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FORÇA FEMININA

por Wendell Pivetta


Em Tupanciretã muitas conquistas esportivas ainda estão por vir. O município do interior do Estado do Rio Grande do Sul ainda está em evolução, e construindo campeões.

Em tempos áureos, o título de maior expressão do futebol local é a conquista da segunda divisão do Gauchão realizada pelo GEPO, nos anos 80.

No domingo, 20 de fevereiro, a equipe do SPORT F.C entrou para a história, se tornando o primeiro time a ser sede de uma competição Estadual na categoria feminina. Sim, apenas em 2022 o município conseguiu este mérito, e com uma equipe determinada a almejar o topo.

O SPORT F.C tem se tornado cada vez mais exemplo de garra e conquistas, batalhando por um espaço ainda pequeno dentro da cidade, mas unindo a família, o time está muito bem estruturado. Prova disso, a classificação da equipe na Copa de Verão Nedel organizada pela Liga Sul Rio Grandense de Futsal.

No domingo, a equipe enfrentou durante o dia, a primeira etapa da competição, envolvendo os times Industrial da cidade de Palmitinho, o Barcelona e o Bonekas F.F de Júlio de Castilhos. As gurias tupanciretanenses se classificaram em segundo, e jogam a segunda etapa da competição em São Luís Gonzaga, município com mais de 3 horas de distância.

E prova da união desta família, e dedicação tática de muito treino destas gurias, que muitas vezes treinavam a meia noite no Ginásio Municipal, foi o registro fotográfico que realizei no embate final da chave, quando o SPORT F.C precisava vencer o Bonekas F.F para garantir o acesso.

Em um jogo eletrizante, mas de goleada, a equipe de Tupanciretã batalhou, e superou suas adversárias com um belo futsal. E em um lance especial, trouxe o esplendor do dia. O time estava vencendo, porém acabava de tomar um gol, e às adversárias estavam apelando diretamente para a agressividade. Muitas faltas sendo cometidas, arbitragem com o pulso leve, e em um lance para expulsão, a ala do SPORT F.C escapa pelo setor direito, chega frente ao gol, e é parada com um carrinho de uma atleta, e por cima, um cotovelo da outra adversária. Prensada e afetada pela agressão, a jogadora não conseguiu seguir em quadra diante de tamanha dor em sua perna.


A substituição aconteceu naturalmente. Tensão e nervosismo, um clima de briga estava se instaurando na partida, então o técnico foi ágil: “Ei, gurias, elas estão só batendo. Façamos o seguinte, se soltem, troquem passes, façam 2-1 e deixem elas correrem atrás da bola, vamos cansar elas”.

Sábia dica para o atendimento rápido do time. A cobrança da falta, o 2-1 realizado e na esquina direita da área, um chute raivoso, forte, feroz, ultrapassa a linha defensiva adversária para a euforia dos torcedores do Ginásio Municipal. A atleta foi ao alambrado, vibrou, celebrou, abraçou.

Muita emoção tomou conta de um jogo, para terminar SPORT F.C 5×1 Bonekas F.F. Tupanciretã classificada, e a representação de um belo futsal com determinação, garra, dedicação e emoção pura da magia do futebol raíz, do alambrado ainda vivo.

FUTEBOL CARDS, UMA ONDA IRRESISTÍVEL

por Paulo-Roberto Andel


Entre 1978 e 1981, a garotada que curtia futebol foi tomada por uma verdadeira febre que até hoje repercute no mundo adulto: a coleção de cartões Futebol Cards.

O lançamento veio na estreia da Copa da Argentina e logo mobilizou uma multidão. Pela primeira vez, o futebol não era lançado em figurinhas para um álbum, mas em cartões de papelão de ótima qualidade – mais de 40 anos depois, colecionadores ostentam peças impecáveis.

Cada cartão vinha com a foto do jogador vestido com a camisa do clube e, em seu verso, uma pequena ficha de apresentação com dados pessoais, gostos e trajetória na carreira. A venda era em pacotinhos com três cartões e o chiclete Ping Pong, também chamado de Magrão pelo seu formato retangular finíssimo. Bem, o chiclete não era grande coisa (…), mas o fato é que a garotada invadia as bancas de jornal – que, acredite, vendiam jornais naquele tempo – com suas moedas para a arrebatar os pacotes. Num mundo sem internet, o Futebol Cards era uma das raras oportunidades de se conhecer um pouco mais os ídolos.

Como em toda coleção, Futebol Cards tinha os cartões mais populares, que acumulavam repetições e eram usados em trocas, enquanto os mais raros eram disputados a tapa. Todo mundo tinha um Fred do Botafogo, zagueiro e irmão de Paulo Cezar Caju. Abel, o Abelão, hoje treinador consagrado, era um símbolo permanente do Vasco nos pacotinhos. Pelo Fluminense, o cartão popular era do multitarefa Rubens Galaxe. Do Flamengo, Rondinelli. E das equipes de outros estados? Quem não teve vários Iúra do Grêmio, Victor do Santos, Odirlei da Ponte Preta e o cracaço Zé Carlos do Guarani?

Num primeiro momento, a coleção se limitava aos grandes clubes, mas rapidamente abrigou equipes expressivas de outros estados e, numa segunda etapa, algumas equipes de menor investimento. Um caso típico foi a simpática Caldense de Minas Gerais, que ganhou projeção nacional com a coleção. Já incensado pela bela campanha em 1977 e o grandioso Estádio Santa Cruz, o Botafogo de Ribeirão Preto também teve grande visibilidade graças à coleção, que incluía nomes como os de João Carlos Motoca, o do goleiro Aguilera e do veteraníssimo Zito.


Alguns cartões ficaram muito valorizados por erros de edição. Por exemplo, no Guarani, os cartões dos pontas Capitão e Bozó, campeões brasileiros de 1978, saíram trocados. Em outras situações, os jogadores que mudaram de clube possuem cartões diferentes. É o caso de Nunes, que tem dois cartões quando jogava pelo Fluminense (um de camisa branca e o outro com uma camisa tricolor estranhíssima) e depois um pelo Flamengo, com a camisa rubro-negra. Também é o caso do xerife Moisés, com cartões pelos dois clubes. No Grêmio, o goleiro Remi não tirou a foto com a camisa da posição, mas sim a do time.

A Futebol Cards também lançou a série Grandes Jogos, registrando partidas importantes dos anos 1970, com fotos maravilhosas. Clássicos como Atlético e Cruzeiro, Fla x Flu e o incrível Fluminense x Corinthians de 1976 estão na lista.

Mais de quarenta anos depois, a coleção mexe com os torcedores cinquentões. Negociações na internet alimentam o sonho de se conseguir um cartão que faltou à época. Lá estão muitos e muitos nomes que ajudaram a escrever a história cotidiana do futebol brasileiro. Que tal o Helinho do Vasco? Ou o trio Vanderlei, Marco Aurélio e Dicá da Ponte Preta? Juari e Nilton Batata no Santos. Zé Carlos, Renato e Zenon no Guarani. Marinho, Jair Gonçalves e Pires no Palmeiras. Você sabia que Ancheta, zagueiro símbolo do Grêmio, depois virou cantor na noite de Porto Alegre?

Ah, o meu time com Wendell e Renato, Gilson Gênio e Zezé, Pintinho e Cleber, que saudade!

@pauloandel

AS CICATRIZES DE UMA PAIXÃO

por Zé Roberto Padilha


Nem sei o que faria sem essa válvula de escape em que, quase diariamente, registro as lembranças de dezessete anos como jogador de futebol. O jornalismo, em que fui buscar ferramentas para descrevê-las melhor, tem me ajudado bastante.

Conto as passagens vividas, sofridas ou vencidas, tem empates também na loteria. E logo existo.

Mas penso nos meus amigos que ralaram ao meu lado. De como estão se defendendo sem uma caneta nas mãos. Como o Paulo Sérgio (foto), esse excepcional goleiro, pelo Té, símbolo maior de Santo Antônio de Pádua, do Marco Aurélio, o dono de Muriaé, do Rubens Galaxe, que está no Detran mas que merecia era dar nome a Sala de Troféus do clube em que se entregou de corpo e alma: o Fluminense FC.

Como tantos, viveram intensamente o mundo da bola e ele, por ser a paixão maior do nosso país, não tem respeitado, ou aposentado com dignidade, os que viveram debaixo da emoção única que o cerca.

Ao contrário das demais profissões, não há um só dia de trabalho em que você não esteja sendo observado. Cobrado nos treinos, por alguns, nos jogos, por uma multidão. Durante a semana é o chefe e seu auxiliar técnico quem berra contigo. E, no final, são os torcedores.

No nosso tempo, segunda-feira vinha a nota de sua atuação. Não no mural da escola, no quadro de funcionários do mês, mas nas bancas no Jornal dos Sports. Um dia a Robertinha, minha filha, comentou: “Nota quatro, pai!” Nossos feitos, bem ou mal feitos, eram de domínio público.

Em Campos, onde atuei por três anos, dois no Americano e um no Goytacaz, tinha um caixa no banco que não podia me ver. Como não tinha Pix, ou mesmo Caixa Eletrônico, antes de me pagar o salário, exclamava, ao vivo, para todo mundo escutar: “Puxa, Zé Roberto, que vexame, hem!”.

Ele queria que ganhássemos do Flamengo. Em 1982.

Não são apenas dezessete anos que o INSS deveria levar em conta ao nos aposentar. Recebemos o triplo de pressão, pancadas e contusões que deveriam computar. No corpo e na alma.

Por na conta duas décadas sem o sábado, passados em uma concentração, sem horas extras computadas. Duas décadas atuando no domingo, sem a paga dobrada, tendo apenas a segunda-feira, de clubes fechados, boates, discotecas e teatros sob manutenção, para o lazer. Seu e dos seus filhos que estarão no colégio.

Só lhes restou a praia. E quando você mergulha, uma voz, que gritou o seu nome na véspera, não o reconhece sem o pavilhão para o qual lutou por noventa minutos. E comenta, dentro de um Copacabana-Irajá, via Jóquei: “Mas como tem vagabundo neste Rio de Janeiro!”

Alguns são lembrados na televisão. “E aí, Maestro!”. “O que achou do River Plate, nosso Tetra?”. “E a atuação do Palmeiras, Animal!”.

Mas são exceções. A maioria está se virando em outro ofício diferente do talento herdado. Do dom tão cobiçado que os levou, um dia, a serem ídolos de alguém.

Hoje, são reféns do ostracismo, alguns com retratinhos no bolso tentando provar, pelos barzinhos que perambulam, os heróis que foram um dia.

Sendo assim, em nome de todos aqueles que são, hoje, esnobados pela indiferença dos que um dia subiram as rampas, dos maiores e menores estádios do país, para gritarem seu nome e pedirem garra para reforçarem a sua, os meus respeitos.

Vou continuar aqui nos defendendo, contando nossos casos. Quem sabe um dia levem nossas histórias a sério? E nos aposentem pelo tempo que merecemos, mesmo que tenhamos que esperar pelo dia em que vivermos em um país sério.

MAIS UMA POLÊMICA DA FIFA: AUMENTO NO MUNDIAL DE CLUBES

por André Luiz Pereira Nunes


A entidade máxima que rege o futebol no mundo anunciou um novo formato para o Mundial de Clubes. Terá 24 integrantes, incluindo oito europeus e seis sul-americanos. A competição, em vez de anual, seria disputada a cada 4 anos.

“Estamos focando a competição do Mundial de Clubes, por exemplo, para ter não apenas um representante de cada confederação. Porém, mais participantes, pois precisamos estimular o futebol no mundo inteiro”, declarou o presidente da FIFA, Gianni Infantino, no Catar, país onde se realizou a última edição cujo vencedor foi o Chelsea.

O alcaide, ao que parece, possui um estranho fetiche. É da mesma autoria, por exemplo, a ideia já aprovada de aumento, a partir de 2026, do número de integrantes da Copa do Mundo: de 32 para 48 seleções.

Na primeira fase ocorrerá a divisão em 16 grupos de três. As duas melhores de cada chave avançam ao mata-mata. As 32, então, se tornam 16, que se enfrentam nas oitavas de final e assim por diante.

Pela nova composição, a América do Sul passaria de quatro vagas diretas para seis, beneficiando, desse modo, selecionados que costumam suar muito para se classificar, caso, por exemplo, de Uruguai e Paraguai. O pródigo sistema ainda abriria a sétima possibilidade de uma última vaga na repescagem intercontinental, quem sabe, beneficiando as fracas Venezuela ou Bolívia.

Infelizmente o esporte bretão se transformou mesmo em um balcão de negócios e isso não é de agora. Tais situações remetem ao triste período da ditadura brasileira em que o chavão “Onde a Arena vai mal, um time no Nacional” era repetido ironicamente nas ruas. Para quem não sabe, dos 20 times originais do Campeonato Brasileiro de 1971, a cifra alcançou exorbitantes 94, em 1979, em um processo de ampliação incrementado a partir da chegada do Almirante-dirigente Heleno Nunes ao comando da Confederação Brasileira de Desportos (CBD). Afinal, durante o período ditatorial, a ARENA (Aliança Renovadora Nacional), partido governista, tinha no futebol um forte instrumento de promoção e fortalecimento do regime.

Contudo, se há algo de que não se pode acusar o presidente da Fifa, é o de estelionato eleitoral. O suíço-italiano foi eleito com uma promessa de campanha: inchar a Copa do Mundo. Levou menos de um ano para concretizar seu plano. E de quebra, ainda fará o mesmo com o Mundial de Clubes.

SELEÇÃO AQUI

por Rubens Lemos


A última preocupação de um moleque de 16 anos incompletos, alucinado por futebol, é financeira. Suficiente a grana do ingresso, que a minha avó subsidiava, de coração imenso e sorriso de coração, ao fazer feliz o neto inquieto e respirando campeonatos, craques e clássicos.

Em 1986, o ano foi movimentado. Em plena marcha a campanha para governador do Estado, que o oposicionista Geraldo Melo venceu, derrotando o professor João Faustino, por torturantes 14 mil votos.

Acompanhava o que traz o parágrafo acima, os telejornais, vivia paixões platônicas. Preferia o silêncio à probabilidade de um fora. Era magérrimo, o que para mim significava defeito fatal. Dedicava-me ao futebol com avidez, estudos e prognósticos petulantes.

Telê Santana convocava 29 jogadores para escolher 22 à Copa do México. Já não era o Telê de quatro anos antes, resoluto e militante do futebol-arte. Tornara-se ranzinza, seu mau humor, descontava nos jornalistas e, enfim, não conseguiu formar um time.

Peças lamentáveis como Dida do Coritiba, Mozer do Flamengo (craque no time, medroso de amarelo), Elzo, volante do Atlético (MG) Alemão do Botafogo o piadista Edivaldo, também do Galo e o intragável Casagrande do Corinthians, levado por influência do cansado Sócrates, eram sinais de que perderíamos.

No bolo, entediados, Sócrates, Oscar, Falcão, Leandro(que mandou a Copa à Pqp na hora do embarque) e os cortados por contusão, Cerezo (sempre tremendo) e o inexplicável Dirceuzinho aos 36 anos. Na vaga que seria do espetacular Mário Sérgio.

Zico, exemplar no sacrifício. Um ano antes, o perverso zagueiro Márcio Nunes do Bangu esfarelara seu joelho. Zico persistiu e conseguiu ir ao Mundial depois de golaços nos amistosos e da resistência dos predestinados.

Os 22 finais de Telê foram decepcionantes. Detesto Renato Gaúcho e a sua grosseria crônica, mas estava no auge e não poderia ter ficado fora. Jogamos com o seguinte meio-campo: Elzo, Alemão, Júnior e Sócrates. Ou seja, não critiquem Lazaroni e Parreira. Telê, a sumidade ofensiva, inaugurou o volantismo.

Em Natal, campeonato local paralisado, marcaram para 22 de junho um amistoso Vasco x Flamengo no Castelão. A rivalidade acentuada. Vasco campeão da Taça Guanabara e Flamengo líder da Taça Rio, o segundo turno.

Meu pensamento, minha vontade, minhas orações seriam para assistir ao maior clássico brasileiro (àquela época). Mais uma vez, minha avó garantiu o ingresso, tirando poucas cédulas da bolsa humilde de aposentada estadual.

No peito, a alegria de ver, ao vivo, da arquibancada, meu maior ídolo cruzmaltino, o Pequeno Príncipe Geovani, meia-armador literato, preterido pela rabugice de Telê Santana. Melhor para mim. Com ele, Mauricinho, Roberto Dinamite e Romário, trio atacante digno de seleção mundial. Roberto merecia vaga na Copa.

A Copa do Mundo afunilou e, no dia 21 de junho, sábado, o Brasil pegou a França de Tiganá, Giresse e Platini, setor de criação de cientistas da bola. E nós com Elzo e Alemão. Careca jogando muita bola, por uns três ou quatro colegas, abriu 1×0. Platini empatou.

Zico entrou, meteu de curva feiticeira para Branco ser derrubado pelo goleiro Bats. Zico bate e Bats defende. Perdemos nos pênaltis e novo luto, imerecido pelas lambanças de Telê Santana.

E o Vasco x Flamengo? Me desesperei ante a hipótese de cancelamento. Confirmado. Meu primo Cláudio França , o mais doce flamenguista, falecido vinte anos depois do coração que nele era imenso, me levou. Castelão com ar assombroso de cemitério.

Os dois times entram. Para fazer uma das maiores exibições do estádio. Escolhido melhor em campo pela Rádio Cabugi e o Diário de Natal, Geovani sentou o futuro tetracampeão Jorginho em drible de corpo frente à torcida do Alecrim. Enfileirou Zinho, Andrade e Alcindo em minha homenagem, diante do Frasqueirão. Bebeto fez golaço de falta.

O Vasco empatou com Mauricinho e virou com Dinamite:2×1. Só 3.840 felizardos na plateia. Fiquei parado, olhando aqueles toques diferentes, categóricos e a pensar. Juntando Vasco e Flamengo, teríamos ido mais longe.

Máxima reverência a uma seleção com Paulo Sérgio(reserva em 1982 e no Vasco); Jorginho,Donato, Aldair, e Mazinho; Andrade, Adílio e Geovani; Bebeto, Roberto Dinamite e Romário(que passou o jogo entediado). Escolheria os 11 acima(e Zico), que não sofriam do pânico do escrete de Telê.

PS. Vasco 2×1 Flamengo – 22/06/1986 – Estádio Castelão (Machadão). Vasco: Paulo Sérgio; Paulo Roberto, Donato, Fernando e Heitor; Morôni, Mazinho e Geovani; Mauricinho, Roberto e Romário. Flamengo: Zé Carlos; Jorginho, Guto, Aldair e Adalberto; Andrade, Aílton e Adílio (Valtinho); Bebeto, Vinícius (Alcindo) e Zinho.