:::::::: por Ricardo Dias ::::::::
Meu querido Arnaldo Cesar Coelho que me perdoe, mas o futuro é o VAR. Um VAR melhor, evidentemente, mais rápido e sem camisa de time nenhum, com profissionais especializados, treinados para isso. Afinal, se o cara é ruim no campo, o será em qualquer lugar. E vejo a tragédia que é sua falta no Campeonato Carioca. Não assisto a muitos jogos, me detenho mais no meu Fluminense, mas a quantidade de erros básicos é assustadora. E nem chamo de roubo, não, é incompetência mesmo.
Antes de chegar à minha tese, gostaria de uma reflexão sobre juízes e técnicos. O sujeito rala, e muito para chegar a uma Série A. Chega no campo, como juiz, e fica olhando para ontem, perdendo jogadas óbvias. Se técnico, faz um gol e recua o time. Os erros são muito maiores, mas simbolizo nessas duas características. Um dia volto ao tema.
Voltando às minhas ponderações sobre o VAR, vemos que algumas de suas limitações estatutárias não fazem sentido. Por exemplo: o VAR pode chamar o juiz no caso de achar que um atleta mereça ser expulso, mas não para um cartão amarelo. Porém, se o jogador faz algo que mereça um SEGUNDO amarelo, e consequentemente, a expulsão, o VAR nada pode fazer…
Algumas pessoas, cujo raciocínio não alcanço, dizem gostar dos erros de arbitragem, pois dariam “sabor” ao jogo. Imagino que torçam para algum hipotético time que, ano após ano, receba ajuda da arbitragem. De minha parte, quero que o resultado seja sempre cristalino.
Outro uso para o VAR é ouvir o que é dito no campo. Alguns juízes, portadores de enormes tuberosidades isquiáticas (também conhecidos como “bundões”) aceitam tudo que lhes é dito, e não fazem nada para proteger os auxiliares, os “bandeirinhas”. Simples: o VAR, ouvindo ofensas, aplica o cartão devido, no mínimo o amarelo.
-Mas Ricardo, isso tira a autoridade do juiz de campo!
-QUE autoridade? Se o cara não toma nenhuma atitude, alguém tem que tomar. E vale para qualquer erro flagrante do juiz, em que não caiba interpretação.
Também poderia caber ao VAR corrigir marcações erradas, como corneres ao invés de tiro de meta e vice-versa, ou laterais invertidos. Não demanda tempo, viu, marcou, acabou o assunto. Outra coisa que facilitaria a arbitragem seria acabar de vez com o carrinho. O jogador pode até deslizar para pegar a bola, mas se em qualquer momento atingir o adversário, falta. Sola, idem, é falta e sem interpretação. Isso tudo protege o craque (supondo que ainda tenhamos algum jogando por aqui), e deixa o jogo mais limpo. Cera, também, caberia a um cronometrador na cabine, incluindo os sempre ignorados 6 segundos que o goleiro tem para repor a bola. Também poderiam manter os 5 minutos de parada técnica em todos os jogos. É sempre importante dar chances ao técnico de fazer bobagem!
Profissionais poderão ponderar, porém, pontuando a pouca possibilidade de percepção de problemas presencialmente, que pode a peleja passar a pobre em pelintragens. Alguns acham que malandragem é bom. Já foi, é de uma outra época, quando piadas com pretos e gays não eram problema, quando o machismo imperava – ok, ainda impera – e os dinossauros dominavam a Terra. Precisamos de um esporte limpo, bonito, que valorize a arte e proteja o craque. E os erros vão continuar acontecendo, para os doidos que gostam deles; nada é perfeito.
Alguém aí tem o zap do International Board para eu enviar essa crônica para eles? E estão todos convidados para a solenidade em que eu serei reconhecido como o salvador do futebol. Vou só precisar de um fraque emprestado.
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