por Marcos Eduardo Neves
Que inveja do torcedor do Vasco… Enquanto os flamenguistas sentem vergonha de terminar o Brasileiro em quarto lugar, os cruzmaltinos certamente vão varar a noite nos bares para mostrar uma verdade que aprendemos desde crianças:
“O importante é competir”.
Bato palmas para isso. Após ser quarto colocado na Série B, o Vasco conseguiu alcançar a honrosa décima quinta colocação na elite. Não é todo mundo que consegue isso, não. Basta ver o Santos, que caiu pela primeira vez na História.
Fogos de artifício na entrada do caldeirão lotado de São Januário, ouvi a torcida cruz-maltina berrar a plenos pulmões:
“Vou torcer pro Vasco ser campeão!!!”
Juro que não entendi. Somariam 26 pontos caso vencesse o Bragantino? Ou, no fundo, torciam para voltar à Série B, onde o sofrimento não pode parar, mas é muito menor?
Ver um jogo do Vasco atualmente é que nem minissérie bem feita. A cada segundo tudo muda. Mães acalmando o filho que chora, avó quase infartando, decepcionada, e no fim todos mais felizes do que o campeão Palmeiras.
Para mim, a imagem que fica nessa epopeia vascaína é a do zagueiro Léo Pelé desabando ao apito final e chorando deitado no gramado. Lembrei do verdadeiro Pelé quando o Brasil venceu a Copa do Mundo em 1958. É isso: cada um com a emoção que pode ter.
Quanto aos tricolores, boa viagem para o mundo árabe. Alvinegros, que consigam passar na pré-Libertadores. Flamenguistas, que sigam dinamitando essa sórdida diretoria que fez a maior massa do país passar vexames terríveis esse ano.
Quanto aos vascaínos, comemorem muito. Porque cinco rebaixamentos só Avaí e Coritiba têm.
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