por André Felipe de Lima
Marco Antonio Feliciano foi daqueles laterais esquerdos fora da curva. Foi campeão com a seleção brasileira na Copa de 70 e conquistou títulos pelo Fluminense e o Vasco. Minha relação com Marco Antonio é especial porque foi ele o lateral esquerdo, também, do meu time de botão quando eu tinha uns nove anos de idade. Era o Orlando Lelé na direita e ele na canhota. Não abria mão de ambos. E esta reverência ao Marco Antonio é ainda maior porque o jogador esteve na final do campeonato carioca de 1977. Vibrei feito um doido, um menino maluquinho, encantado com aquela escalação campeã que sei de cor e salteado. Nunca a esqueci: Mazzaropi, Orlando, Abel, Geraldo e Marco Antônio. Zé Mário (estupendo! O craque do jogo), Zanata (depois entrou o Helinho) e Dirceu. Wilsinho (depois o Zandonaide), Roberto Dinamite e Paulinho (que jogou no lugar do Ramon, o titular). O treinador era o “Titio” Orlando Fantoni. Marco Antonio esteve soberbo naquele jogo sem dar mole para as avançadas do Ramirez (depois as do Tita) e do Toninho, um lateral desesperadamente improvisado na ponta direita. Fomos campeões, e isso é que importa. Dona Agripina tinha muito orgulho do filho Marco Antonio. Afinal, era um garoto ajuizado que a ajudava entregar quentinhas e que um dia quis ser detetive, mas foi como jogador que Marco Antonio brilhou à beça e enchia de lágrimas os olhos da mãe extremosa. O cara foi cinco vezes campeão carioca. Quatro pelo Fluminense e uma pelo Vasco. Isso é para poucos. Lembro até o hoje o dia em que abri uma embalagem do chiclete Ping Pong com alguns cartões da coleção Futebol Cards. Deparei-me com o do Marco Antonio. Foi uma felicidade indescritível. Hoje, dia 6, é aniversário dele. Parabéns, Marco Antonio, o meu lateral-esquerdo.
Parabéns Marco Antonio ( grande pessoa)
Parabéns muitos anos de vida…Marco Antônio