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O PENTATEUCO DO BAIXOLA

26 / março / 2021

por Luis Filipe Chateaubriand


Eis os cinco gols centrais da carreira de Romário:

5) Romário joga no Flamengo. Em uma decisão de Supercopa da Libertadores, no Maracanã, o Flamengo vence por 1 x 0, mas não conquista o título, pois precisava de dois gols de diferença. Uma bola é lançada na área dos argentinos, mas é rechaçada para a entrada da área. O Baixo ali está e emenda em um sem pulo de direita sensacional, à meia altura, a bola entra à esquerda do goleiro portenho.

4) O gênio da grande área joga no Barcelona. Em um clássico contra o Real Madrid, vencido por 5 x 0 pelos grenás, aplica um drible sensacional de 270 graus no defensor madrileno e toca de pé direito no canto esquerdo do goleiro merengue, para alegria de um estádio enlouquecido.

3) O cara joga no Flamengo. Em cotejo contra o Corínthians, no Pacaembu, cem pela área, na esquerda. Amaral aparece em sua frente e, toma um elástico sensacional, inacreditável, fora de série, seguindo-se uma conclusão em gol digna de futevôlei – a vola entra no alto e à esquerda do goleiro.

2) O mancebo joga no Vasco da Gama, no início da carreira. Em um Flamengo e Vasco da Gama vencido pelo então Gigante da Colina por 2 x 1, Leandro atrasa uma bola para o goleiro Zé Carlos, no entanto o faz com lentidão, Romário da um pique inacreditável, chega na bola antes de Zé Carlos, lhe dá um lençol maravilhoso, e toca a bola de cabeça para o gol vazio.

1) O cidadão é o craque da Copa do Mundo de 1994. Em jogo com a Holanda, vencido pelo Brasil por 3 x 2, Bebeto entra livre pela esquerda e rola para Romário, que fica livre e com o gol vazio, escancarado, de frente para si. Poderia der feito o gol de várias maneiras possíveis, até entrar com bola e tudo. Não! Preferiu fazer o gol da forma mais bonita! De chapa, ou seja, com a chapa do pé, o movimento do pé articulado de baixo para cima, transformando um gol fácil em um gol cheio de classe.

Romário cometeu erros ao longo da carreira: Não bateu faltas e pênaltis na maior parte dela; abriu mão de jogar no exterior na melhor fase de sua carreira. Não fizesse isso, teria muito mais gols e seria muito mais reconhecido internacionalmente.

Mas algo é irrefutável: o Baixo é um dos maiores de todos os tempos!

Luis Filipe Chateaubriand é Museu da Pelada!

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