por José Maurílio Paixão
Deus em um momento de alegria e descontração lançou uma fagulha em forma de bola na direção da Terra criando o futebol.
Neste mundo à parte, o senhor supremo fez surgirem povos que se tornaram clubes e os brindou com heróis.
Assim como nas civilizações, nasceram clubes bárbaros, clubes clássicos, clubes guerreiros e acima de todos esses clubes-povos, foi criado o Olimpo do Mundo do Futebol.
A beira mar foi escolhida como o refúgio dessa nação mágica povoada de heróis e lendas futebolísticas.
O branco foi o manto imposto pelos Deuses para cobrir seus lendários habitantes.
Assim começou a trajetória de conquistas e de batalhas memoráveis desta falange de boleiros.
Primeiro foram Feitiço, Arakem e Antoninho. Depois vieram Del Vecchio, Pagão e Coutinho, o gênio da área. Zito, Gilmar e Pepe o único ponta esquerda do mundo a marcar 405 gols.
Heróis e mais heróis brotavam do chão dessa terra mágica para colocar em prática um estilo de combate inigualável; que unia classe, talento e agressividade nata em busca de gols e de conquistas.
E surgiram mais seres especiais; Carlos Alberto, Clodoaldo e Edu o ponta impossível de marcar.
Fábulas guerreiras formaram em fileiras alvinegras: Toninho o guerreiro clássico e Serginho o guerreiro bárbaro, conquistadores natos.
Pita, Giovani e Paulo Ganso os magos requintados do passe. Verdadeiros clarividentes desta terra formadora de meio campistas notáveis.
As façanhas alvinegras acumulam-se. Primeiro foram as batalhas santistas, depois as paulistas e saindo em excursões foram batidas outras nações-clubes.
Oito guerras futebolísticas nacionais, três Libertadores sul-americanas e dois domínios mundiais.
O mar branco domina os campos verdes dos oponentes, mostrando que a ascensão branca e preta é vertiginosa, incontestável e irreversível.
Adversários tremem quando jogam suas partidas dentro do caldeirão da Vila.
As mais importantes batalhas foram lideradas e conduzidas pelo Deus supremo que habitava esse Olimpo da Bola. O Zeus do Futebol. O rei de todos os povos boleiros.
Pelé, o representante do criador em forma de homem para o futebol.
Seus feitos heroicos correm gerações. Suas marcas continuam inatingíveis. Sua artilharia implacável foi a principal arma desde a sua chegada a esse clube encantado. Matadas, dribles, arrancadas, cabeceios e chutes. Armas letais contra qualquer oponente.
Mil duzentos e tantos gols, três Copas do Mundo, além de Recopas e Libertadores. Fortuna de títulos amealhada através de puro talento.
O senhor de todos os campos talhou um pouco dele em dois príncipes que vieram após seu descanso de pelejas triunfais, que são:
Robinho da pedalada fatal e Neymar, o preferido de sua majestade por ser o mais completo e com certeza seu futuro herdeiro.
Pasmem, pois, este Olimpo do Futebol denominado Santos Futebol Clube, atingiu a espantosa marca de doze mil gols desde seus primórdios. Sendo eleito o melhor dos times em todos os tempos e o que mais gols marcou.
Senhoras e senhores admiradores da mais perfeita forma de jogar futebol; comemorem, saúdem, brindem a este clube que completa um século de pura magia dentro das quatro linhas.
Parabéns.
Santos, sempre, Santos.
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