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O SHOW DO CAMISA 7

19 / agosto / 2024

por Elso Venâncio

O atacante Luiz Henrique do Botafogo, é o destaque do futebol brasileiro. Um “garoto grande, jogando bola no meio de crianças”. Destruiu a defesa do Flamengo no clássico de domingo (18), e a goleada poderia ter sido maior. 

É impressionante a velocidade de Luiz Henrique cortando para o meio ou buscando a linha de fundo, com uma desenvoltura incomum para quem possui mais de 1,80m de altura. Dorival Júnior vai convocá-lo para as duas partidas da Seleção Brasileira em setembro: contra o Equador, dia 6, em Curitiba, e contra o Paraguai, dia 10, em Assunção, pelas Eliminatórias da Copa.

Para ter Luiz Henrique, o Botafogo pagou 20 milhões de euros (R$ 106,6 milhões) ao Real Betis, da Espanha, o que faz dele a maior contratação da história do nosso futebol. Chegou para atuar com a idolatrada camisa 7 alvinegra, a camisa da lenda Garrincha, equivalente à 10 para os outros clubes brasileiros. A mesma camisa 7 que foi de Jairzinho, o Furacão da Copa de 1970, no México; de Maurício, autor do gol contra o Flamengo em junho de 1989, acabando com o jejum de 21 anos sem conquistar o Campeonato Carioca; e de Túlio Maravilha, ídolo que fez o gol do título brasileiro de 1995, sobre o Santos, no Pacaembu. Garrincha está imortalizado na estátua “O drible do anjo”, na entrada da histórica sede de General Severiano, e com a gloriosa camisa 7 agora honrada pelo “Pantera”.

Há quase um ano, o treinador Fernando Diniz fez um pedido ao Fluminense, que tinha prioridade: contratar Luiz Henrique. Só ele, mais ninguém! O tricolor foi ao limite pelo jogador, que acabou acertando com o Botafogo, para felicidade da torcida alvinegra.

Nos anos 1950/1960, os torcedores tinham um sonho: ir ao Maracanã ver Garrincha jogar. Gerson, o Canhotinha de Ouro, demonstra incerteza ao ser perguntado sobre quem jogou mais: “Não sei… Pelé não foi melhor que o Mané”.

Outra camisa consagrada no Botafogo é a 6, de Nilton Santos, a Enciclopédia do Futebol. Nilton era amigo e compadre do “demônio das pernas tortas”, apelido este dado a Garrincha por Waldir Amaral, locutor esportivo da Rádio Globo-RJ.

Voltando aos 4 a 1 sobre o Flamengo… O Botafogo foi dominante e jogou como líder. Não fez a óbvia alteração quando um time fica à frente do placar, tirando um atacante e colocando um meio-campo de marcação. 

No Flamengo, o discurso do técnico Tite contra o calendário e com temor das contusões vem contagiando o time. Mais uma vez, vimos no domingo uma equipe que sofre com as lesões e desaparece fisicamente em campo no segundo tempo.

Virando a chave para a Libertadores, o Botafogo vai a São Paulo enfrentar o Palmeiras com a moral elevada, enquanto o Flamengo terá pela frente a altitude e o Bolívar, em La Paz.

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