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O SHOW NÃO PODE ACABAR

2 / julho / 2024

por Zé Roberto Padilha

Todos nós, apaixonados pelo futebol, sabemos de onde bebemos o gole inicial dessa deliciosa paixão. Diferente dos suíços, que cultuam seus chocolates, dos ingleses que chegam no horário porque o Big Ben é um símbolo nacional, adotamos o futebol porque as maiores craques nasceram por aqui.

E nos encantaram. E nos tornaram órfãos e seguidores de suas genialidades.

Quantos se tornaram santistas por causa de Pelé? Quantos se tornaram Botafogo por causa de Mané Garrincha?

E de uma outra safra pós-Zico, Rivellino, PC e Sócrates, vieram os Ronaldos, Rivaldo e Romário. Até o surgimento de Neymar, o último a honrar o berço do futebol-arte.

De uns tempos pra cá, cheios de estrangeiros a vestir sua camisa 10 em detrimento dos nossos que são vendidos cedo, recorremos a colombianos e uruguaios para dar um brilho nas jogadas. Exportamos promessas e importamos suas sobras.

O resultado? Espetáculos mais pobres e nossos filhos e netos chegando em casa com a camisa do Real Madrid. E quando um time de futebol leva a campo uma nova roupagem, uma inovação tática arriscada e admirada, logo se livram dela. Por causa de resultados.

Hoje, o Fluminense volta a campo. E com ele o 4-5-1. Trivial e retranqueiro, o novo diretor do espetáculo vai subir ao palco fechadinho em busca de resultados para não cair.

Juntos, cairá a audiência, o nível do espetáculo, e cada vez mais Manos Menezes vão puxar o freio de mão de um paixão genuinamente nacional que se esvai.

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1 Comentário

  1. Tadeu cunha

    Caro Padilha texto excelente,escreveu pouco mas sintetizou td,viva a mediocridade, vamos demorar a ganhar outra copa do mundo.

    Responder

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