por Zé Roberto Padilha
Não seria justo de minha parte, no momento em que o treinador que apostou em mim, Carlos Alberto Parreira, completa 80 anos, não externar meus agradecimentos.
Em 1974, Parreira recebia, como auxiliar de Zagallo, no Fluminense, os primeiros aparelhos que iriam transformar jogadores de futebol em atletas. A Alemanha ganhou a Copa do Mundo neste mesmo ano e o futebol força tomou o lugar do futebol arte de 70.
Fui um dos primeiros jogadores a testar as máquinas Apolo e Nautilus. Com 22 anos e reserva do Lula, só me restava ser sua cobaia nos intervalos, circuit trainning e diminuir o tempo no Teste de Cooper. Quantas vezes fomos para a praia treinar piques intercalados na areia inaugurando os full-times…
Nesse mesmo ano, Zagallo foi para Arábia e Lula vendido ao Internacional. E ele, na sua primeira experiência como treinador, me efetivou na ponta esquerda do Fluminense.
Fizemos uma grande Taça GB e ela nos credenciou a fazer parte da Máquina Tricolor que encantaria o futebol brasileiro, um ano depois, com a chegada de Mario Sérgio, PC e Rivelino.
Carlos Alberto Parreira montou o chassi, Paulo Emílio acertou os pneus e Didi deu a nossa Mercedes o equilíbrio final.
Meu último livro, “Confesso que escrevi”, teve o seu prefácio. Gentilmente, escreveu que fui, ao lado do Dirceu, um dos precursores do futebol moderno. E que quando foi tetracampeão, deu a 11 para o Zinho porque já havia aprovado, duas décadas atrás, o sistema de jogo que liberou o Marco Antonio, fechou o meio e deu ao Branco espaços para atacar.
Feliz Aniversário e muito obrigado.
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