por Zé Roberto Padilha
O Nova Iguaçu FC defende a essência do nosso futebol. Seus jogadores foram revelados nos mesmos laboratórios onde Garrincha e Pelé surgiram. São todos brasileiros e sempre jogaram por aqui.
Campos de terra batida, jogadores vindos das suas comunidades carentes, cujos atletas por não ter acesso à saúde, educação e um Playstation da Sony, só tem na cumplicidade da bola um sopro de esperança para reverter a má redistribuição de rendas que atingiu às suas famílias.
O Vasco buscou argentinos, franceses, e quem mais pudesse manter seu alto nível técnico e fazer bonito no estadual. O Vasco é um time, como o Flamengo, que precisou importar Arrascaeta, Pulgar e De la Cruz, o Fluminense, de Arias, o Botafogo de Savarino, que precisou acessar a Shopee para manter o nível técnico da competição.
E assim Dorival Jr. vai ter que optar. Ou busca na Europa os que chegaram craques e foram moldados a serem iguais a eles, ou vai para uma Copa do Mundo carregando o talento e o improviso dos que nos conduziram a alcançar a hegemonia do futebol mundial.
E se inspirar no Nova Iguaçu FC, cujos jogadores falam a língua da gente, fazem compras nos Supermercados Guanabara e são capazes de ousar um drible enquanto os outros o evitam.
Nossas raízes estão nos pés do Nova Iguaçu. Boa sorte para todos nós que não desistimos de ter a criação como diferencial que nos reconduziu ao topo dos melhores do mundo.
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