MAIS UMA POLÊMICA DA FIFA: AUMENTO NO MUNDIAL DE CLUBES
por André Luiz Pereira Nunes
A entidade máxima que rege o futebol no mundo anunciou um novo formato para o Mundial de Clubes. Terá 24 integrantes, incluindo oito europeus e seis sul-americanos. A competição, em vez de anual, seria disputada a cada 4 anos.
“Estamos focando a competição do Mundial de Clubes, por exemplo, para ter não apenas um representante de cada confederação. Porém, mais participantes, pois precisamos estimular o futebol no mundo inteiro”, declarou o presidente da FIFA, Gianni Infantino, no Catar, país onde se realizou a última edição cujo vencedor foi o Chelsea.
O alcaide, ao que parece, possui um estranho fetiche. É da mesma autoria, por exemplo, a ideia já aprovada de aumento, a partir de 2026, do número de integrantes da Copa do Mundo: de 32 para 48 seleções.
Na primeira fase ocorrerá a divisão em 16 grupos de três. As duas melhores de cada chave avançam ao mata-mata. As 32, então, se tornam 16, que se enfrentam nas oitavas de final e assim por diante.
Pela nova composição, a América do Sul passaria de quatro vagas diretas para seis, beneficiando, desse modo, selecionados que costumam suar muito para se classificar, caso, por exemplo, de Uruguai e Paraguai. O pródigo sistema ainda abriria a sétima possibilidade de uma última vaga na repescagem intercontinental, quem sabe, beneficiando as fracas Venezuela ou Bolívia.
Infelizmente o esporte bretão se transformou mesmo em um balcão de negócios e isso não é de agora. Tais situações remetem ao triste período da ditadura brasileira em que o chavão “Onde a Arena vai mal, um time no Nacional” era repetido ironicamente nas ruas. Para quem não sabe, dos 20 times originais do Campeonato Brasileiro de 1971, a cifra alcançou exorbitantes 94, em 1979, em um processo de ampliação incrementado a partir da chegada do Almirante-dirigente Heleno Nunes ao comando da Confederação Brasileira de Desportos (CBD). Afinal, durante o período ditatorial, a ARENA (Aliança Renovadora Nacional), partido governista, tinha no futebol um forte instrumento de promoção e fortalecimento do regime.
Contudo, se há algo de que não se pode acusar o presidente da Fifa, é o de estelionato eleitoral. O suíço-italiano foi eleito com uma promessa de campanha: inchar a Copa do Mundo. Levou menos de um ano para concretizar seu plano. E de quebra, ainda fará o mesmo com o Mundial de Clubes.
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por Rubens Lemos
A última preocupação de um moleque de 16 anos incompletos, alucinado por futebol, é financeira. Suficiente a grana do ingresso, que a minha avó subsidiava, de coração imenso e sorriso de coração, ao fazer feliz o neto inquieto e respirando campeonatos, craques e clássicos.
Em 1986, o ano foi movimentado. Em plena marcha a campanha para governador do Estado, que o oposicionista Geraldo Melo venceu, derrotando o professor João Faustino, por torturantes 14 mil votos.
Acompanhava o que traz o parágrafo acima, os telejornais, vivia paixões platônicas. Preferia o silêncio à probabilidade de um fora. Era magérrimo, o que para mim significava defeito fatal. Dedicava-me ao futebol com avidez, estudos e prognósticos petulantes.
Telê Santana convocava 29 jogadores para escolher 22 à Copa do México. Já não era o Telê de quatro anos antes, resoluto e militante do futebol-arte. Tornara-se ranzinza, seu mau humor, descontava nos jornalistas e, enfim, não conseguiu formar um time.
Peças lamentáveis como Dida do Coritiba, Mozer do Flamengo (craque no time, medroso de amarelo), Elzo, volante do Atlético (MG) Alemão do Botafogo o piadista Edivaldo, também do Galo e o intragável Casagrande do Corinthians, levado por influência do cansado Sócrates, eram sinais de que perderíamos.
No bolo, entediados, Sócrates, Oscar, Falcão, Leandro(que mandou a Copa à Pqp na hora do embarque) e os cortados por contusão, Cerezo (sempre tremendo) e o inexplicável Dirceuzinho aos 36 anos. Na vaga que seria do espetacular Mário Sérgio.
Zico, exemplar no sacrifício. Um ano antes, o perverso zagueiro Márcio Nunes do Bangu esfarelara seu joelho. Zico persistiu e conseguiu ir ao Mundial depois de golaços nos amistosos e da resistência dos predestinados.
Os 22 finais de Telê foram decepcionantes. Detesto Renato Gaúcho e a sua grosseria crônica, mas estava no auge e não poderia ter ficado fora. Jogamos com o seguinte meio-campo: Elzo, Alemão, Júnior e Sócrates. Ou seja, não critiquem Lazaroni e Parreira. Telê, a sumidade ofensiva, inaugurou o volantismo.
Em Natal, campeonato local paralisado, marcaram para 22 de junho um amistoso Vasco x Flamengo no Castelão. A rivalidade acentuada. Vasco campeão da Taça Guanabara e Flamengo líder da Taça Rio, o segundo turno.
Meu pensamento, minha vontade, minhas orações seriam para assistir ao maior clássico brasileiro (àquela época). Mais uma vez, minha avó garantiu o ingresso, tirando poucas cédulas da bolsa humilde de aposentada estadual.
No peito, a alegria de ver, ao vivo, da arquibancada, meu maior ídolo cruzmaltino, o Pequeno Príncipe Geovani, meia-armador literato, preterido pela rabugice de Telê Santana. Melhor para mim. Com ele, Mauricinho, Roberto Dinamite e Romário, trio atacante digno de seleção mundial. Roberto merecia vaga na Copa.
A Copa do Mundo afunilou e, no dia 21 de junho, sábado, o Brasil pegou a França de Tiganá, Giresse e Platini, setor de criação de cientistas da bola. E nós com Elzo e Alemão. Careca jogando muita bola, por uns três ou quatro colegas, abriu 1×0. Platini empatou.
Zico entrou, meteu de curva feiticeira para Branco ser derrubado pelo goleiro Bats. Zico bate e Bats defende. Perdemos nos pênaltis e novo luto, imerecido pelas lambanças de Telê Santana.
E o Vasco x Flamengo? Me desesperei ante a hipótese de cancelamento. Confirmado. Meu primo Cláudio França , o mais doce flamenguista, falecido vinte anos depois do coração que nele era imenso, me levou. Castelão com ar assombroso de cemitério.
Os dois times entram. Para fazer uma das maiores exibições do estádio. Escolhido melhor em campo pela Rádio Cabugi e o Diário de Natal, Geovani sentou o futuro tetracampeão Jorginho em drible de corpo frente à torcida do Alecrim. Enfileirou Zinho, Andrade e Alcindo em minha homenagem, diante do Frasqueirão. Bebeto fez golaço de falta.
O Vasco empatou com Mauricinho e virou com Dinamite:2×1. Só 3.840 felizardos na plateia. Fiquei parado, olhando aqueles toques diferentes, categóricos e a pensar. Juntando Vasco e Flamengo, teríamos ido mais longe.
Máxima reverência a uma seleção com Paulo Sérgio(reserva em 1982 e no Vasco); Jorginho,Donato, Aldair, e Mazinho; Andrade, Adílio e Geovani; Bebeto, Roberto Dinamite e Romário(que passou o jogo entediado). Escolheria os 11 acima(e Zico), que não sofriam do pânico do escrete de Telê.
PS. Vasco 2×1 Flamengo – 22/06/1986 – Estádio Castelão (Machadão). Vasco: Paulo Sérgio; Paulo Roberto, Donato, Fernando e Heitor; Morôni, Mazinho e Geovani; Mauricinho, Roberto e Romário. Flamengo: Zé Carlos; Jorginho, Guto, Aldair e Adalberto; Andrade, Aílton e Adílio (Valtinho); Bebeto, Vinícius (Alcindo) e Zinho.
SHOW DE HORROR
:::::::: por Paulo Cezar Caju ::::::::
Assisti ontem a final da Supercopa e vou confessar que fazia tempo que não dava tanta risada. Quem acompanhou a decisão, sabe o que eu estou falando! Uma cobrança mais bisonha que a outra e parecia que ninguém queria ficar com o título. Isso porque estamos falando de Atlético-MG e Flamengo, as duas equipes consideradas as melhores do país, junto com o Palmeiras, de Abel Ferreira.
Isso é reflexo da falta de treinos, não tem mistério. Sinto falta dos coletivos, de 11 contra 11, contra a base, contra o time reserva, para simular situações de jogo. Já bati diversas vezes nessa tecla, mas parece que os professores de educação física só estão preocupados se o atleta vai conseguir correr infinitos quilômetros dentro do gramado. Claro que o treino físico é importante, mas não podemos deixar a bola em segundo plano.
Pênalti é um fundamento básico que todo jogador deveria treinar diariamente para não ser surpreendido em decisões. Ontem, com um gol daquele tamanho, perdi as contas de quantos jogadores isolaram as cobranças. Um deles foi o zagueiro Godin! Com 15 anos de Europa e Copa do Mundo no currículo, pediu para ser o último a bater, depois até do goleiro, e ainda jogou lá na arquibancada.
Em muitas peladas por aí, o cobrador é obrigado a bater com a perna trocada para dar mais chance para o goleiro. Imagina se fizessem isso ontem? Acho que o zero não sairia do placar!
Mas o pior é que o pênalti é só a cereja do bolo. Os “craques” de hoje em dia não sabem chutar, dar um passe, um lançamento, um drible, um cruzamento… Não sabem os fundamentos básicos! O que me deixa mais chateado é que, além de errarem, a consciência deles nem pesa! Os craques da minha geração passavam horas treinando e, se por acaso errassem um pênalti, passavam noites sem dormir. Ou seja, chegamos ao ponto de normalizar os erros básicos!
Eu achava que já tinha visto tudo no futebol, mas depois de ontem… Vamos aguardar as cenas do próximo capítulo e continuar rezando por uma revolução – cada vez mais improvável – do futebol brasileiro!
Já ia me esquecendo, mas os analistas de computadores também estão precisando dessa revolução urgente! Ontem ouvi que “houve uma ligação direta para o atacante agudo, que estava de tanque cheio, espaçando os setores do campo e afetando o balanço defensivo com transições rápidas”. Teve também “pênalti chapado na bochecha da rede”, mas a pior foi “os times precisam ser CAMALEÔNICOS”. Que p**** é essa??
VOCÊ CONFIA NO VAR?
por Elso Venâncio
O VAR e confiável? Acha precisa essa tecnologia? Tenho lá minhas dúvidas. Ou, para ser mais claro e direto, entendo que o sistema deixa dúvidas no ar. Não é inquestionável. Muito pelo contrário.
Fiquei mais de 25 anos trabalhando como repórter no campo de jogo. Quando a bola rolava, ia para trás do gol. Na Rádio Globo, do Rio de Janeiro, onde permaneci por 17 anos, o “Garotinho” José Carlos Araújo, nosso grande locutor esportivo, me posicionava, independentemente de partidas no Brasil ou no exterior, sempre no gol à direita da cabine. Vi de perto vários lances que não foram pênaltis mas que a TV indicava falta.
Junior Baiano deu um carrinho em 1997, visando e tocando só na bola, dentro da área, e não atingiu Zé Alcino, atacante do Grêmio, no Estádio Olímpico. Lance legal. Alexandre Serquiz, que coordenava a jornada esportiva, entrou no retorno dizendo que a televisão, com uma câmera lateral, mostrava a falta… Cito aqui um dos inúmeros exemplos que presenciei in loco.
Nelson Rodrigues, há mais de 50 anos, falava que o videotape era burro. O que posso afirmar sobre a dúvida, se a bola tocou na mão ou não, depende do ângulo de posicionamento da câmera. E, no fim, acaba valendo sempre a interpretação. Ridículo o locutor e o comentarista de arbitragem repetirem o óbvio. Nesse ângulo não foi. Mas nesse… hum, nesse foi…
A jornalista e ex-árbitra Renata Ruel, em seu blog, analisou cientificamente o caso. Ela entrevistou o professor Felipe Moura, do Laboratório de Biomecânica Aplicada da Universidade Federal de Londrina. A margem de erro do equipamento é de 10 cm a meio metro.
O VAR é um GPS que determina a posição do jogador. O dispositivo aciona pelo menos três satélites, para fazer a triangulação. O professor Felipe alerta que a Ciência lida frequentemente com erro de medidas. O equipamento leva em torno de um minuto para conferir um impedimento. Por isso, os lances seguem, mesmo tendo a gente notado uma irregularidade clara – o que, convenhamos, é um retrocesso.
O tema merece um debate maior… A tecnologia chegou para evitar os erros ou nos confundir ainda mais?
A cada paralisação pra checarem o vídeo, os árbitros ficam acuados, cercados pelos atletas. O jogo fica, ao contrário da Europa, irritantemente parado.
O VAR é uma ferramenta que possui limitações e, ainda por cima, é pilotada por humanos. Isso sem falar nos gigantescos interesses da CBF, dos clubes, dos patrocinadores e, o que é mais perigoso, empresas de apostas, que hoje dominam no mundo – o dinheiro mais pesado colocado no futebol.
ZICO – UMA HISTÓRIA DE SUCESSO
por Luis Filipe Chateaubriand
1. O Começo
Em 03 de Março de 1953, nascia, no bairro de Quintino, no Rio de Janeiro, Arthur Antunes Coimbra – que viria a ser uma das maiores personalidades da história do Brasil.
O pequeno garoto foi chamado pelos familiares, primeiro, de Arthurzinho, depois, de Arthurzico e, finalmente, de Zico, nome que marcaria sua trajetória ao longo de sua atividade profissional.
O Zico menino e, depois, adolescente – irmão dos jogadores de futebol Antunes e Edu – jogava bola pelas ruas e campos de Quintino.
Jogava bem.
Muito bem!
Tão bem que se via gente vir do outro lado de Quintino, atravessando a linha do trem, para ver o pequeno Zico jogar.
2. A Ida ao Flamengo
O radialista Celso Garcia ouviu falar que havia, em Quintino, um menino lourinho, de 14 anos, que “comia a bola”.
Resolveu ir ver pessoalmente.
Foi a Quintino ver uma partida de futebol de salão do adolescente Zico.
Saiu de lá de “queixo caído”, maravilhado com a quantidade de gols e jogadas geniais que Zico produziu.
Imediatamente, foi à casa dos Antunes, pedir permissão para levar Zico ao Flamengo.
O velho Antunes, pai de Zico, foi reticente de início, mas acabou concordando.
O Flamengo acabava de ganhar o que viria a ser seu melhor jogador em todos os tempos!
3. A Preparação Física
Na Gávea, todos se encantaram com a técnica do jovem Zico.
Mas havia o temor de que aquele rapaz franzino não vingasse para o futebol, muito magro e pequeno, poderia ser presa fácil de zagueiros altos, fortes e violentos.
Então, foi feito um trabalho especial de fortalecimento muscular, comandado por José Roberto Francalacci, onde Zico fazia musculação, tinha uma alimentação especial e tomava suplementos vitamínicos.
O trabalho fez Zico ganhar peso em massa muscular e, assim, se tornar um jogador mais resistente fisicamente.
4. Os Fatídicos Anos de 1971 e 1972
O ano de 1971 não foi dos melhores para a carreira de Zico.
Promovido dos juvenis aos profissionais com 18 anos, teve que voltar aos juvenis, pois Zagallo – o novo treinador do Flamengo – argumentou que ele foi lançado nos profissionais prematuramente.
Se Zico jogasse nos profissionais desde 1971, provavelmente chegaria à Seleção Brasileira mais cedo e, quem sabe, disputaria a Copa do Mundo de 1974.
Também em 1971, disputou o Torneio Pré-Olímpico, e a Seleção Brasileira se classificou para as Olimpíadas com um gol seu.
Porém, na lista de convocados para as Olimpíadas de 1972, seu nome não constava.
Uma clara perseguição da ditadura militar à família Antunes, uma vez que seu irmão Nando militava em movimentos de esquerda.
O baque para Zico foi tão forte que ele pensou seriamente em abandonar o futebol.
Para nossa sorte, isso não aconteceu.
5. A Seleção Brasileira
O ano de 1974 marcou a ascensão de Zico aos profissionais do Flamengo, já como titular.
O mancebo jogou tanta bola que recebeu o prêmio mais importante do futebol brasileiro, a Bola de Ouro, da Revista Placar.
Dois anos depois, em 1976, debutaria na Seleção Brasileira, em jogo contra o Uruguai, em Montevidéu, no qual marcaria um gol de falta.
Pouco depois, conquistaria o Torneio Bicentenário dos Estados Unidos.
Jogou na Seleção Brasileira até 1986 – foram 10 anos, portanto – tendo participado de escretes marcantes, como o que disputou a Copa do Mundo da Argentina, em 1978, a Copa do Mundo da Espanha, em 1982, e a Copa do Mundo do México, em 1986.
6. A Era de Ouro
Entre 1978 e 1983, o Flamengo – liderado por Zico – ganhou títulos em profusão, de todos os jeitos, de todos os modos, de todas as maneiras.
Foram nada menos do que quatro Campeonatos Estaduais (1978, 1979, 1979 especial, 1981), três Campeonatos Brasileiros (1980, 1982, 1983), uma Copa Libertadores da América (1981) e um Mundial de Clubes (1981).
Era uma época em que o time do Flamengo era uma verdadeira Seleção Brasileira – talvez, até melhor que a própria seleção, por ter mais conjunto e ter boa estrutura tática.
Zico era o craque do time.
7. Na Itália
Em meados de 1983, Zico é vendido para a italiana Udinese, por astronômicos (para a época) quatro milhões de dólares.
Zico não queria ir, mas era a oportunidade que o Flamengo tinha de fazer dinheiro com ele, pois teria passe livre ao final de seu contrato.
Na primeira temporada na Itália, Zico foi a sensação: gols atrás de gols, foi vice-artilheiro (perdeu para Platini, que fez mais jogos que Zico), passes, lançamentos, cobranças de faltas, cobranças de pênaltis.
Na segunda temporada na Itália, Zico, o “Galinho de Quintino”, não foi tão bem, teve problemas físicos.
Era hora de voltar para casa.
8. De Volta
A volta de Zico ao Brasil foi comemorada em prosa e verso pela torcida rubro negra.
O ídolo à casa retornava.
Só que, infelizmente, a alegria durou muito pouco!
Depois de Zico ter disputado poucos jogos, veio a partida contra o Bangu.
E, aí, um troglodita chamado Márcio Nunes acertou o joelho de Zico!
Quanta dor, quanto sofrimento!
Foram meses de tratamento para voltar a jogar.
9. Campeão Novamente
Após a Copa do Mundo de 1986, no México, Zico operou o joelho machucado e, em 1987, voltou a jogar – com algumas restrições, mas ainda em alto nível.
Assim é que se tornou decisivo para o título da Copa União, ainda em 1987, quando o Flamengo tinha um timaço que encantou o Brasil jogando uma bola que era de se admirar.
Esse foi o título derradeiro da carreira de Zico no Brasil.
10. A Despedida no Brasil
Os anos de 1988 e de 1989 foram sem título no Flamengo e, então, Zico decidiu que era chegada a hora de parar.
Uma festa linda, em um Maracanã com mais de 120000 pessoas, jogadores de nível internacional, luzes encantadoras, algo ao nível do “Galinho de Quintino”.
Mal se sabia que a história não acabaria ali…
11. No Japão
Em 1990, 1991, e 1992, Zico foi Secretário de Esportes do Governo Federal.
Depois disso, aceitou ou convite do clube japonês Sumitomo (Kashima Antlers) para voltar a jogar e popularizar o futebol no Japão.
Foi isso que fez, fazendo que o futebol se tornasse um esporte popular no Japão.
Lá, ele fez o gol que muitos consideram o mais belo de sua carreira, o “gol escorpião”, em que ele faz o movimento de um gol de bicicleta, só que com o calcanhar.
No Japão, também teve direito a uma despedida de gala, com direito a um boneco seu em tamanho gigante.
12. Depois do Jogador de Futebol
Embora tenha relutado a princípio, tornou-se técnico de futebol, tendo treinado diversos clubes e seleções.
Ensaiou, também, uma candidatura a presidente da FIFA.
Ao momento, é Gestor de Futebol do Cashima Antlers.
Tem, também, o seu próprio clube de futebol, o CFZ.
13. O Legado
Quando se pensa em Zico, se pensa em profissionalismo, se pensa em dedicação, se pensa em trabalho, se pensa em superação, se pensa vitória!