EM BUSCA DA CABEÇADA PERDIDA
texto: Marcelo Mendez | fotos e vídeo: Marcelo Ferreira | edição de vídeo: Daniel Planel
A história dessa entrevista começou no dia 05 de julho de 1982, aos 42 minutos de uma partida que começou ao meio dia no Brasil e que jamais acabará, pelo menos no coração de uma geração que por acaso é a minha.
Eram jogados 42 minutos do segundo tempo quando Éder bateu naquela bola do lado do campo e ela encontrou a cabeça de Oscar.
Resoluto, o dono da camisa 3 subiu, de olhos abertos, peito estufado e altivo, encheu a testa na bola e no pé da trave, Dino Zoff foi buscá-la. Foi o fim daquele jogo, daquele maldito 3×2 para a Itália. Começou ali o maior dos meus calvários, a minha maior desventura, em ver futebol e querer reencontrar aquele encanto que senti na Copa de 1982.
Sei que os tempos são outros.
O tempo passou e hoje não sou mais o menino que fui em 1982.
Me beijaram a boca algumas vezes, me fizeram poeta, me fiz Jornalista e entre tantas pautas, 35 anos depois daquela segunda-feira de 1982, fui até a casa de Oscar para bater um papo sobre sua carreira, sua vida, sua trajetória e claro, sobre 1982.
Hoje, seria fácil para mim se fosse apenas pra sofrer. Mas eu vi 1982…
Quem viu aquele time jogar sabe do que é a felicidade. Quem viu aquele time jogar, vai torcer pra sempre para a cabeçada de Oscar entrar, mesmo sabendo que isso não vai acontecer?
Não?
Bom… Assistam ao zagueirão em Museu da Pelada…
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