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OS RICOS RIVAIS

2 / setembro / 2024

por Elso Venâncio

A histórica frase “Estamos em outro patamar”, dita pelo atacante Bruno Henrique, do Flamengo, cabe também agora ao rival Botafogo. Há frases similares, como “temos dinheiro”, de John Textor, e “vamos pagar (o terreno do novo estádio) em cash”, de Rodolfo Landim.

As recentes contratações do Thiago Almada e Luiz Henrique, pelo Botafogo, e Carlos Alcaraz, pelo Flamengo, marcaram definitivamente uma nova era no futebol brasileiro. Inicialmente, voltavam os veteranos descartados da Europa. Eles chegavam jogando com ilusório destaque e recebendo altos valores, já que o valor do passe sempre é somado ao salário. 

Ao abrir os cofres, o Flamengo mudou o mercado com Arrascaeta, Gabigol, David Luiz, Filipe Luis, Gerson, De La Cruz… O Botafogo retrucou, já tendo investido mais de R$ 366,3 milhões desde a chegada do seu mandatário, Textor. Destaque para as contratações de jovens com poder de revenda, pagando parceladamente. Luiz Henrique, destaque do Campeonato Brasileiro, já está na Seleção Brasileira. 

Para ter o argentino Alcaraz, de 21 anos, o Flamengo desembolsou R$ 110,6 milhões. Desta forma, superou o valor pago pelo Botafogo para ter Luiz Henrique, que liderava a relação dos mais caros, com R$ R$ 106,6 milhões. Luiz Henrique e Alcaraz só ficam atrás do argentino Thiago Almada, de 23 anos, campeão mundial pelo seu país. Com os R$ 137,4 milhões investidos pelo Botafogo, Almada é o novo recordista do futebol brasileiro neste quesito. São jogadores com potencial para atuar em qualquer parte do planeta.

Olhando para o passado, podemos lembrar o caso de Romário, ídolo que retornou ao país por vontade própria. Após a conquista do tetracampeonato mundial pela Seleção Brasileira, em 1994, o Baixinho poderia continuar no Barcelona ou escolher outro grande clube europeu. Acabou sendo repatriado pelo Flamengo, que não estava estruturado para receber o maior jogador do mundo e, mesmo com a intensa compra-e-venda, não deu a ele um time que pudesse buscar títulos de grande expressão. Romário só treinava à tarde. Se o salário atrasasse, nem aparecia. 

Outro caso a ser citado é o de Rodrigo Fabri, emprestado pelo Real Madrid ao Flamengo com status de craque, em 1998. Chutava de qualquer distância. Não era de tentar tabelas e muito menos dar assistências. Eis que Rodrigo, de repente, saiu do time. Nem no banco ficava, até ser negociado.

Era um tempo de menos profissionalismo. Novamente sobre Romário, certa vez ele não concentrou, por estar contundido, mas apareceu no vestiário dizendo que ia jogar. E entrou em campo com incentivos de dirigentes, sob comentários como o de que médicos havia vários, mas Romário, só um.

Top-5 das maiores contratações no Brasil:

Thiago Almada (Botafogo) – R$ 137,4 milhões

Alcaraz (Flamengo) – R$ 110,6 milhões

Luiz Henrique (Botafogo) – R$ 106,6 milhões

Pedro (Flamengo) – R$ 88,2 milhões

Gerson (Flamengo) – R$ 85 milhões

O Flamengo briga por título nas três competições que disputa (Brasileiro, Libertadores e Copa do Brasil), enquanto o Botafogo lidera o Brasileiro e também está vivo na Libertadores.

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