, aqui, em 2014, no famoso 7×1. Sabemos o suficiente. O tempo que lave nossas memórias e leve as dores consigo.

Ainda me lembro das imagens das matérias nos telejornais e nos jornais. E me perguntava, entre outras coisas, como que alguém podia ter roubado uma taça tão importante? Tinha 12 anos e, claro, colecionava figurinhas, incluindo as de Futebol Cards. E comentei com um colega de escola: “Quem roubou não vai poder mostrar para alguém, a não ser queseja para outro ladrão. Isso não é igual a figurinha”. Como se falou, à época, em fazer outra igual, também questionei: “Não é a mesma coisa”. Talvez nunca soubéssemos de toda a verdade. Mas esses questionamentos permeavam nossos pensamentos. 

Essa lacuna é preenchida por “O Roubo da Taça– Preconceito, Tortura, Extorsão”, de Wilson Aquino. Ler seu livro foi como uma conversa animada num bar, depois da pelada de sábado. São 134 páginas rápidas, de escrita ágil, que permite uma leitura numa tacada só. Que deve, porém, ser cuidadosa, devido ao grande número de detalhes, nomes e siglas dos órgãos de investigação. Afinal, o próprio processo judicial foi a base da elaboração do trabalho. Nele, o jornalista preenche uma lacuna em nossa mente que, se não era sempre lembrada, não havia desaparecido, feito a taça.  

Publicado pela Charlie Black Editora, em 2020 (vale a pena visitar o site da editora, com arquivos sobre o livro) O Roubo da Taça fala muito além do evento em si, suas consequências materiais e as dos envolvidos. Num efeito paralelo, colateral, ele nos mostra várias razões pelas quais nosso país está como está. Sem entrar em questões de política partidária. Ele diz muito sobre nós, como sociedade. Até o fato de meio que nos acostumarmos a um sistema no qual poucas coisas funcionam. E tudo vai ficando do jeito que está.  


Não vou citar trechos nem fatos que são relatados na obra. Deixo para cada um desvendar as linhas dessa história. Só adianto que meu pensamento se dá por ver que todos os envolvidos (ladrões, CBF, investigação etc) abusaram do direito ao desleixo, à má vontade, à falta de prevenção, ao comodismo, à inveja profissional, às práticas nocivas e, por que não?, à velha mania, rasteira, de pensar “pode fazer, pode ir, não vai dar nada, não”. Alguns dos acontecimentos são inacreditáveis, tamanha a sandice presente. Nem um roteirista de humor teria tamanha imaginação. 

Na verdade, Wilson Aquino nos mostra que o 7 x 1 vinha sendo construído ao longo dos anos. A cada eliminação de Copa do Mundo, a cada campeonato, a cada ato de corrupção, a cada desleixo para com dois valores que tanto significavam para o brasileiro: o futebol e a Taça Jules Rimet. Pior: parece que aprendemos que são coisas às quais não vale mais a pena se dar tanta atenção.

Quem conhece a história do nosso futebol, do futebol brasileiro, sabe o quanto as vitórias em Copas do Mundo valeram para nossa autoestima. E como as derrotas, principalmente as de 1950 e a de 2014, deixaram vazios no peito de cada um. Fico na dúvida se a de 1998 deixou algo assim. Enfim, o fato é que tive a oportunidade de conversar com o mestre Didi. E vi os olhos do meu conterrâneo, de Campos dos Goytacazes, bicampeão mundial, autor do primeiro gol do Maracanã, ainda brilharem, ao falar da carreira e das vitórias. Mesmo esse encontro já tendo ocorrido por volta do ano 2000. 

Da mesma forma, brilhavam os olhos dos brasileiros, quando se falava na Jules Rimet. Vinham as imagens das Copas de 58, 62 e 70, com o Brasil imbatível. Mesmo com tantos craques, quase todos tinham seus nomes na memória do torcedor. No meu caso, principalmente a de 70, ano do meu nascimento, com suas imagens em cores, sua música marcante e toda a aura, quase mística, que aquela festa ganhou.

A Jules Rimet tinha esse encanto, então: de nos colocar acima de todas as outras seleções. E Wilson Aquino destaca um fato interessante: Uruguai e Itáliajá tinham vencido duas Copas. Alemanha e Inglaterra ganharam uma, cada. Mesmo considerando que a Inglaterra venceu após o nosso bicampeonato, o Brasil saiu muito de trás e ainda perdeu uma decisão em casa. Mas a vitória no México nos deu o direito de guardar a Taça para sempre conosco, em solo brasileiro. Conforme o que fora determinado pelo próprio Jules Rimet, em relação ao país que primeiro alcançasse o tricampeonato.

Jules Rimet só se esqueceu de escrever no regulamento que era para a taça ser guardada com o máximo de cuidado. Deve ter julgado desnecessário colocar no papel algo tão óbvio. O problema é que, por aqui, o óbvio nem sempre é levado a sério. Por mais ululante que seja.  


Em tempo: O Museu da Pelada cedeu o livro e a camiseta do site numa promoção, ainda em 2020. Tive a honra de terem escolhido a minha resposta à pergunta lançada, sobre o roubo da Taça, numa ação que acompanhava o lançamento do livro. Peço desculpas por só agora escrever. Mas é que só de dois meses para cá que as coisas se acalmaram, o home office e tudo. E queria ler o livro com a dedicação necessária, para me lembrar de fatos e escrever algo em retribuição. Ao colega Wilson Aquino (embora eu não atue mais como jornalista), meus parabéns! Seu trabalho foi na medida certa para que pudéssemos nos lembrar e compreender esse triste fato de nosso futebol e nossa história social, por que não? Muito obrigado.

Site da editora: https://charlieblackeditora.com.br/

DRIBLE DE GREGO

por Rubens Lemos


Meu caro amigo, você que me honra desperdiçando seu precioso tempo em alguns minutos nesta coluna. Quem é, de fato, o algoz e quem expõe pavor na expressão corporal? A foto é de 1963, do primoroso jornalista Oldemário Touguinhó, do Jornal do Brasil. Nela, Garrincha está em alegria plena. Executaria o mais lindo dos fundamentos do futebol, Garrincha que dele foi pai: o drible.

Sim, amigo, que vive a angústia da pandemia e se arranja, feito eu, em deliciosas imagens dos verdadeiros monarcas da bola brasileira: o drible é a supremacia irreverente e absoluta de um homem sobre outro sem violência e com esbanjamento do verbo improvisar. Reverencio o driblador. Reverenciava, porque hoje não existe mais.

E o gol, Rubens Lemos, não seria o mais importante enquanto você se perde em delírios, se entrega a devaneios? O gol, o golaço, o gol espírita, o gol de bunda, é, no futebol, o peso do martelo das sentenças dos homens. O gol é inflexível, inegociável, definidor.

Peço compreensão a um romântico. O drible é a flor da mulher amada, mesmo que não aceite o ramalhete. O drible consegue unir na fração do segundo, o cérebro e os pés pela ponte da inteligência sagaz, da artimanha vocacional, da chacota de um programa do Chacrinha (mais novos, pesquisem Chacrinha na Wikipedia).

Sou fervoroso defensor do compartilhamento na vida fora dos gramados e defensor intransigente do individualismo dentro das quatro linhas.

O que me fez adorar o futebol foram os dribles dos meus craques de infância, amigos de rua, Tércio e Didica, dois ungidos pelo poder de passar por dentro de irrecuperáveis iguais a mim.

Amo o drible. Amo Garrincha. Que driblava sem intenção de humilhar e humilhando. Amigos, Garrincha, em três minutos contra a Rússia em 1958, fez o jogo pender ao lado direito, deixando companheiros e adversários perplexos com o baile no pobre lateral Kusnetsov, que entrou em colapso emocional no intervalo.

Garrincha pairava sobre os estádios, campinhos e várzea nas ventanias sudoestes, pessoalmente ou em forma de fantasma anarquista. Durante e depois de Garrincha, todos os laterais-esquerdos do mundo entravam em campo amedrontados, quase a pedir um segurança armado por 90 minutos. Seriam dois humilhados: o jogador e o jagunço.

O mais belo entre os dribles de Garrincha está no replay de Brasil 2×1 Espanha na Copa do Mundo que Mané ganhou sozinho tal Maradona em 1986 e Romário oito anos depois. Mané está na linha lateral pela direita do ataque canarinho. Recebe, embalado em papel machê, o passe de Didi, o criador.

O marcador da Espanha, de suntuoso nome, Echeberría, parte com a fúria taurina de um Bodacious, o mais violento. Garrincha recebe a bola e cria sua câmera lenta pessoal. Na recepção a Echeberría, resolve avacalhar a cena.

Dá um toque, o perseguidor derrapa como trem sem condutor. Echeberría não consegue freio. Garrincha, ao primeiro bater na bola, toureiro, afasta o corpo, gira-o à frente do campo e segue enfileirando espanhóis ao sabor de Paella. Echeberría virou joia de quinta categoria.

Então, meu amigo de diálogo, monótono por formatação, senti uma piedade plena do pobre homem de camisa 2. O sorriso de Garrincha prenuncia a humilhação habitual e dominical de seus inúteis perseguidores: Coronel (Vasco), Jordan (Flamengo) e o malvado e mirrado Altair, do Fluminense.

O drible tragicômico. Eis o que descreve a fotografia. Falando como se oradora fosse, versão mulher de Demóstenes, retórica impecável da Grécia antiga. Demóstenes, o grego, nunca soube o que era um drible de Garrincha, capaz de entortar pórticos e colunatas milenares.

O DOCE GOSTO DO TÍTULO

por Luis Filipe Chateaubriand


O Campeonato Carioca de 1988 estava sendo decidido por Vasco da Gama e Flamengo.

Era o segundo jogo da decisão, de um total de três, e a situação do rubro negro era muito desconfortável: precisava vencer esse segundo jogo, para forçar o terceiro jogo.

Para o clube cruz maltino, a situação era bem mais confortável: empate ou vitória no segundo jogo garantiam o título.

Pois o jogo começou, e o Flamengo veio com tudo para cima do Vasco da Gama.

Domínio absoluto.

Mas, como diz-se no jargão do futebol, “não conseguiu traduzir em gol o domínio territorial”.

Aos 40 minutos do segundo tempo, o placar de 0 x 0 permanecia inalterado, e a torcida do Vasco da Gama começava a comemorar um título que parecia cada vez mais próximo.

Mas uma surpresa ainda estava reservada para a peleja…

O lateral direito Lucas – irmão do selecionável Müller e apelidado de Cocada – entrou, no Vasco da Gama, substituindo Vivinho.

Isso foi aos 41 minutos.

Aos 44 minutos, Cocada – que já tinha jogado no Flamengo mas foi dispensado de lá por insuficiência técnica – recebe a bola na metade do campo, do lado direito, avança com ela todo serelepe, e rápido e, ao chegar na entrada da área, desfere um chute violento, mas colocado, que vai parar no fundo do gol.

Este escriba, que estava no Maracanã, achou que a bola ia para fora, mas a pelota fez uma curva, tomou um efeito, que lhe levou para o fundo das redes.

E lá se foi Cocada, comemorar, dirigindo-se para o banco do Flamengo, provocando o técnico Carlinhos, que o dispensou da Gávea.

O Vasco da Gama, assim, que só precisava do empate, venceu por 1 x 0 e sagrou-se campeão.

Doce conquista, com sabor de cocada!

Luis Filipe Chateaubriand é Museu da Pelada!

CHEGA DE PENSAMENTO RETROVISOR

por Fabio Damasceno


Chega de pensamento retrovisor. Já passou do tempo da mentalidade mudar RADICALMENTE. E quem pensa diferente, que fique longe, bem longe. De preferência nem acompanhe mais.

O Botafogo precisa urgentemente de oxigenação. Sangue novo. Ideias novas. Caminhos novos. GENTE NOVA. Os mesmos nomes e as mesmas ideias que há anos prevalecem e ditam o dia a dia do clube NÃO deram certo. Muito pelo contrário, seguem DESTRUINDO o clube mais tradicional do Brasil e um dos mais tradicionais do mundo.

O momento é de se falar, pensar e agir com foco em SOLUÇÕES. Falar de problemas, erros, falhas é chover no molhado. Apenas levará à troca de ofensas e acusações entre pessoas ultrapassadas, arrogantes e vaidosas, que NADA MAIS AGREGAM AO BOTAFOGO. O momento é de olhar para frente. Chega de olhar para trás, chega de viver de passado. Os verdadeiros responsáveis não serão responsabilizados. Temos que conviver com isso. E superar.

Identificar crenças limitantes. Planejar e definir metas claras. Amortizar, prevenir e reduzir passivos. Buscar soluções simples e únicas. Capacitar.

Esse é o pensamento. Do Botafogo gigante. Do Botafogo vencedor. Chorar pelos erros do passado não leva a lugar algum. Chega de mentalidade derrotista, ultrapassada, vitimista, pequena.

“Tem dívida de um bilhão. Não tem receita. É ingovernável.”

BALELA.

Se a dívida chegou a esse ponto a (ir)responsabilidade é INTEGRALMENTE dos que estiveram à frente da gestão do clube nas últimas décadas. Se não tem receita, idem.


Mas, como dito, o momento não é de apontar esses erros. Os que erraram sabem e o que os verdadeiros botafoguenses esperam é o mínimo de decência e humildade desses senhores para assumirem os seus erros, de preferência bem longe do Botafogo. E ainda que não assumam, que ao menos fiquem longe.

Ou querem nos convencer de que um Athletico Paranaense tem mais potencial – em todos os sentidos – do que o BOTAFOGO? Um simples olhar nas finanças, resultados e as conquistas daquele e deste clube. GESTÃO. GESTÃO. E GESTÃO. Apenas para se fazer um breve e singelo comparativo.

Ou profissionaliza do roupeiro ao presidente ou segue-se focado em um glorioso passado cada vez mais distante. É preciso que todos entendam e COLOQUEM ISSO EM PRÁTICA de uma vez por todas. Custe o que custar, haja o que houver.

Qual empresa não gostaria de ter um produto com MILHÕES de consumidores fixos mundo afora, desinteressados em comprar algo da concorrência?

É necessária muita incompetência, descaso ou MÁ-FÉ para se destruir algo com tamanho potencial.

Fazendo um comparativo distante com o mundo pós-guerra, a Alemanha não voltou a ser uma das maiores potências do mundo à toa. Mittelstand.

Estruturas com planos a longo prazo, forte investimento na capacitação pessoal, alto sentimento de responsabilidade social e forte regionalismo reergueram um país destruído, acabado, falido e dominado, tal qual o nosso BOTAFOGO.

Planos a longo prazo são metas claras. Forte investimento da capacitação pessoal é a base da profissionalização. Alto sentimento de responsabilidade social é entender a grandeza deste clube e o que representa geração após geração. Forte regionalismo é investir o quanto for possível nas categorias de base e suas estruturas.

Difícil? Sim. Trabalhoso? Bastante. Impossível? Apenas na cabeça dos fracos e derrotados. E disso o Botafogo já extrapolou a cota entre “gestores”, dirigentes, parceiros, jogadores e comissão técnica nos últimos anos e nas últimas décadas.


Chega de vitimização. Chega de mais do mesmo. BASTA. O Botafogo precisa de uma REVOLUÇÃO. E revoluções jamais serão feitas por gente de mentalidade derrotada e ultrapassada. Uma faxina geral, da calçada de General Severiano até o holofote mais alto do Estádio Nilton Santos.

Enaltecer SIM as conquistas do passado do clube mais tradicional do Brasil. Mas deixar no passado. No museu da sede. Nas faixas ao redor do estádio. Nas histórias que contamos às próximas gerações.

Essencialmente o momento é de agir como HOMENS com MENTALIDADE vencedora. Levantar a cabeça, bater no peito e ter a certeza de que os incompetentes que até então estiveram à frente do clube não serão suficientes para enterrar os sonhos de quem realmente conhece a grandeza do BOTAFOGO e voltará a vê-lo em seu devido lugar.

A hora é essa. Contra tudo e contra todos. Sinto informar a todos os cretinos que o BOTAFOGO não vai acabar, não vai fechar. Longe, muito longe disso. E quem acha isso, das duas uma: Não passa de um derrotado ou um canalha. E quem não compartilhar dessa mentalidade, que mantenha distância deste GIGANTE do futebol mundial. De uma forma ou de outra, este clube vai renascer. De uma forma ou de outra, este clube vai voltar a ser um dos maiores do mundo. Porque o BOTAFOGO não é lugar de covardes. E essa estrela, gostem ou não, não irá se apagar.

Aos bravos, vencedores e valentes: Mãos à obra.

Saudações Alvinegras de um botafoguense de corpo e alma que mantém acesa a esperança de seu filho de 4 anos ainda vestir essa camisa com orgulho.