UMA COISA JOGADA COM MÚSICA – CAPÍTULO 7
por Eduardo Lamas Neiva
Mussum faz o público se divertir e é muito aplaudido por todos. Sai cumprimentando todo mundo, a começar por João Sem Medo, Ceguinho Torcedor, Sobrenatural de Almeida e Idiota da Objetividade.
E o papo volta a rolar como a bola num gramado perfeito, na mesa dos quatro amigos, para deleite da plateia presente ao Além da Imaginação.
João Sem Medo: – Aproveitando a presença do grande Mussum, foi também na década de 20 que a bola brasileira passou a ser tratada com mais malemolência, ginga e bailado, com a entrada de mais negros em campo. Eu sempre falei que a África era o futuro do futebol. Os primeiros negros envergaram a camisa do Bangu, do Andarahy, dos times de fábrica e comércio. Mas quem ganhou a fama foi o Vasco da Gama, clube que lutou muito para ser aceito entre os grandes do futebol carioca. Fluminense, Botafogo e Flamengo não admitiam de forma alguma que negro vestisse suas camisas. O Vasco, como representante do comércio de secos e molhados, que tinha contato permanente com o público em geral, não fazia restrição alguma e surgiu como potência já em 1923. Se o clube cruzmaltino fizesse algum tipo de discriminação levaria o comércio de seus dirigentes à ruína. O mesmo acontecia com o Bangu, da Fábrica Bangu, e o Andarahy, da Fábrica Confiança. Além do Sírio Libanês e os clubes suburbanos.
Sobrenatural de Almeida: – Mas João, isso não aconteceu só no Rio, certo?
João Sem Medo: – Não, claro que não. Em São Paulo, o Palmeiras, time dos italianos, resistia. Era Palestra Itália ainda. O Paulistano, do Jardim Paulista, preferiu fechar o departamento de futebol a ter de aceitar preto no time. No Sul, o Grêmio era intransigente. O Inter não, tanto que o símbolo do time é o saci pererê. O mascote colorado só surgiu na década de 40, mas carrega a história do time gaúcho representante das camadas populares desde a fundação, em 1909.
Ceguinho Torcedor: – Ah, mas você é gremista de origem, João.
João Sem Medo: – Fui, mas essa é uma outra história, vem de uma rivalidade com meu irmão, Aristides, este sim, torcedor colorado. Quando a gente ia jogar bola ele dizia logo que era Inter, então eu era Grêmio.
Ceguinho Torcedor: – Essa rivalidade entre Grêmio e Inter é talvez a mais feroz do país.
João Sem Medo: – Acredito que seja sim, Ceguinho.
Garçom: – Então vamos aproveitar pra chamar o Teixeirinha, torcedor colorado, pra cantar o “Desafio do Grenal”.
Teixeirinha vai ao palco, aplaudido pela plateia.
Teixeirinha: – Obrigado, minha gente. Mas só um esclarecimento, eu sou gremista de coração. Canto como colorado na música que vou apresentar aqui, mas sempre torci pro Grêmio. Bom, feito o esclarecimento, vou pedir permissão pra fazer o dueto com a gravação da minha grande amiga Mary Terezinha, que ainda vive muito bem e logicamente não tem permissão pra vir aqui pessoalmente. É o “Desafio do Grenal”!
Todos aplaudem.
Teixeirinha: – Peço desculpas pelo “macacada” na letra em referência aos colorados. Eram outros tempos quando fiz a música, não quis ofender. Ela foi gravada originalmente no meu disco “Dorme Angelita”, lançado em 1968.
Garçom: – Muito obrigado, Teixeirinha.
João Sem Medo retoma o tema, como quem arma um contra-ataque veloz.
João Sem Medo: – A discriminação contra os negros existia no futebol de outros estados também. No Paraná, o Atlético e o Coritiba não aceitavam. Em Minas, Atlético e América; na Bahia, o Baiano Tênis, que fez o mesmo que o Paulistano, abandonou o futebol pra não ter de aceitar negro no time. Lá, o Vitória, primeiro clube a ser fundado só por brasileiros, começou em 1899 como clube de críquete. Depois, com a revolta dos baianos por só poderem, no máximo, devolver a bola pros ingleses nas partidas daquele esporte chatíssimo, o Rubro-Negro de Salvador começou a jogar o futebol já nos primeiros anos do século vinte.
Ceguinho Torcedor: – Naquela época o futebol já era muito popular na Bahia. Os jogos recebiam grandes plateias, já ao som de bandas de música e fanfarras. Lá era permitido.
Alguém na plateia: – A Bahia sempre foi uma festa!
Riso geral.
João Sem Medo: – Nas décadas de 20 e 30 o grande astro baiano era o negro Popó, chamado de “O Craque do Povo” e “O Terrível”. Ele jogou no Ypiranga e no Botafogo da Bahia e foi o principal jogador da seleção baiana campeã brasileira em 34, acabando com a hegemonia de Rio de Janeiro e São Paulo. Teve como grande companheiro um soldado da PM conhecido como Dois Lados.
Sobrenatural de Almeida: – Dois Lados?
João Sem Medo: – É, ele ganhou o apelido por ser magro demais.
Sobrenatural de Almeida: – Ele só tinha dois lados. Assombroso.
Garçom: – Foi feito em 2D.hahaha
A plateia ri também.
Idiota da Objetividade: – Dois Lados foi o herói do título baiano de 1920. Ele fez os dois gols da vitória de 2 a 1 sobre o Fluminense de Salvador e na comemoração teve seu pé direito banhado em champanhe.
João Sem Medo: – Mas depois quase ficou na miséria. A sorte é que fizeram uma campanha para ajudá-lo e ele conseguiu viver dignamente depois.
Ceguinho Torcedor: – O Ypiranga era um time abençoado. Além de ter Dois Lados e Popó, era o time de coração da Irmã Dulce, que era apaixonada por futebol.
João Sem Medo: – E também do meu camarada Jorge Amado. O nome do meu livro “Subterrâneos do Futebol”, lançado originalmente no início dos anos 60, é uma homenagem ao “Subterrâneos da liberdade”. Depois relançaram com o título “Histórias do futebol”. Não gostei, mas isso é outra história. Falávamos do Ypiranga…
Idiota da Objetividade: – Irmã Dulce, falecida em 1992 aos 77 anos, fez inúmeras obras de caridade na Bahia, foi beatificada em 2011 e se tornou a primeira santa católica do Brasil, em 2019, canonizada pelo papa Francisco com o título de Santa Dulce dos Pobres.
João Sem Medo: – No livro “Bahia de Todos os Santos”, Jorge Amado descreve os feitos do Popó no seu Ypiranga do coração.Inclusive, em Salvador, no bairro Engenho Velho da Federação, tem uma rua chamada Apolinário Santana, seu nome verdadeiro, em homenagem a ele.
Garçom: – Já que o assunto é o grande Ypiranga de Salvador, vou pôr aqui no nosso aparelho de som, um dos hinos do clube, o mais popular, de autoria de Valter Queiróz.
Músico: – O Ypiranga tem outro hino, que é o oficial, de Milton Santarém e Walter Álvares. (clique aqui pra ouvir:
Ceguinho Torcedor: – Em 1923, o meu Fluminense foi enfrentar o Ypiranga na Bahia e levou de 5 a 4. As manchetes berraram: “Popó 5 a 4 no Tricolor”. Ele fez todos os gols do time baiano. Depois disso, durante um bom tempo, toda vez que algum jogador se destacava contra o meu clube era logo apelidado de Popó.
Músico: – Uma quadrinha junina naquela época cantava: “Chuta, chuta, Popó chuta/Chuta por favor/Mela, mela, mela, mela/Mela e lá vai gol”. Melar significava driblar.
João Sem Medo: – Ele infelizmente morreu na miséria, pedindo esmolas, no início da década de 50 em frente ao estádio da Fonte Nova, recém-inaugurado na época. O Ypiranga era conhecido como o Time do Povo porque aceitava negros no seu time, um deles era o Popó. O Ypiranga só perdeu esse status quando surgiu o Bahia, em 31. Naquele tempo a questão do amadorismo e do profissionalismo estava dividindo o futebol no país. E o Vitória, que privilegiava os esportes olímpicos, acabou vendo o futuro arquirrival crescer muito e conquistar muitos títulos baianos.
Idiota da Objetividade: – Este ano conquistou o seu 50º título estadual. Enquanto o Vitória tem 29.
João Sem Medo: – E o primeiro título do Bahia foi logo em 1931 e, com o tempo, se tornou o maior detentor de títulos do estado. Ganhou até a primeira Taça Brasil, em 59, numa final contra o grande Santos. Não é pouca coisa.
Ceguinho Torcedor: – Não mesmo.
Sobrenatural de Almeida: – Assombroso aquele título do Bahia. Assombroso. Hahaha
QUANDO É BOM CHORAR
por Rubens Lemos
Me telefona Alan Oliveira, o marqueteiro do ABC, um craque na comunicação esportiva, um menino que vi crescer no jornalismo e pular para a propaganda pelo talento. Queria o contato do maestro Danilo Menezes, o maior meia-armador da história do clube. Escrevi a biografia de Danilo, publicada em 2001.
Danilo me emociona. É complemento da ausência do meu pai. Tomamos muitas cervejas juntos relembrando vitórias épicas, do tempo em que eu, moleque esquelético, entrava em campo no Castelão (Machadão) de mascote, levado pela mão canhota de Danilo, um artista da bola.
Danilo Menezes me comove pela humildade exagerada, para quem já foi titular do Vasco (RJ) e da seleção do Uruguai. Danilo transporta e transmite em seus passos cadenciados, uma energia ressuscitadora. Me levanta da tristeza com sua força divina.
É Danilo Menezes o escolhido para a campanha de lançamento da camisa do ABC em braille, o alfabeto dos deficientes visuais. Danilo Menezes encontrou cinco alvinegros cegos. E iluminou cada um com sua força transcendental.
Experimente uma noite sem luz em casa. É terrível. Você sai tateando no escuro até encontrar uma lanterna ou vela salvadora. Os cegos ensinam pela força espiritual e a fé aos que se consideram perfeitos e se perdem nos defeitos de caráter e sensibilidade.
A nova camisa do ABC é emocionante. Lindo é o filme de 3 minutos e sete segundos criado por Alan Oliveira, ideólogo da criação inédita. Poucas vezes chorei tanto.
O ABC é assim. O ABC transborda o coração. O ABC é imenso, intenso e solidário. ABC que honra os deficientes visuais com a história construída, em parte fundamental, pela visão de lince na perna esquerda e a solidariedade do ídolo Danilo Menezes.
QUEM É O PATROCINADOR?
por Idel Halfen
Qual será a sensação do responsável pelo marketing de uma empresa ao constatar que ao investir no patrocínio máster de um clube de futebol a marca não irá aparecer na camisa do time em alguns jogos?
Antes que citem os Jogos Olímpicos, onde as marcas patrocinadoras do evento não podem ser expostas na arena, adianto que, no caso citado, outra marca estará exposta na camisa em referência.
Para piorar, as marcas substitutas são algumas vezes concorrentes das marcas originais.
O exercício provocado acima não é mera obra de ficção ou ocorre em algum país com pouca expressividade e maturidade na modalidade.
Estamos falando da Copa da França, torneio que acontece no país do mesmo nome nos moldes da Copa do Brasil, porém com a participação de equipes oriundas de territórios franceses ultramarinos.
Pelo fato de a competição ter em vigor um regulamento que data de 1917/1918, as equipes participantes são obrigadas a ostentar no seu uniforme os patrocinadores da competição, os quais são na atual edição: Betclic, uma marca do setor de apostas, o banco Crédit Agricole e a varejista Intermarché que aparece nas costas das camisas das equipes. Nenhuma partida tem um mesmo patrocinador entre os times, ou seja, um deles pode jogar hoje com Betclic contra um adversário com Crédit Agricole e na próxima partida estar com a marca do banco no espaço mais nobre da camisa.
Cientes que equipes como Clermont Foot e Montpellier são patrocinadas por empresas do setor financeiro e o Troyes por uma do setor de apostas, a cabeça do diretor de marketing desses patrocinadores deve ferver, além de ficar a prêmio, afinal a decisão de investir no esporte costuma não ter unanimidade dentro das corporações.
Se não bastasse a interferência em relação às marcas, o regulamento também intervém nas cores, pois, a partir de determinada fase só se pode jogar com branco, vermelho, azul, amarelo e verde. Caso o time não tenha camisa com essas cores, que é o caso do Toulouse, outro uniforme é confeccionado com as matizes permitidas.
Por mais que tais resoluções sejam de alguma forma interessantes para a Federação, visto assim valorizar as propriedades comerciais, elas são péssimas para os clubes que sofrem o efeito inverso.
O fato de algumas ligas como a NBA no basquete, a MLS no futebol ou mesmo a Superliga Chinesa, terem como fornecedor de material esportivo a mesma marca para todas as equipes, não enfraquece as críticas ao regulamento da Copa da França, afinal, a marca de material esportivo não descaracteriza os símbolos das equipes, além disso, ela não interfere em nenhum contrato prévio.
Responsabilizar os patrocinadores da citada competição não faz o menor sentido, tampouco acusá-los de praticar o ambush marketing, afinal pagaram por uma propriedade que estava disponível e lhes foram ofertadas.
Todavia, ainda que os benefícios do patrocínio não devam ficar restritos à exposição, é preciso refletir se um regulamento de 1917 não precisa ser atualizado levando em conta que o esporte passou a ser uma plataforma de marketing.
Vale lembrar que a Premier League, quando deixou de comercializar o title sponsor da competição, teve como uma das motivações não desvalorizar as propriedades de marketing dos clubes perante a eventuais patrocinadores que atuassem no mesmo ramo do proprietário do title sponsor.
O QUE A COPA DE 58 TEM A VER COM GUAYAQUIL?
por Gisa Macia, filha de Pepe, o Canhão da Vila
Com Guayaquil, nada. A maior cidade equatoriana, super populosa , tem um ilustre morador há mais de 50 anos. Chama-se Moacyr, é brasileiro e campeão mundial na Copa de 1958. Com o falecimento de nosso Rei Pelé; ele é um dos cinco campeões mundiais vivos daquela Copa. São eles: Dino Sani, Mazolla, Zagallo, Pepe (meu pai) e ele.
Moacyr Claudino Pinto nasceu em São Paulo, em 1936, mas foi no Rio de Janeiro que fez sua carreira de futebolista. Começou no juvenil do Flamengo, destacou-se como meia armador. Defendeu o clube carioca em 225 jogos e marcou 56 gols. Chegou a Seleção Brasileira, sendo reserva de Didi.
Jogou também com grande sucesso nos times do River Plate e Peñarol da Argentina e Barcelona de Guayaquil. Se apaixonou pela cidade equatoriana, constituiu família, foi treinador de futebol e reside lá desde 1964.
E eu, como amante do futebol e dos ídolos eternos, não poderia deixar passar esta oportunidade de conhecer o ex-jogador, que fez parte da primeira seleção campeã mundial e amigo do meu pai.
Antes, busquei com o meu pai uma lembrança para levar a ele. Meu pai escolheu um boné do SFC e fez uma dedicatória com carinho.
Com o contato dele em mãos e poucos dias em Guayaquil, tratei de mandar um WhatsApp. A minha ideia inicial era de visitá-lo junto com o meu marido Bruno em sua casa. Afinal, trata-se de um senhor de 86 anos. Mas ele, rapidamente, fez a vez de anfitrião dizendo que iria até nós. Bastou eu mencionar o nome do hotel para ele estabelecer:
“Amanhã por volta das 11 da manhã estarei aí”. Demonstrando saber aonde era, sem nem tomar nota do endereço.
Assim que chegou ao saguão de nosso hotel, aonde o esperávamos, desculpou-se pelo pequeno atraso e me contou que estava a uma hora e meia de Guayaquil na casa de sua filha. Sem demora, entreguei o boné com a dedicatória de meu pai. Ele, na mesma hora o colocou na cabeça. Sorridente e espirituoso, contava, com entusiasmo, alguns momentos que vivenciou na seleção e descreveu, como se fosse hoje, o momento que Garrincha, com um rádio que acabara de comprar nas mãos, resmungou:
“Não vou levar esse rádio que comprei! Só fala em sueco!”.
Fiquei impressionada com sua lucidez, não só pela memória do passado como, principalmente, por estar bem informado dos fatos atuais. Conversou sobre política, problemas vigentes da cidade… Deu risadas quando falamos do terremoto.
“É aqui, de vez em quando, a terra treme… Já estou acostumado”, embora confirmou que o tremor ocorrido no dia anterior tenha sido o mais forte dos últimos tempos.
Moacyr demonstrou ainda estar inteirado sobre a política no Brasil. E mais: veio ao nosso encontro sozinho!
Seguimos dali para um café próximo para mais conversa. Ele quis saber das novidades do meu pai e disse que quase morreu há 10 anos atrás, quando sofreu dois enfartes.
Foi muito agradável resgatar com ele memórias daquela seleção da qual meu pai fez parte também e conhecer um velho amigo.
Depois de cerca de duas horas, tivemos que nos despedir, pois ele precisava retornar a casa de sua filha e nós tínhamos um passeio a fazer. Mandamos lembranças a família e desejamos saúde, paz, prosperidade… Ele falou, as gargalhadas:
“A saúde eu deixo para vocês… o dinheiro pode ficar comigo!! ”
O JOGO DO ANO
por Zé Roberto Padilha
Esqueçam Barcelona x Real Madrid, Manchester City x Arsenal. O jogo do ano acontecerá no próximo sábado, dia 29/04, 16h30, entre Fortaleza x Fluminense.
As duas equipes que mais evoluíram no futebol brasileiro.
Não será apenas uma partida da terceira rodada do Campeonato Brasileiro. Será uma celebração aos bons tempos do nosso futebol.
Fernando Diniz e Juan Pablo Vojvoda conseguiram deixar do lado de fora a insegurança da profissão, que leva nossos treinadores a fecharem suas equipes lá atrás porque se perderem serão demitidos.
Não há tempo no futebol brasileiro para um trabalho a longo prazo. A não ser quando uma equipe, como a do Palmeiras, vive a colecionar bons resultados.
Os dois treinadores apostaram na arte de se jogar um futebol corajoso e agressivo.
Enquanto estados como Pernambuco, Bahia e Santa Catarina viram suas equipes perderem espaço, o Ceará tem se orgulhado de assistir seus representantes apresentarem um futebol de alto nível.
Não lutam mais por cair, estão disputando Sul-Americanas, Libertadores, um estado que, merecidamente, alcançou um estágio em outro patamar.
Já a Fluminense descobriu o Arias. Tudo bem, Ganso chegou ao auge, André não se fabrica mais e Marcelo veio carimbar o Selo Iso de time campeão. Mas o Arias…
Talvez Oliveira, lateral-direito tricolor dos anos 60, o inventor do “Chuveirinho”, que consagrou Flávio, o Minuano, tenha conseguido algo parecido. Mas ninguém faz um cruzamento “Mortal Kombat”, como o Arias.
Mesmo com o lateral fechando o ângulo, ele consegue realizar um venenoso cruzamento, que vai fazendo uma curva, tirando do goleiro e levando um recado: “Faz Cano!”. É impressionante como realiza tal fundamento.
Já colocaram na agenda? Depois me cobrem. O jogo do ano vem aí!