O GRÊMIO DE TODOS OS TEMPOS
por Luis Filipe Chateaubriand
No gol, a personalidade forte de Danrlei.
Na ala direita, a perfeição dos cruzamentos de Arce.
Como zagueiro de área, o colossal Hugo De Leon.
Como líbero, o mítico Aírton Pavilhão.
Como quarto zagueiro, o excelente Pedro Geromel.
Na ala esquerda, a serenidade de Roger.
Como primeiro volante, a aplicação de Émerson.
Como segundo volante, o talento de Arthur.
Como ponta de lança, o gênio Ronaldinho Gaúcho.
No ataque, a explosão de Renato Gaúcho.
Como centroavante, o oportunismo de Jardel.
Danrlei; Arce, De Leon, Aírton Pavilhão, Geromel e Roger; Émerson, Arthur e Ronaldinho Gaúcho; Renato Gaúcho e Jardel.
E aí?
Vai encarar?
INSTITUTO VINI JR. AMPLIA ATUAÇÃO NA REDE PÚBLICA DE SÃO GONÇALO COM A INAUGURAÇÃO DE NOVO CT BASE
Centro de Tecnologias Educacionais é inaugurado em parceria com a Partage Shoppings Centers e beneficia escola cujo indicador socioeconômico é “médio-baixo”
Os 290 alunos da Escola Municipal Visconde de Sepetiba, em Nova Cidade, São Gonçalo (RJ), ganharam mais um incentivo para os dias na escola: o Centro de Tecnologias Educacionais Base foi inaugurado nesta terça-feira (04). O CT, assinado pelo Instituto Vini Jr., foi viabilizado pelo aporte da Partage Shoppings Centers, através da BrazilFoundation.
“É possível aprender de uma forma diferente, em uma sala divertida, com chão de grama e o usando o Aplicativo. É isso que nós queremos: conectar a escola aos interesses dos alunos, apoiando as professoras nesse processo”, explicou Victor Ladeira, diretor executivo do Instituto.
“Temos como missão transformar positivamente as regiões onde atuamos. São parte desta transformação nossos esforços em contribuir com projetos com foco em educação, pois é nossa crença que só através da educação vamos conseguir evoluir como sociedade justa”, afirmou Pupo Neto, Diretor de Marketing do Partage Shopping Centers.
“As crianças da rede pública vivem a expectativa de conhecer e aproveitar esse espaço. O CT ajuda muito no desenvolvimento e aprendizagem dos alunos, pois já ouvimos relatos sobre essa experiência. Estamos muito felizes e nos colocamos à disposição para ampliar essa iniciativa”, comentou Maurício Nascimento, secretário de educação de São Gonçalo.
A sala recebeu obras de infraestrutura, com uma decoração totalmente inspirada no ambiente do futebol, e equipamentos tecnológicos, como smartphones, tablets, TV e notebook. O CT também conta com uma programação focada na capacitação docente, com palestras, oficinas e trilha formativa.
O projeto também prevê o uso e licença do Aplicativo Base, um software educacional desenvolvido pelo Instituto Vini Jr., totalmente referenciado pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC).
“Estou muito emocionada e feliz em nome de toda a comunidade escolar, pois é animador ver que tem pessoas realmente comprometidas com a escola pública. Essa é a mudança que podemos, de fato, fazer na sociedade”, disse Ana Paula Soares, diretora da escola.
A escola contemplada apresenta um indicador “médio-baixo”, segundo a QEdu, e usará a nova sala como ferramenta de auxílio no processo ensino-aprendizagem. O indicador leva em consideração as características dos indivíduos em relação à sua renda, ocupação e escolaridade, permitindo fazer análises de classes de indivíduos semelhantes em relação a estas características.
O projeto arquitetônico e a coordenação da obra levam a assinatura da Cité Arquitetura, com parcerias estratégicas importantes, como a FK Grupo, Fournier Construções e Gerenciamento, Só Tintas e Força Carioca.
Sobre o Instituto
O Instituto Vini Jr. desenvolve colaborativamente com organizações da sociedade civil e profissionais de educação inovações nos processos de ensino-aprendizagem que atendem a diferentes realidades escolares, territoriais e geracionais, oportunizando o suporte aos educadores das redes públicas de ensino, a integração das famílias nos processos educativos e a valorização das potências e interesses das novas gerações.
Sobre o Grupo Partage
O Grupo Partage tem 25 anos de história. Desenvolve e administra 14 edifícios comerciais Triple A em São Paulo e 14 Shoppings Centers por todo o Brasil. Em atuação em todas as cinco regiões brasileiras, o Grupo tem a missão de transformar a realidade socioeconômica das cidades onde está presente, com participação ativa no desenvolvimento regional. O Grupo Partage detém 450 mil m² em ABL (Área Bruta Locável) e cresce como um dos principais administradores de Shoppings Centers pelo Brasil gerando, direta ou indiretamente, mais de 10 mil empregos.
CASTORE
por Idel Halfen
Que marca esportiva é aquela que veste o Aston Villa? E a do Sevilla?
Tal pergunta poderia ter como foco alguns outros times de futebol, cricket, rugby, equipe de Fórmula 1 e até tenista.
Estamos falando da Castore, uma empresa britânica fundada em 2015, mas que já marca presença no mercado esportivo e nos inspira a discorrer sobre duas situações interessantes no âmbito de gestão.
A primeira diz respeito ao seu surgimento, que teve como motivação a insatisfação dos dois irmãos fundadores – ambos ex-atletas – com a qualidade dos produtos esportivos existentes no mercado.
Esse tipo de situação é bastante usual quando falamos de empreendedorismo, onde grande parte dos negócios é criada a partir de necessidades identificadas por pessoas que habitam dado mercado.
Poderíamos até estender esse raciocínio para o lançamento de produtos por empresas já estabelecidas, mas nesse caso há uma série de processos que conferem maior complexidade e, claro, assertividade aos novos desenvolvimentos.
Contudo, no caso da Castore, o cenário é um pouco diferente, já que passou a participar de um mercado dominado por marcas globais como Adidas, Nike e Puma, além de várias outras com boas presenças regionais.
Aqui passamos para o segundo ponto da nossa análise: o trabalho de posicionamento, o qual é fundamental para que as marcas possam se destacar e assumir uma posição de liderança em algum atributo na mente do potencial consumidor.
A Castore, fruto inclusive da motivação de sua fundação, opta por se colocar como uma marca de altíssima qualidade, o que, apesar de tangível, guarda aspectos subjetivos, principalmente em um mercado onde os concorrentes investem fortemente em inovação.
Ainda que os produtos sejam realmente de excelente qualidade, esse tipo de percepção não é das mais fáceis, o que faz com que a Castore invista fortemente no patrocínio/fornecimento de equipes e esportistas como forma de associar performance à qualidade. Todavia, a concorrência já segue esse caminho em diversas modalidades esportivas, o que cria mais obstáculos para a marca inglesa.
É cedo para criticar a opção de posicionamento da marca inglesa, até porque fatores como precificação e distribuição têm forte influência, porém, é preciso registrar que costuma ser bastante arriscado transformar uma suposta vantagem competitiva em um posicionamento, principalmente quando este é também almejado por marcas mais tradicionais e com maior capacidade de investimento.
E OS TÉCNICOS NEGROS?
por Elso Venâncio, o repórter Elso
Mais da metade da população brasileira – estima-se 56% – é negra ou parda. Pergunto: onde estão os técnicos negros no nosso futebol?
Lembrando apenas dois nomes, Gentil Cardoso e Waldir Pereira, o Didi, começo pelo primeiro. Gentil, ‘O Velho Marinheiro’, lamentava com pesar:
“Só não dirigi a seleção por causa da cor.”
Vitorioso, Gentil Cardoso trabalhou em vários clubes, dentre eles os quatro grandes do Rio, além do Corinthians. No Botafogo, aprovou em minutos a contratação de Garrincha:
“Estou sonhando?”
O único brasileiro negro a dirigir uma seleção em Copas do Mundo foi Didi. Em 1970, ele comandou o Peru, de Chumpitaz, ‘Perico’ León e Cubillas. Os peruanos eliminaram os argentinos em plena Bombonera, deixando-os fora do Mundial do México. Didi era sempre cotado para reger fora de campo a seleção brasileira, porém nunca chegou lá.
21 de março é celebrado como o ‘Dia Internacional Contra a Discriminação Racial’. Nessa data, esse ano, fui à Academia Brasileira de Letras, a ABL, presenciar uma palestra do tricampeão do mundo Paulo Cézar Caju:
“A delegação do Botafogo foi jantar em Bagé, no Rio Grande Sul, e na porta do restaurante lemos a frase: ‘Proibido Negros’” – a certa altura ele disse, dando um choque de realidade na plateia.
“Por que Andrade, campeão brasileiro com o Flamengo, Jayme de Almeida, Cristóvão, Roger e tantos outros estão fora do mercado?” – o craque indagou, noutro momento de reflexão.
“Passeava na Sunset Boulevard, em Los Angeles, em um carro conversível, com Jairzinho ao lado, quando vimos um movimento ‘Black Power’. Eram jovens de cabelos pintados. Descemos e, no primeiro salão, fizemos o penteado que acabou virando febre no Brasil. Por conta dele, os paulistas me apelidaram de Caju. Não gosto! Sou Paulo Cézar Lima”.
“Fiquem longe das drogas”, por fim ele aconselhou. “Estou curado há 25 anos. Morreria com 48 e tenho hoje 73 anos!”
‘Monsieur Paul Cézar’, como era chamado no país da Torre Eiffel, abriu o mercado francês para os brasileiros ao se transferir do Flamengo para o Olympique de Marseille logo após a Copa de 1974, disputada na Alemanha. Mesmo ignorado pela CBF no ‘Seminário Contra o Racismo’, não há dúvidas de que, no futebol, ninguém combate esse inconcebível preconceito como ele.
O MAU EXEMPLO
::::::: por Paulo Cézar Caju :::::::::
Diferente dos demais finais de semana, no último não consegui acompanhar os jogos pois fui prestigiar a 25ª edição da feijoada do meu amigo Cacau Menezes, em Santa Catarina. Soube que o Flamengo venceu o Fluminense por 2 a 0, mas me disseram que o tricolor começou bem melhor e teve chances de abrir o placar no primeiro tempo. Apesar de ser uma boa vantagem, reafirmo que não tem nada definido e basta um golzinho no início do jogo para o Flu renovar as esperanças.
O que não me surpreendeu quando ouvi foi que Fernando Diniz foi expulso mais uma vez. Embora tenha sido formado em psicologia, o treinador vive tendo ataque de nervos na beira do campo e, inevitavelmente, esse nervosismo contagia de forma negativa a equipe. Gosto muito do trabalho dele, mas precisa aprimorar o lado psicológico para crescer ainda mais na carreira.
Ainda sobre o clássico, lamentável vir aqui falar sobre a morte de mais um torcedor. Dessa vez, um tricolor morreu baleado em um bar próximo ao Maracanã. Não posso afirmar que isso será a única solução, mas tenho certeza que proibir a birita no estádio e no entorno ajudaria e muito a diminuir esses casos. O que estão esperando?
Voltando a falar de bola rolando, assisti os melhores momentos da vitória do Água Santa contra o Palmeiras e o que mais me chamou a atenção foi Bruno Mezenga ter sido o destaque da partida. Lembram dele? Formado nas divisões de base do Flamengo, surgiu como grande promessa no início dos anos 2000, mas nunca se firmou. Rodou por Fortaleza, Macáe, São Caetano, Ferroviária, Goiás, alguns times do exterior e hoje é o capitão do Água Santa, tendo feito os dois gols que deram a vantagem para o jogo decisivo. O legal do futebol é que você sempre tem a oportunidade de dar a volta por cima e ele tem aproveitado! Fiquei feliz também com o gol do Endrick! O garoto estava em um longo jejum e sei bem o quanto isso afeta o psicológico de um atacante, ainda mais na adolescência.
Outro ponto positivo do fim de semana foi a goleada do Manchester City contra o Liverpool. Quem me acompanha sabe o quanto eu sou fã do futebol bonito, com tabelas, dribles, jogo coletivo e poucos transmitem isso tão bem quanto Guardiola. Viva o futebol arte! Ainda na Europa, o PSG perdeu em casa para o Lyon e a torcida voltou a vaiar o craque Messi. Coincidência ou não, o time francês ainda não se encontrou desde que Neymar se lesionou!
Pérolas da semana:
“Com um estilo de jogo fora da caixinha, o time concentra as jogadas na zona central do campo focado na inteligência artificial com o objetivo de se tornar competitivo e projetar assistências na última linha do primeiro terço do campo”.
“Para verticalizar as ações e encaixotar o adversário, as ligações diretas são desenvolvidas pelo jogador de beirinha para que o falso nove brigue pela segunda bola e chape na bochecha da rede”.