por Marcelo Soares
Desde quando começamos a entender sobre futebol e torcer pelo nosso time do coração, torcemos de qualquer jeito para que o nosso clube participe da tão famosa Copa Libertadores da América e brigue para conquistar o sonhado título. Esse talvez seja o campeonato que mais represente o povo Sul-Americano.
O último dia 03 de novembro era esperado por todos os amantes do futebol, pois aconteceria o primeiro jogo da final do ano de 2018. A Copa que leva em seu nome uma homenagem aos heróis da independência das nações Sul-Americanas teve que aguardar mais um dia para apresentar ao mundo a sua final histórica. Os Deuses do futebol resolveram lavar a cidade de Buenos Aires antes do jogo para se despedir do tradicional formato que conhecemos da Libertadores.
Sabendo que seria o último ano nesse formato, talvez esse místico campeonato tenha tomado a liberdade de fazer algumas escolhas:
Escolheu o país que tem mais títulos, que tem o maior campeão do campeonato e que ainda luta contra a modernização dos estádios e de toda sua história.
O campeonato que já teve campeão invicto e também quem renasceu das cinzas, escolheu trazer um time que se classificou em último na fase de grupos para disputar o título. Contra quem? Seu maior rival.
Boca Juniors x River Plate
Depois de tantas mudanças nos últimos anos, regras, premiações e duração do campeonato, as finais agora passarão a ser decididas em um jogo só em campo neutro.
Podemos invejar o futebol europeu, a qualidade dos jogadores e dos seus jogos, porém a festa fora dos gramados quem inveja são eles. E toda essa festa que vemos nos clássicos foi um dos principais motivos para nos apaixonarmos por futebol.
Em um campeonato onde os países têm a maioria de sua população passando necessidades básicas, torcedores dão a vida para ver um jogo do time. Em mais uma decisão “daquelas” da CONMEBOL, tornaram praticamente impossível o sonho de muitos torcedores de um dia realizar o sonho de ver o time do coração no seu estádio na final da Libertadores. Numa tentativa talvez de tornar o campeonato semelhante a Champions League, já sabemos que não é isso que queremos. Somos torcedores e não espectadores, queremos ir a estádios e não em arenas. Essa não é a nossa essência.
Tamanha estrutura, acesso da maioria da população e fácil mobilidade ajudam para que esses deslocamentos se tornem mais fáceis na Europa em campeonatos como a Champions League. Mas aqui não!
O dia do primeiro jogo chegou e o que vimos foi mais uma festa mágica da torcida do Boca. Se faltava técnica, sobrava vontade para ambas equipes.
No último episódio dessa Libertadores de 2018, hoje, que possamos ser premiados com mais um jogo cheio de emoção que só um clássico é capaz de proporcionar para nós e mais uma festa única, dessa vez da torcida do River.
O torcedor que saíra mais feliz já sabemos, serão todos aqueles que são apaixonados por futebol!
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