por Marcelo Mendez
Tu foste grande, hábil, forte e mágico.
Pelo tempo que esteve pelas canchas, dividiste tua sanha de semideus com nós, pobres e reles mortais. No chão de grama que pisaste, fizeste odes e épicos.
Com a destreza de um milhão de malandros imortais de uma Lapa, que é eterna no sonho, bailaste com a bola, como bailava as cabrochas ao som de gafieiras imortais. No teu olhar de grande, tu querias o gol, tanto quanto o adolescente virgem quer o primeiro beijo na boca.
Agora, veja você, teu país ganha finalmente seu primeiro caneco.
Dirão os pragmatas idiotas que tu não estás mais aqui, que esse time não é teu e que foste embora sem vencer nada dos títulos que os mortais organizam
Pobres tolos.
Tu tens mais que título, tens a imortalidade.
Ganhas ao invés de troféus, milhões de corações pelo mundo, como este que te escreve essa ode agora. Por tudo isso, esse título, o primeiro da tua gente, também é seu e talvez só teu. Teu Portugal – tanto quanto tua Moçambique por osmose santa… – é o maior da Europa e tu, mestre, és o maior de todos, o primeiro em vários outros amores que a bola desperta. Por conta disso, mestre, finalmente posso te dizer:
Parabéns, Eusébio, tu és o maior de todos os campeões europeus!!
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