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O TREPIDANTE

15 / julho / 2024

por Elso Venâncio, o repórter Elso

Zico e Deni Menezes

Denis Pessoa de Menezes, Deni Menezes ou simplesmente Deni foi, durante anos, o mais conhecido, influente e criativo repórter do rádio esportivo brasileiro. Nascido em Manaus/AM, chegou ao Rio em 1957, sendo logo contratado pela Rádio Nacional. Torcedor do Fluminense, o “Trepidante” tinha Pinheiro como ídolo e aceitou o convite do Waldir Amaral, assinando com
a Rádio Globo em 1964. Nela, se tornou o principal repórter do Sistema Globo de Rádio.

A partir da Copa do Mundo de 1970, no México, onde o Brasil conquistou o tricampeonato, Deni trabalhou em oito Copas seguidas. Aos poucos, foi se consagrando como o “Trepidante Internacional”, já que, na época de ouro do rádio, acompanhou a Seleção Brasileira mundo afora, em Copas, torneios e amistosos. Também apresentou programas que entraram para a história, sempre ao vivo, como no “Toque de Primeira”, das 6h50 às 7h da manhã. Assim
parabenizava os aniversariantes do dia:

— Bom dia, amigos do “Toque de Primeira”. Hoje o dia será pequeno para “Fulano de Tal” receber tantos abraços por mais um aniversário”.

Na década de 1970, Deni Menezes e Washington Rodrigues formaram a dupla de
“trepidantes” (repórteres de campo) mais conhecida e imitada no país. Waldir Amaral e Jorge Curi, os locutores titulares, se orgulhavam e repetiam o slogan da Rádio Globo: “Um Brasil de audiência”.

José Carlos Araújo, o Garotinho, se destacou pela forma jovem e dinâmica de transmitir futebol, que lhe valeu uma proposta da Rádio Nacional em 1977. Luís Mendes, Deni Menezes, Washington Rodrigues e Eraldo Leite acompanharam o Garotinho na nova emissora. Outro reforço seria João Saldanha, que acabou vetado pelos generais da ditadura.

O jornalista Paulo Marinho gravou no Canecão com o Rei: “Alô, Garotinho, quem fala é Roberto Carlos. Eu também mudei e gostei”. Incomodadas, as Organizações Globo ameaçaram ir à Justiça, para tirar da concorrente a mensagem do seu artista exclusivo.

O parceiro comercial do Deni Menezes, que o apoiou na sua transferência para a Nacional, foi o empresário Potiguar Francisco Xavier, dono de uma imobiliária na Penha que só anunciava no futebol.

Sete anos depois da saída, Garotinho estava de volta à Rádio Globo, levando os profissionais que, ao seu lado, revolucionaram o rádio esportivo.

Fiz as Copas de 1990, na Itália, e 1994, nos Estados Unidos, no título do tetracampeonato, cobrindo a Seleção Brasileira ao lado do Deni, pela Rádio Globo. Aprendi muito com ele! Em 1998, na França, Deni estava na Tupi. Meu conterrâneo Eraldo Leite tinha voltado à Rádio Globo, e fizemos juntos a cobertura da Seleção, no Chateau de Grande Romaine, em Lesigny, onde Ronaldo Fenômeno passou mal no dia da decisão, abalando os companheiros.

Sobre Deni Menezes, não é favor dizer que se trata de uma lenda viva do rádio! Merece todas as homenagens da classe. Ele está com 84 anos e mora no Leblon, Zona Sul do Rio de Janeiro.

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2 Comentários

  1. Sebastião Melo da Silva

    Sou Sebastião Melo, Roraima, eu era criança e morava na fazenda, final dos anos 70, quando conheci a voz dele na rádio Nacional RJ, essa foz era contagiante quando saia um gol. Especialmente quando era do flamengo risos… Eu conseguir imitar ele inúmeras vezes risos…
    Um grande abraço Deni Menezes

    Responder
  2. profsebastml@hotmail.com

    Sou Sebastião Melo, quando criança, final dos 70, morava na fazenda e ouvir as transmissão as quartas e domingo, ficou marcado na memória. Quando saia um gol era emocionante seus comentários.
    Consegui imitar inúmeras vezes

    Responder

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