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O GENIAL ZICO*

6 / março / 2023

por Elso Venâncio, o repórter Elso

Zico, o ídolo da Nação Rubro-Negra, formada por mais de 40 milhões de apaixonados, chegou na última sexta-feira aos 70 anos de idade. É um dos maiores jogadores identificados com um clube popular na história do futebol mundial. Está no mesmo patamar do que representam Puskas, para o Honved; Di Stéfano, para o Real Madrid; Beckenbauer, para o Bayern de Munique; Tostão, para o Cruzeiro; Garrincha, para o Botafogo; Ademir da Guia, para o Palmeiras; e principalmente, Pelé, para o Santos.

A relação de Zico com o torcedor tem que ser lembrada e realçada. Zico sabe o que representa e retribui com gentileza todo o carinho que recebe. Vi muita gente, e não foi só no Rio, economizando dinheiro durante a semana, contando grana, para poder ver Zico jogar. Vi muito torcedor pegar trem, ônibus de madrugada após horas de espera, indo direto para o trabalho após ver Zico jogar. Vi diversas vezes o ídolo cercado de fãs, pacientemente concedendo autógrafos, assinando camisas ou batendo fotos.

Nos cartórios do Brasil foram registrados mais de 3.500 nomes ‘Zico’. No Japão, mais de mil. Em 18 anos de Flamengo, o ‘Galinho de Quintino’ conquistou 42 títulos. Os mais destacados, a nível internacional, foram o Mundial de Clubes e a Libertadores, ambos em 1981, além da Copa Kirim (1988), o Torneio de Hamburgo (1989), o de Nápoles (1981), o Cidade de Santander (1980) e o bi do Ramón de Carranza (1979/1980). A nível nacional, as mais importantes taças que levantou são os quatro Campeonatos Brasileiros, os sete Cariocas e as nove Taças Guanabara. Fosse pouco, ainda tornou-se artilheiro de dois Brasileiros. E seis vezes do Estadual.

A Copa do Mundo de 1986 poderia ter outra história. Imaginem o duelo dos geniais Zico e Maradona, numa hipotética final… Na Toca da Raposa, a poucos dias do embarque para o México, eu mesmo o aguardei por quase duas horas. Ele estava fazendo musculação… Que determinação! Já passava das oito da noite quando ele saiu dos aparelhos, meio irritado:

– Estou sentindo…

– E agora? – perguntei.

– Não sei…

Lembro do treino na véspera do seu último jogo oficial, o Fla-Flu em Juiz de Fora, em dezembro de 1989, que terminaria 5 a 0 para o rubro-negro, com direito a um golaço dele, de falta. O ônibus partiu sem Zico, que continuou no vestiário da Gávea. Estava relaxando na sauna. Não havia um diretor, um segurança, nem assessor ou torcedores. Gravei com ele, revestindo toda a programação da Rádio Globo até a hora do jogo, além das edições do ‘Globo no Ar’. Era a principal notícia do final daquele ano. Na manhã seguinte, o craque foi para a partida dirigindo seu carro ao lado da esposa Sandra.

No último ‘Jogo das Estrelas’ observei pais emocionados. Com filhos pequenos, apontavam para o campo:

– É o nosso Rei!

Percebi que as crianças olhavam para os pais sem nada entender…

Zico assinalou mais de 500 gols pelo Flamengo. É, disparado, o maior artilheiro do clube. Além disso, é o número 1 dentre os goleadores do Maracanã, tendo marcado 334 gols no mais famoso estádio do mundo. Também é o recordista mundial de gols em cobranças de falta. No total, 101 em jogos oficiais. E 146, na soma geral.

Em 1981 ele foi considerado o ‘Craque do Ano’ do futebol mundial. A pesquisa foi realizada pela revista italiana ‘Guerin Sportivo’, uma das mais renomadas do gênero na Europa.

*Colaborou: Peris Ribeiro

TAGS: zico

2 Comentários

  1. Renato Belem Bastos

    Zico é eterno! Nunca teremos outro igual, nuncaaa…ele representa todo o sentimento do que é ser Flamengo…

    Responder
  2. SERGIO CHAVES DOS ANJOS

    Em 1984 a revista inglesa World soccer elegeu Zico o melhor jogador do mundo. Ele havia atuado metade do período avaliado pelo flamengo e metade pela udinese. Nunca outro brasileiro atuando fora da Europa venceu

    Responder

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