por Zé Roberto Padilha
Em 1971, tinha 19 anos e atingia, no Fluminense, o ano decisivo na profissão. Depois de percorrer toda a divisão de base, ter chegado às Laranjeiras aos 16 anos, ou você tem uma oportunidade no profissional, é emprestado ou dispensado.
Com Lula, ponta-esquerda da seleção, como titular da camisa 11, eu jogava apenas quando era convocado. Não existia o famigerado time misto. Titular era titular. Reserva era reserva
Minha sorte foi que Mário Jorge Lobo Zagallo era o treinador do profissional. Campeão Mundial, no México, um ano antes, estava cheio de prestígio.
E a função que ele exerceu, no Botafogo e na seleção, como jogador, era a mesma que fazia.
Era o quarto homem do meio campo e o Marco Antônio adorava quando jogava ao seu lado.
Fiz minha estreia contra o América, no Maracanã, e ele me deu a maior moral. Assinei meu primeiro contrato e realizei meu sonho de menino: ser jogador de futebol e jogar no meu time de coração.
Descanse em paz, meu treinador. E obrigado por tudo.
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