por Zé Roberto Padilha
Aconteceu comigo, Cleber, Pintinho, Erivelton, Edinho, Rubens Galaxe, Abel Braga e toda a nova safra tricolor que se apresentava ao profissional. Em 1974, jogávamos direitinho. Quando Roberto Rivellino, PC e Mario Sérgio chegaram, um ano depois, passamos a jogar em um nível que nem sabíamos ser possível alcançar.
Como um sarrafo técnico que sobe, e você tem que ultrapassá-lo caso contrário retorna para o juniores, jogar ao lado da genialidade lhe inspira a buscar o seu melhor.
Se o hotel mudou, de duas estrelas (Paineiras) para cinco estrelas (Nacional), se o Torneio de Joinvile foi substituído pelo Torneio de Paris e se trinta mil pagavam ingressos e triplicou o número de torcedores que iam nos ver jogar, por que seu futebol não alcançaria um patamar acima?
Hoje, a nova geração tricolor vai ter o Marcelo ao lado. Se Nino, André, Martinelli, Alexsander estavam jogando bem, fico a imaginar o que vão jogar com tamanha inspiração ali ao lado.
O modo do aspirante se expressar diante de um ídolo que admira é jogar um futebol à sua altura. Seu cartão de boas vindas será um domínio perfeito, um lançamento correto e um drible que leva um recado na etiqueta: da fábrica Xerém, que lhe formou, somos do último lote.
Com a chegada de Rivellino, PC e Mario Sérgio, nós fomos inspirados a transformar um time em uma Máquina.
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