por Guilherme Oliveira
Ano após ano, o campeão no interior foi o Internacional com autoridade, placares elásticos, fazendo o campeonato ser de um único dono nos últimos seis anos. Neste ano, no entanto, o torneio teve tudo que os outros seis não tiveram. Futebol do interior em alto nível superando a dupla grenal, divisões melhores entre as premiações ao clubes mais fracos e um campeão improvável.
O Novo Hamburgo, com sua filha salarial na casa dos 145 mil mensais, foi valente, bem treinado pelo técnico Beto Campos (que está de saída para o Vitória da Bahia), elenco unido, com futebol gostoso de assistir com seu contra ataque rápido e muita precisão na bola aérea. O que deixou a desejar foram seus torcedores, que não faziam muita questão de apoiar o chamado Nóia.
Nos seis primeiros jogos, conquistaram 18 pontos, não perderam para as potências do estado e, com o mando de campo, foram imbatíveis. Os primeiros 90 minutos da decisão no Estádio Beira Rio foram esplêndidos, dignos de campeões, se impuseram, foram valentes e buscaram o empate no placar de 2×2 diante de mais de 40 mil colorados.
Após irregularidades com as estruturas do Estádio do Vale, o segundo e decisivo jogo foi passado para Caxias, no tradicional Centenário, onde a renda foi bem melhor para o Nóia. Em um jogo dominado pelo Novo Hamburgo no primeiro tempo, com falhas na defesa colorada e pressão do time “da casa” o placar parcial terminou 1×0 para o mandante. No segundo tempo, o Inter reagiu cedo, empatou e tomou conta do jogo. Mas é aquela velha história… A bola pune, e puniu! O jogo terminou empatado e precisou ser decidido nos pênaltis.
Com o goleiro machucado e três penalidades desperdiçadas, o hexacampeão Internacional viu a história ser feita pelo Novo Hamburgo. O improvável e merecido campeão estadual deste ano.
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