por Zé Roberto Padilha
Além da qualidade técnica que pesa muito em qualquer decisão, tem algo tão importante no futebol, que, infelizmente para nós, tricolores, não estava à venda para equilibrar a disputa..
O entrosamento. Nem Xerém tem um pra vender.
Com exceção do goleiro, de um ala, o Flamengo levou a campo a mesma espinha dorsal que o levou a levantar a Taça Libertadores da América e a ser o vice campeão mundial de clubes.
Jogando juntos já tanto tempo, Éverton Ribeiro troca de funções com o Gerson naturalmente. Sem qualquer ordem do banco. Se para eles é normal, e o fazem com extrema aplicação tática, para quem os marca, e mal jogaram um estadual juntos, é o próprio inferno.
Bruno Henrique e Gabigol, indicados por Abel Braga e treinados por Jorge Jesus, estão tão entrosados que podem retirar de cena quantos Rogérios estiverem à beira que basta um piscar de olhos para saber onde seu companheiro estará colocado.
E tem o Arrascaeta…
Agora, nos resta seguir o exemplo. Tentar fazer no Campeonato Brasileiro que nossa espinha dorsal se equilibre, se solidifique, se conheça. Mas para isso é preciso afastar de vez o maior inimigo do entrosamento: o time misto. Aquele que poupa desentrosando.
E quando a bola for alçada para a grande área da linha de fundo, o Fred terá a certeza qur ela chegará na altura e na velocidade que gostaria.
Mas para isso não tem que deixar o campo tão cedo. Outra vez derrotados, nem precisava subir a placa mostrando quem seriam os Bobadillas dessa história.
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