por Luis Filipe Chateaubriand
Ele era destro, mas também era canhoto.
O fato de ser ambidestro lhe dava vantagem em relação aos rivais.
Além de chutar com as duas, sabia chutar forte, chutar à meia força e chutar colocado.
Suas batidas de faltas eram celestiais!
Suas batidas de pênaltis eram precisas.
Dentro da área, era o inferno para os zagueiros.
Fora da área, era o inferno para os cabeças de área.
Lançava com precisão digna de Gérson.
Concluía em gol com precisão digna de Romário.
Se desvencilhava dos adversários, como sabonete, seja com ginga de corpo, seja tabelando com colegas de ataque.
Disputou três Copas do Mundo e, em 16 jogos, só perdeu um.
Sua facilidade para tanto lançar como para concluir lhe rendeu o apropriado apelido de “Arco e Flecha”, dado pelo brilhante jornalista Armando Nogueira.
Jogador assim tão relevante existiu?
Sim.
Se chamava Arthur Antunes Coimbra, o Zico, o melhor jogador brasileiro que vi em ação!
Luis Filipe Chateaubriand é Museu da Pelada!
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